capítulo único

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[contém spoilers do capítulo 79]

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Anjo não conseguia se lembrar de como ele entrou nessa situação, mas Aki está diante dele agora, com uma expressão tímida no rosto. E ele está tentando tocar nele.

Anjo está, é claro, se esquivando de todas as tentativas. Apesar da propensão comprovada de Aki para um desejo de morte, ele não permitiria ao humano o que ele quisesse.

Aki avança novamente, o ar cortando entre eles enquanto Angel se afasta bem a tempo. E ele continua recuando, até que suas asas batem na parede.

"Qual é o seu problema? Não morreu cedo o suficiente?" Anjo tenta dizer isso em tom de brincadeira, mas é difícil esconder o desespero em sua voz. Já era difícil mantê-lo longe de Makima, que o convidava para seus encontros com Angel.

Aki inclina a cabeça e contrai a boca. "Eu quero tentar algo." Ele dá um passo em sua direção, estendendo a mão.

"E o que você quer tentar?" Anjo se move para o lado e tenta ficar o menor possível, suas asas abrindo para abrir espaço entre eles.

"Esse." Aki corre para frente, de repente apertando o diabo enquanto suas mãos estendem as penas para encontrar as dele. Anjo imediatamente começa a resistir, chutando em todos os lugares e em todos os lugares, tentando torcer os dedos para fora do alcance de Aki. Ele faz uma careta, esperando pelo revelador esgotamento da vida.

E espera.

Anjo pisca para ele, seus dedos tremendo nas mãos de Aki. "O que-como-," ele limpa a garganta. "Com quem você fez um contrato? Do que você desistiu?"

Aki sorri. Ele diz algo, mas Anjo não consegue ouvir. Seus lábios se movem, mas Anjo está muito distraído com as mãos de Aki, que agora decidiu entrelaçar seus dedos com os dele. Isso desencadeia uma série de faíscas na espinha de Angel, como o estopim de uma bomba.

Anjo não consegue parar de tremer.

"Isso importa? Você não pode simplesmente me deixar tocar em você?" Aki está olhando para as mãos deles agora, uma visão que Anjo também tem que olhar por causa da impossibilidade de tudo isso. "Eu queria há muito tempo."

E você? A pergunta não dita paira ali, preenchendo o pequeno espaço entre eles.

Ele respira fundo. Seus pulmões parecem prestes a entrar em colapso. "Eu-," ele suspira, "eu também. Eu quero que você me toque. E eu quero tocar você também."

Aki aperta suas mãos e sorri para ele. "Então, está tudo bem?"

Ele move suas mãos para cima, pelos braços de Angel, seus dedos deslizando sobre o tecido do traje. Eles se inclinam sobre seus ombros, agarrando-os suavemente para terminar sua subida antes que Aki se incline para mais perto.

Anjo mal consegue manter os olhos abertos enquanto as mãos de Aki acariciam seu pescoço e então pressionam totalmente em sua pele. Finalmente, eles descansam ao redor do rosto de Anjo, segurando-os suavemente e inclinando-o para cima.

"É isso?" Aki pergunta a ele com um olhar sério e inocente demais para alguém que fez as entranhas de Anjo piscarem como os estrelinhas que costumavam acender na aldeia.

Anjo acena com a cabeça levemente, forçando-se a retribuir o olhar que Aki está dando a ele. Ele se inclina imperceptivelmente ao toque, e Aki considera isso o sinal verde para ir.

Tudo bem.

A próxima coisa que Anjo sabe é Aki pressionando sua boca contra a dele, e então rapidamente se afastando. Ele está com um leve rubor no rosto agora, o único sinal que Anjo recebeu de que ele está tão afetado quanto o diabo pelo contato deles.

"Mais um," Anjo sussurra. Aki olha para ele incrédulo.

"Mais um, para que eu possa me acostumar com isso." Com isso, Anjo sobe na ponta dos pés e se inclina para Aki, obrigando-o a abaixar as mãos até a cintura de Anjo. É um pouco ousado demais para o gosto do diabo, mas ele não iria desperdiçar essa oportunidade.

Seus lábios se unem mais uma vez, e um fogo ruge por trás dos dentes de Anjo. Nervos que nunca dispararam antes de serem estimulados, pele na pele, humano no diabo. Pecado, tanto para Angel quanto para Aki.

Aki avança, uma língua saindo para liderar o ataque. Suas mãos percorrem o corpo de Angel, uma segurando sua cintura enquanto a outra desce por sua coxa. Anjo se inclina para ele, estendendo a mão para segurar o rosto de Aki como o humano fez com o diabo antes. Seus dedos formigam quando ele os enrola no cabelo de Aki. É eufórico.

Aki está em toda parte. Ele o está beijando, respirações passando entre eles como tempo emprestado. Ele o está tocando, fazendo o que nem Deus ousaria fazer. Ele o está segurando, o chão sob os pés do Anjo. Ele o está amando, uma luz efêmera na escuridão eterna.

Aki está aqui, ao lado dele. Aki está lá, no campo. Aki está na cama, a luz da manhã forma uma auréola ao redor de sua cabeça.

Aki, Aki, Aki, Aki, Aki, Aki, Aki, Aki, Aki,

Os braços de Aki estão em volta dele, envolvendo-o, mas nunca o prendendo. Os braços de Aki o estão apertando, enchendo-o de calor. Os braços de Aki estão entrelaçados com os dele. braços de Aki-

sumiram.

Aki-

Está em todo o lugar. Suas entranhas se espalharam pela área residencial que ele uma vez chamou de lar. Um cheiro pútrido paira no ar, misturado com sangue e fumaça. Seu corpo foi deformado, profanado pelo Demônio da Arma, miserável além da crença pela Motosserra.

Aki está aqui, ali e ali também. Nada reconhecível resta dele. O Aki Hayakawa que já existiu agora se foi, como uma miragem no deserto. A motosserra é um assassino eficaz.

Anjo Demônio descobre o que Aki disse em seu sonho. Que o demônio poderia ter dado a ele o poder de contornar a maldição do Anjo. O único demônio, realmente, que poderia fazer tal coisa.

Makima.

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𝗮 𝘁𝗼𝘂𝗰𝗵 𝘄𝗶𝘁𝗵𝗼𝘂𝘁 𝗺𝗮𝗹𝗶𝗰𝗲, akiangelOnde histórias criam vida. Descubra agora