CAPÍTULO 02

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Sem revisão.



TAY

Acordo com a cabeça latejando e fecho meus olhos com a pontada, mas me assusto quando sinto algo pesado sobre minha cintura e percebo ser um braço e um corpo colado ao meu. Sem me importar com as pontadas em minha cabeça, olho o quarto onde estou e me levanto rapidamente ao perceber que não é o meu, com meu movimento brusco acabo acordando a pessoa que estava deitada comigo.

— Mas que diabos?! – Kim resmunga e eu paro. Não, nós não…por Buda!

Olho meu corpo e solto um suspiro de alívio quando percebo que estou vestido como ontem, nada fora do lugar.

Tento lembrar como vim parar neste quarto juntamente com o irmão mais novo de Kinn, logo as lembranças invadem minha mente, Kim me fazendo companhia e bebendo como loucos e depois sendo expulsos pelo dono do bar.

Olho para o mais jovem que se sentou no meio da cama e está de olhos fechados passando a mão em seu cabelo desgrenhado, parece que um caminhão passou por cima dele e consequentemente de mim.

— Tay? – me chama assustado, mas logo parece lembrar de algo. — Como nós chegamos no meu apartamento? – pergunta com uma expressão de confusão, que o deixa um pouco fofo.

— Eu não faço a mínima ideia. – respondo, porque realmente não lembro o que houve após sermos expulsos do estabelecimento. — Aliás, nós estamos no seu apartamento? – observo o quarto com tons escuros, vários pôsteres de artistas e violões em um canto, bem a cara de Kim.

— Hum, sim. – boceja e saindo da cama. — Enfim…você está com fome? – eu iria negar, mas minha barriga não me deixou outra escolha a não ser assentir.

— Bem, vamos para a cozinha. – faz um sinal para que eu o siga.

Enquanto andamos em direção a cozinha, observo sua casa, os tons são escuros e claros, dando um toque calmo porém frio ao mesmo tempo, assim que passamos pela sala paramos e olhamos um para o outro, logo voltamos e damos de cara com Big nos olhando enquanto está sentado no sofá.

— Big! – Kim exclama surpreso. — O que você faz aqui tão cedo? – arqueia uma das sobrancelhas.
Big apenas cruza os braços e nos encara sério.

— Eu dormi aqui nesse sofá desconfortável, isso depois de ter sido tirado da cama às três da manhã para ir buscar dois bêbados que cantavam como uma foca engasgada, que quando chegaram em casa esqueceram como vieram e falaram que tinham vindo voando em uma vassoura com uma bruxa de coque samurai. – diz nos deixando chocados,pela cara do guarda,ele está bastante mal humorado.

Kim e eu nos encaramos sem graça, no fundo estou sentindo uma pontada de culpa por Big, coitado, deixou Tankhun e veio para cuidar de Kim achando que seria tranquilo.

— Eu realmente sinto muito pelo trabalho que demos a você. - digo sincero e Big apenas negou com a cabeça.

— Não precisa se desculpar, é meu trabalho e de certa forma o álcool já humilhou muito vocês. – sorrir maldoso.

— Por que você ainda trabalha comigo mesmo? – Kim indaga sarcástico de braços cruzados.

— Porque sou o único que não está julgando ou querendo matar você. – Big responde prontamente mais sarcástico ainda.

Esses dois dão certo como amigos.

— E porque você está fugindo do meu irmão. – Kim provoca e o guarda faz uma cara de tédio.

— Não querendo atrapalhar a conversa de vocês, mas eu estou com fome. – os dois me olham, o irmão de Kinn muda sua expressão sarcástica para uma suave ao me olhar.

— Como sou um ótimo guarda, tem comida na mesa da cozinha, comam e se arrumem. – fala e pega seu celular.

— Arrumar para quê? – eu e Kim perguntamos juntos.

— O senhor Kinn está dando um almoço e exige a presença de toda família e amigos. – diz sem nos olhar. — Aliás, senhor Tay, sugiro que passemos em suas casa para que o senhor troque de roupa. – sugere e eu concordo.

— Eu achei que não era mais bem vindo naquela casa, enfim, vamos comer depois vamos para sua casa. – Kim segura minha mão e me leva para a cozinha, deixamos Big sozinho na sala.

— O que Kinn pretende com esse almoço? – já sentado em uma cadeira eu encaro Kim.

— Não faço a mínima ideia, mas algo me diz que isso será divertido, toda família reunida. – o mais novo sorrir arteiro mas vejo um lampejo de tristeza em seus olhos, com certeza Chay estará lá, esse pensamento me faz lembrar que Time é amigo de Kinn e Tem de Porsche, com certeza também estarão presentes.
Kim parece ler meus pensamentos, pois segura minha mão e sorri.

— Eu estarei lá com você, somos amigos agora, você não se livrará mais de mim. – faz graça e eu sorrio com suas palavras.

Não imaginava que Kim tivesse esse lado, talvez seja porque nós nunca fomos próximos, até ontem.






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ACIDENTALLY IN LOVE (KIMTAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora