Prólogo

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De ano em ano nos mudamos várias vezes por causa do meu pai. A bebida foi sua fonte de alívio após a morte da minha mãe, éramos apenas crianças quando aconteceu o acidente. Meu pai nos culpava pela morte dela e por isso ele sempre nos batia e dizia que não suportava olhar para nossa cara. De bar em bar sempre causando brigas, éramos obrigados a nos mudar por causa das reclamações de vizinhos e as constantes denúncias a polícia local.
Não importava quantas vezes ele ficava preso ou quantas vezes tínhamos que nos mudar para bairros vizinhos, ele sempre continuava a beber e bater em mim e em minha irmã. Lis é a primogênita da família e eu o caçula. Meu pai vivia dizendo que queria um menino e não uma menina e por isso ele odeia a minha irmã, ele diz que é porque ela lembra a nossa mãe.
Os anos se passaram e as coisas não mudaram em nada... Até um homem de terno bater em nossa porta.

Noah - Entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora