11 • Isso não vai nos impedir.

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Como, e por que tudo aquilo estava acontecendo tão repentinamente?

Sunoo se sentia completamente perdido, não estava entendendo nada e sentia seu coração quase sair pela boca, durante cada segundo que estava esperando naquela saleta fria e agitada, ocupada por pacientes que também aguardavam atendimento e por pessoas que estavam acompanhando alguém.

Sunghoon simplesmente desmaiou quando caiu sobre os braços do Kim, desacordado, inconsciente, fazendo o outro gritar seu nome e tentar acordá-lo a todo custo, o chamando, o balançando, e checando seus sinais vitais. Acabou por chamar uma ambulância mesmo, enquanto conseguiu tirar o Park debaixo da chuva, o levando para a entrada do prédio deles. Seu amado estava com os lábios ressecados, e notou que haviam manchinhas de olheiras leves abaixo de ambos os olhos, com a aparência um pouco mais decaída, mas nada que lhe causasse receio como no presente momento. Quando chegou lá, Sunghoon foi levado com urgência para uma sala específica de atendimento, enquanto Sunoo precisou fazer uma ficha completa.

Depois, foi direcionado a aguardar por notícias na sala de espera, e lá estava. Vestido de qualquer jeito, com a primeira roupa que achou pela frente, já que estava casualmente em casa, não esperava que algo assim fosse acontecer. Disseram que iam lhe trazer notícias e atualizações sobre o moreno em breve. Mas onde estavam esses médicos? Por que não chamavam de uma vez? O que estava acontecendo com seu namorado...?

Sunoo sentia-se bastante nervoso apesar de não saber o motivo para aquele mal estar do mais velho, não conseguia pensar em outra coisa, e sua ansiedade estava atacando disfarçadamente, em pequenos gestos habituais de nervosismo.

─ Senhor Kim Sunoo, acompanhante de Park Sunghoon?

Uma voz masculina de repente se destacou em meio ao burburinho das pessoas ali, um homem olhava em volta e também em uma prancheta. Finalmente, Sunoo pensava, finalmente depois de minutos desesperadores eles o chamaram.

Não pense o pior, não pense o pior.
O loirinho tentava mentalizar isso com todas as suas forças quando se levantou e caminhou até o homem.

─ Sou eu. Sou Kim Sunoo. ─ se apresentou olhando para o médico, enquanto suas duas mãos estavam unidas.

─ Oh olá, boa noite, me acompanhe por favor.

O menino somente assentiu com a cabeça, começando a seguir o homem com passos medianos, porém ansiosos, sem dizer uma única palavra. Seguiram por um corredor, mas assim que viraram já entraram na primeira porta visível, um quarto de hospital onde lá estava Sunghoon... Sunghoon! Sunghoon estava lá, vivo! Talvez o Kim tivesse sido um tanto quanto melodramático em seus pensamentos ruins, então agora sentia um pouco de alívio apenas com a visão que teve através da pequena janelinha na porta. Assim que adentraram no quarto de hospital, Sunoo observava seu amado ser checado por uma enfermeira, que quando terminou logo se retirou do cômodo. O Kim correu para perto do namorado e segurou com toda a delicadeza uma de suas mãos, a acolhendo com a sua outra que estava livre, e o silêncio continuava a preencher o local, enquanto Sunoo se sentou em uma poltrona que era bem do ladinho da cama.

Sunghoon estava mais pálido que o habitual, os lábios ressecados mais perceptíveis, as olheiras ainda visíveis, e sua pele estava fria, os seus dedos mais leves... Como se estivesse sem cor, sem vida. Apenas um corpo existindo, e Sunoo jurou sentir seu peito doer com aquela comparação. O que seu amado tinha...?

Saiu de seu transe quando ouviu o médico que lhe levou até ali pigarrear, como que para marcar presença, assinando alguma coisa naquela sua prancheta.

─ Doutor... ─ sua voz saiu quase que trêmula, sem soltar a mão do Park, denunciando que estava sentindo pavor. ─ O que aconteceu? O que... Meu namorado tem?

O Garoto das Borboletas 🦋 | SunSunOnde histórias criam vida. Descubra agora