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Deus abençoe Park Jennie.

Jisoo acordou radiante demais para uma segunda-feira.

Seus olhos brilhavam como purpurina enquanto ela experimentava o café que havia feito; estava deliciosamente bom. A playlist de vídeos e a ajuda de Jennie serviram para evoluir suas habilidades na cozinha. E ela tem um sorriso animado no rosto fazendo questão de demonstrar seu ânimo em passos saltitantes até a sala de estar.

Kim observa seu relógio de pulso antes de se sentar no sofá e ligar a televisão, ela tinha tempo de sobra para assistir o jornal da manhã e se informar com as notícias. Era estranho de se pensar que há três meses atrás Jisoo estaria com uma lata de energético na mão assistindo algum anime de qualidade questionável — mas não que ela tenha parado de assistir —, e provavelmente atrasada para o trabalho.

Era nítida a sua mudança nos últimos meses e ela nem mesmo precisou pagar absurdos para esses coachs da internet. Agradecia todos os dias pela surra verbal que sua mãe lhe deu antes de colocar uma luz no seu caminho, Jennie era o principal motivo do amadurecimento de Jisoo em pequenas coisas da vida. Mas a senhora Kim jamais imaginaria que sua filha fosse se apaixonar justamente pela mulher que ela havia contratado.

Mas tudo estava sob controle, claro.

Tudo.

Tudo sob

— Jennie? — sua voz é preenchida por alegria quando ela escuta a porta ser destrancada e uma mulher de um metro e meio entrar em seu apartamento.

O coração bate forte, acelerado e o café parece ser só mais um combustível para acender suas chamas internas. Àquela altura se tornou impossível arrancar o sorriso da morena quando ela encontra-se com os olhos de gato e sente o aroma de amêndoas invadir todo o seu apartamento. Cada pedaço daquele lugar está preenchido com Jennie e seus detalhes pequenos.

— Você está melhor? — ela deixa a xícara de gatinhos sobre a mesa de centro e se ajeita no sofá podendo observar as bochechas cheias de Jennie. — Sua gripe passou?

Jisoo não a vê desde quarta-feira quando descobriu a falsa gripe. Infelizmente a mentira de Jen se tornou verdade e a morena achou melhor que ela descansasse por uns dias até se sentir melhor. A comunicação entre as duas por mensagem era limitada, alguns emojis, umas figurinhas e fotos estranhas de macaquinhos que Jisoo mandava.

"Rápido! Chamem o Dr. Cuca Beludo" esse era um clássico.

Agora, porém, a coreana não sabia como agir. Se Park antes tinha mentido pela vergonha do beijo, Jisoo queria fugir e se enterrar no buraco mais próximo. Se beijaram apenas uma vez e não tiveram a chance de conversar direito sobre o assunto. Até porque, na quarta Jisoo estava preocupada demais com os espirros de Jen para se preocupar com o real problema.

O que ela faria agora? Agarraria Jennie para um beijo? Faria uma declaração qualquer? Chamaria sua família para anunciar que elas iriam se casar em breve? Não era uma má ideia. Mas relacionamentos não vinham com um manual e essa era a parte mais frustrante de se iniciar um. Jisoo não sabia o que fazer, era uma novata e seus únicos namoros foram em rápidas partidas de Minecraft anos atrás.

— Eu estou bem. Vou me lembrar de nunca mais inventar mentiras. — ela pontua deixando sua bolsa no chão da cozinha enquanto empina o nariz. O cheiro predominante de café a deixa orgulhosa. 

Apaixonada pela minha empregada Onde histórias criam vida. Descubra agora