Fantástico Mundo de Elliot

-CAPÍTULO UM-

O Buraco

Elliot era um garoto magro que usava óculos, tinha olhos castanhos e adorava procurar por aventuras. Em seu mundo, ele era muito ridicularizado, já que aos olhos de seus colegas, ele parecia estranho e gostava de ser o centro das atenções por causa de sua inteligência. Elliot nunca tinha encontrado amigos que realmente se importassem com ele. O garoto ficava sozinho naquela enorme escola, e todos os dias ele era trancafiado em seu próprio armário. Os alunos gostavam de implicar com o garoto, mas ele nunca se importou com o que os outros falavam ou faziam, já que estava acostumado com tudo aquilo.

Elliot era o melhor estudante de sua escola. Sempre tirava boas notas, gostava de ajudar seus professores e sempre era o primeiro a entregar suas atividades. Quando chegava ao sítio em que morava, ele ia correndo procurar por aventuras. Ele se sentia muito feliz, e em suas aventuras era o lugar que fazia o garoto esquecer o seu mundo.

"Elliot, meu filho, entre. Já está tarde, venha jantar!" gritou a mãe do garoto.

"Já estou indo, mãe."

Todos os dias era a mesma coisa. Sua mãe, Dayane, sempre tinha que chamá-lo, já que, se deixasse, o garoto passaria a noite toda se aventurando.

Elliot era um garoto que adorava imaginar que estava em um mundo encantado, onde existiam fadas, animais mitológicos, bruxos e bruxas, guerreiros, um mundo nada parecido com o dele, onde ele seria um menino muito forte e que ninguém podia machucá-lo.

Começava um novo dia em Woodville.

"Acorda, filho, o café já está pronto," falou sua mãe.

"Já estou indo."

O garoto desceu as escadas e foi tomar o café. Sua mãe tinha preparado uma bela refeição, já que só faltava dois dias para o seu aniversário, e ela gostava de começar as comemorações alguns dias antes. Ele completaria anos no dia 9 de abril e esperava que, depois desse dia, sua vida mudasse. Ele esperava que os alunos que sempre implicavam com ele olhassem como ele realmente era. Ao chegar na cozinha, lá estava ela, comendo sozinha, já que o pai do garoto tinha que sair cedo para trabalhar em uma grande empresa de televisão. Todos os dias eram a mesma coisa, o garoto nunca tinha um tempo para ficar junto com toda a família.