único

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Meia-noite em ponto, consigo ouvir com dificuldade seus passos se aproximando.

O abajur avermelhado me deu um vislumbre de seu corpo quando a porta do quarto foi aberta. Se aproximou já tirando suas roupas, comentou que estava com saudades, eu respondi que era recíproco.

Qualquer um que tivesse uma visão razoável poderia nos ver através das cortinas finas. Conseguiria ver seu corpo sob o meu enquanto nos beijávamos. Da mesma forma que qualquer um que passasse do lado de fora do quarto poderia lhe ouvir gemendo para mim.

Às vezes, quando vejo o quão gostoso você fica enquanto chupa meu pau, penso no quão pequeno o mundo se tornaria quando descobrisse o que fazemos sozinhos entre quatro paredes.

Penso no quão fofo você é quando fodo essa boquinha e puxo seu cabelo colorido.

Penso na sua bunda batendo na minha coxa quando você quica rápido no meu colo.

Então, você vem pela primeira vez na noite, gritando meu nome para todos saberem que você pertence a mim e apenas a mim, mesmo que eu não saiba seu nome.

Enquanto você ainda estava terminando de ejacular, sussurro em seu ouvido o quão bonito você é. Porque você é lindo. Olhar em seu rosto é como ver a forma de um anjo andando no mundo.

Não tardo em vir também, mordendo uma tatuagem que você tem no ombro. "Rude boy"... Você é mesmo um garoto ruim por não me deixar conhecê-lo de verdade.

Quero possuir você, quero ser seu também. Me deixe ser seu? Talvez esse seja meu último pedido, me ajude a realizá-lo.

Estou marcando seu corpo inteiro para todos saberem que você já tem alguém. Meus dedos ficam marcados na lateral de seu corpo, assim como os chupões que deixei em seu pescoço estão começando a aparecer.

Seguro seu rosto para que olhe para mim através do espelho da pia que você está debruçado. Você sorri quando percebe isso. Seu sorriso abre mais ainda bem quando sussurro mais baixarias enquanto olho nos seus olhos.

Puxo seu cabelo para que continuemos nos encarando. Seus gemidos aumentam no ritmo que acelero as estocadas dentro de você.

Mando você me esperar para gozarmos juntos. Como um garotinho obediente, você o faz.

Na cama novamente, o lençol azul já estava no chão. Você me puxa para um abraço e enlaça suas pernas na minha cintura.

Maltratei seus peitos sem qualquer delicadeza, sei que prefere assim.

Quero você, quero levar você para jantar, quero que conheça meus pais e meus amigos.

Mas tenho uma ideia de que você não gostaria.

Olha o que fez comigo. Você é um veneno que me contaminou e me fez ficar louco por você.

É como um pecado criado apenas para me atentar.

Vai arcar com as consequências caso um dia eu te ache no meio da rua?

Me diga pelo menos seu nome para que eu possa gemer enquanto te fodo tão bem.

Não é justo que você saiba o meu. Não é justo que você saia todo dia antes de eu acordar.

Quero ouvir sua risada sem que esteja nu na cama de um motel qualquer.

Quero ouvir sua voz sem que precise ter cuidado para não falar tão alto.

Quero parar de falar com as paredes enquanto espero você voltar para mim.

Como se tivesse lido meus pensamentos, você ainda deixou a porra de um bilhetinho. Não pense muito, sorri quando li ele.

"Oi, Jae. Me encontre na cafeteria Belle Vie, do bairro francês às 16:00 em ponto. Sei que você sabe onde é. Vê se não atrasa. Aliás, meu nome é Lee Taeyong. Até."

E, de novo, você subiu até o quarto que poderia ser considerado nosso, mas dessa vez eu também sabia seu nome.

poison boy · jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora