Bem vindo ao Brasil.

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- Você vai adorar o Brasil, é o país do futebol! - Disse Brasil a Argentina quando eles estavam saindo do aeroporto e entrando no Uber. O moreno estava animado, não sabia exatamente o que tinha passado pela sua cabeça, que o levou a chamar Argentina para passar alguns dias com ele, mas aqui estamos nós.

- O país que não conseguiu levar a taça, você quis dizer. - Disse já emburrado.

- Você tem 5 taças? Não né, então fica quietinho aí. - Falou em tom zueiro.

- Idiota. - Disse olhando o outro com ódio.

- Fica quieto, daqui a pouco a gente chega.

Esse daqui a pouco não era tão daqui a pouco assim. Ficaram tanto tempo lá o loiro se permitiu adormecer no ombro de outro, que não se importou de corar da cabeças aos pés, afinal, Argentina nem poderia ver. Esse mesmo que só foi acordado quando já tinham chegado no apartamento. 

- Acorda, acorda, anda! - O brasileiro chamou o argentino que foi despertando aos poucos de um jeito preguiçoso.

- O que foi?- Arg perguntou, raivoso como sempre foi.

- Chegamos. - Brasil pagou o Uber e saiu do carro. - Vem buscar tuas malas.

Ele desceu do automóvel e pegou suas coisas, logo seguindo o mais alto e entrando no prédio, quando chegaram no apartamento foram direto tomar banho, Brasil no banheiro do seu quarto e Argentina no da sala.

Quando saíram do banho já eram 21:25,
Então eles foram assistir alguma coisa com pipoca e refri. Apenas para matar o têm para não irem dormir cedo demais.

- O que você quer vê? - Perguntou Brasil

- Qualquer coisa. - Para falar a verdade, ele preferia a cama, porém, foi convencido pelo brasileiro a ver pelo menos um filme.

- Beleza que tal... Harry Potter?

- Não.

- Senhor dos anéis?

- Não.

- Sherlock Holmes?

- Não.

- Que merda, Argentina, você falou qualquer coisa! - Exclamou já irritado.

- Deixa de ser chato, vamos ver uma série então, coloca Riverdale.

- Tá bom né - Ele obedeceu e colocou a série.

Passaram um bom tempo assistindo os longos episódios da série, até o balde de pipoca se esvaziar pela segunda vez e o sono começar a bater nos dois.

- Eu já estou com sono. - Argentina falou quase capotando no sofá.

Brasil desligou a televisão e se virou para ele.

- Temos um problema. - Disse para o outro que o olhou com os olhos semicerrados.

- O que aconteceu? - Perguntou.

- Eu meio que transformei o outro quarto em uma espécie de quarto de jogos, sério, tem uma mesa de pebolim, baralhos, um fliperama, devíamos ir lá aman- Foi interrompido pelo argentino que se perguntava como ele tinha subido aqueles lances de escada com um fliperama.

- Vai direto ao assunto. - Tapou a boca do poço de TDAH a sua frente.

- Resumindo, ou você dorme na sala, ou você dorme comigo. - Falou sendo direto dessa vez.

Eles ficaram se olhando com o que pareciam ser horas, até que Arg se levantou e foi em direção ao quarto do outro.

- Tá bom. - Disse entrando no quarto. - Eu é que não vou dormir no sofá.

- Se você não tem problema, eu também não tenho. Vai ser um prazer dividir a cama com... - Sua fala foi sumindo assim como o sorriso zombeteiro que ele carregava no rosto.

Deu de cara com o outro somente de cueca quando entrou pela porta. E era impossível não encarar a tez branquinha, pedindo para ser marcada e  as coxas grossas que o brasileiro tinha certeza que ficariam ainda mais lindas com as marcas de suas mãos.

Ele ficou estático. Completamente paralisado com a beleza do outro latino.

- Algum problema, Brasil? - Perguntou o tirando do transe.

- Não, nenhum. - Engoliu a saliva que tinha se acumulado na sua boca. - Que droga cara, você não pode fazer isso no banheiro!?

- Sim, mas você não tava aqui, então aproveitei. - Pegou a calça de moletom e colocou, ficando apenas com ela mesmo. Pegou o controle do ar-condicionado e o ligou no mínimo, logo se jogando na cama. - Não vai se trocar?

Brasil apenas bufou e foi se trocar no banheiro.

Minutos depois, os dois já estavam deitados na cama, aparentemente o argentino estava dormindo. Mas Brasil não, simplesmente não conseguia dormir sabendo que o outro estava tão colado a si, mesmo não tendo uma certa distância e um travesseiro que o loiro fez questão de por entre eles.

Esse mesmo travesseiro que não adiantou de nada, pois o mesmo já estava no chão e a mão do argentino que estava colada ao próprio corpo, nesse momento tinha resolvido inconscientemente abraçar a cintura do moreno.

"Fudeu" pensou e sentiu o próprio corpo tensionar com a mão gelada no seu tronco desnudo. E não só ela.

Argentina tinha literalmente se jogado em cima dele. Tentou achar a posição mais confortável possível sem o acordar e respirou fundo tentando não ter um ataque apenas por sentir o outro tão perto de si.

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Todos os direitos da capa vão para
Nikkiyan_arts que me fez ficar completamente viciada nesse shipp.

Não vai ser uma fic muito longa, no máximo uns três capítulos, mas espero que gostem.

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