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_Pov’s Simone Tebet _

Haviam se passado um mês e meio, tanto eu quanto Soraya já estávamos bem e prontas para ir pra casa. Agora depois de colocar algumas bolsas no carro com a ajuda de um enfermeiro, sigo para a sala da onde a loira se encontrava

--- Dá licença… - entro no cômodo tendo uma surpresa ao ver o terapeuta do hospital conversando animadamente com a minha loira -- Tudo bem por aqui?

--- Oi sisa! -- Soraya exclamou sorridente - Marcus só estava se despedindo de mim

Com uma sobrancelha arqueada olho para o médico que sorria com as bochechas coradas

--- Sim, Sôso irá fazer muita falta por aqui, a alegria contagiante dela faz qualquer um se sentir leve -- Sô? De onde esse lazarento tirou intimidade para chamá-la pelo apelido? --- Inclusive… - tirou de seu jaleco branco um cartão --- aqui está meu número pessoal, caso precise de alguma ajuda profissional ou só quiser sair para beber mesmo - piscou para Soraya que me olhou já sabendo como eu estava

--- Olhe doutor Marcus… Soraya só entrar em contato caso precise de alguma ajuda e mesmo assim ela não precisa do seu número pessoal para isso. Sei que está interessado nela e já aviso para tirar seu cavalinho da chuva. Eu e Soraya estamos juntas e peço respeito com a minha garota.

Assustado o médico olhou para Soraya esperando uma confirmação e a loira assentiu levemente

--- peço desculpas pelo equívoco, em momento algum Soraya me falou que era comprometida

Dei um passo a frente diante de sua provocação

--- O senhor nem deveria estar se insinuando para ela já que está no seu local de trabalho… seu chefe gostaria de saber disso? Eu acho que não - sorriu diabolicamente -- então se não quiser que eu acabe com sua carreira em um estalar de dedos, Suma da minha frente a-g-o-r-a!

O médico se retirou da sala a contragosto deixando uma Soraya saltitante

--- Coitado! - gargalhou a loira

--- Coitado… Coitado nada! Médico descarado! - rosnei com raiva --- vamos sair logo desse hospital antes que eu faça uma loucura

Soraya sorri com a minha atitude e me puxa levemente pela cintura, fazendo nossos corpos colarem um ao outro

--- Minha sisa está com ciuminho? --- perguntou baixinho --- que excitante!

--- Fiquei com ciúme mesmo! Cuido do que é meu.

--- E desde quando eu sou sua ? --- Indagou sorrindo

--- desde que se entregou para mim naquele motel

--- Não seja escrota Simone! - riu - tá parecendo homem

--- Que ofensa! - Dramatizei colocando a mão no peito

--- larga de coisa e vamos logo! Quero chegar logo em casa. Mamãe já está aqui?

--- Não. Como uma boa “Nora”/ amiga, eu me disponibilizei para te levar em casa, em segurança

--- Que dama educada, tô gostando de ver - brincou

As duas se encararam em um momento único

--- E então, vamos? -- estendeu a mão a mim

--- Vamos minha loira!

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Passamos em uma lanchonete antes de ir diretamente para casa, comermos entre conversas e risadas e em alguns momentos senti Soraya olhando pros lados com medo de algo. Já sabendo do que se tratava, segurei sua mão tentando confortá-la

--- Calma amor, não vai acontecer nada. Já passou! - a tranquilizei

--- É meio difícil ainda para mim… Será que podemos ir pra casa?

-- Claro - sorri meiga

Paguei a conta e seguimos nosso caminho para casa em silêncio, só escutando a música aleatória que passava no rádio

Soraya ainda parecia distante, e eu mesmo preocupada, preferi deixá-la com seus pensamentos

--- Chegamos!

--- Que ótimo, já estava com saudades da minha caminha - exclamou manhosa -- será que mamãe está em casa?

--- Sim, está lhe aguardando lá dentro

Dito isso, entramos juntas na mansão Thronicke onde fomos recepcionadas por uma mãe babona que abraçou Soraya feito uma coala

--- Meu amor… que saudade de você! Como está se sentindo?

--- estou indo mamãe, ainda preciso começar a terapia com minha psicóloga -- olhou para baixo

--- Claro! Contratei a melhor psicóloga pra você se sentir à vontade na sua terapia -- sorriu a loira mãe

Soraya se vira pra mim e pede meigamente para subir até seu quarto pois queria ter uma conversa comigo, prontamente eu aceito e sigo até o quarto da loira que era bem moderno e sofisticado

Assim que fechou a porta, Soraya me prensou sobre a porta me beijando ardentemente

--- Ei, ei, o que deu em você? - perguntei nos separando

--- Eu quase morri uma vez, não vou deixar oportunidades passarem - voltou a me beijar e eu cedi ao beijo levando a mesma até sua cama e deitando-a devagar, agarrei sua cintura com vontade e puxei seu cabelo para trás espalhando beijos pelo seu pescoço

--- Soraya? Simone? Venham almoçar! -- Eliza grita nos fazendo separar rapidamente

A loira se levanta bufando de raiva pela interrupção de sua mãe e eu puxo seu pulso dando um pequeno selinho

--- Vamos ter tempo de sobra para matar a saudade dos nossos corpos, mas sua mãe tem razão e eu ainda tenho que passar na empresa. Que tal um jantar amanhã?

Soraya sorri com o convite

--- Um encontro?

--- Sim, quero que vá jantar comigo como um encontro

--- Sendo assim eu aceito!

As três mulheres almoçaram juntas conversando abertamente, quando deu meu horário, me despedi educadamente e sai rumo a empresa

No estacionamento meu celular começou a tocar repetidamente e eu atendi o número desconhecido

--- Alô?

--- ….

--- Alô? Quem está falando?

--- Oi, morena… Quanto tempo --- a pessoa do outro lado da linha diz em um sussurro me fazendo  paralisar onde estou, de tão assustada que fiquei. Depois de tantos anos, como isso é possível?

--- Roberta…




Aí ai... Como eu amo um draminha hihihi



Uma Última Vez - Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora