Capítulo 2

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Já passavam-se das 6:00 da manhã, quando Débora começou a se arrumar para ir ao colégio. Não era fácil para garota, até porque ela não tinha amigos. Era solitária. Carente até.

Logo depois de se arrumar, saiu de seu quarto e foi a cozinha. Logo dando de cara com seu pai.

Carrancudo como sempre.

— Ah, finalmente a putinha acordou! — falou em total ironia.

A boneca apenas ignorou. Não queria que seu pai brigasse logo de manhã cedo.

— Pai, o senhor já tomou café?

— Óbvio que não! Você resolveu acordar só agora. Vá fazer seu serviço e depois saia daqui! Não quero olhar pra sua cara imunda. — as palavras duras fizeram a garota chorar em silêncio.

Logo depois de uma manhã desagradável. Já estava a caminho da escola, no ponto de ônibus — que por incrível que pareça, não apareceu sequer um ônibus.

O tempo estava nublado. Iria chover. A pequena garota nem percebeu.

Depois de alguns minutos sem um sequer sinal de ônibus, decidiu ir andando para não se atrasar.

Ainda estava muito cedo e não tinha muitas pessoas nas ruas. As árvores balançavam conforme o vento batia. Débora caminhava passivamente pensando em sua mãe. A abandonou com seu pai, para ficar com outro.

Sem prestar muita atenção, um carro preto parou ao seu lado. Sem saber o que fazer, parou de andar.

O vidro logo se abaixou dando à vista para um lindo homem. Aparentemente alto, extremamente branco. Usava uma calça social preta é um suéter que marcava seus músculos extravagantes e cheios. O conheço de algum lugar... pensou a ingênua garota.

— Bom dia linda moça. — sua voz grossa fez com que seu busto esquentasse.

Ficou tímida e apenas acenou e sorriu timidamente.

O Diabo adorou aquilo!

— Perdão incomodar, mas acho que você não iria querer ir para onde está indo nesta chuva, certo? — levantou uma sobrancelha.

— Que chuva?

Logo pequenas gotículas de água caíram sobre seu pequeno corpo e seu cabelo.

— Bem, acho que acabou de ver. — sorriu.

— Me desculpe senhor, mas eu não posso. Não o conheço. — isso é o você pensa. O Diabo falou mentalmente.

— Mas bem, se ficar aí na chuva provável que se molhe. E pelo o que estou vendo, não demora muito para cair uma chuva daquelas.

Débora pensou por um instante. Apesar de o homem ter razão, ela não queria ir. Pois tinha medo de algo acontecer com ela.

Mas não tinha opção. Então aceitou.

Logo a mesma entrou no carro. Demon sorriu.

— Muito obrigado moço. Acho que se você não tivesse parado para falar comigo, provavelmente um toró cairia sobre mim. — deu uma risada.

Foi a risada mais perfeita que o tinhoso já ouviu. Que logo, iria ser substituído por choros e súplicas!

— Não tem que agradecer, a propósito, me chamo Demon.

— Débora, prazer.

— Débora... — falou seu nome com certa "admiração".

A viagem durou em silêncio por alguns minutos. Logo foi interrompido pela voz do tinhoso.

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