Gavi (8/10)

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(S/n) soltou um suspiro, bicando os lábios em frustração enquanto ponderava sobre uma frase. Simplesmente não parecia funcionar. Cada vez que ela colocava a caneta no papel, a ideia voava de sua cabeça, deixando-a com um pedaço de papel em branco e uma expressão frustrada. Sabendo que era um pouco infantil, mas fazendo mesmo assim, (S/n) jogou sua caneta na mesa. Decidindo que poderia muito bem dar tudo de si, ela se afastou da mesa, empurrando a cadeira de volta para a posição com um estrondo.

Ela odiava a faculdade.

Ainda furiosa, ela entrou na cozinha, ignorando o jovem de cabelos castanhos lavando pratos no canto. Seu colega de quarto ergueu os olhos quando ela entrou, sabendo o que a estava frustrando sem precisar perguntar.

"O chocolate está no armário de cima, se você quiser." Disse Gavi, voltando-se para a lavagem. Ela agradeceu, subindo na bancada e alcançando o armário mais alto. Ele teria que recontratar o estoque de chocolate mais tarde naquela noite, a adição de (S/n) à substância doce tornando difícil para o chocolate ser mantido em seu pequeno apartamento por mais de dois dias. "Então, o que é desta vez?"

"Você pode me lembrar por que diabos eu procuro Literatura Inglesa com Escrita Criativa de novo?" Ela perguntou, abrindo a barra e quebrando uma linha. Ela enfiou na boca, engolindo com dificuldade enquanto tentava falar. "Eu odiava na escola. Não me lembro de uma vez que gostei da maldita matéria. Deus, preciso de ajuda."

Gavi olhou para sua amiga, uma sobrancelha arqueada para cima enquanto ele a estudava. "Você é louca, bebê."

"O que?"

"Você não se lembra daquela vez que você me implorou para ler a história que você escreveu na aula no 9º ano?" Ele questionou, sorrindo para ela. "Se bem me lembro, foi muito bom também. Não pense que não sei sobre o trabalho em andamento em seu laptop ou as ideias constantes que você anota naquele seu pequeno bloco de notas."

"Isso é diferente." Ela argumentou. "Isso é para mim, não uma nota estúpida."

"Apenas tente." Ele disse a ela, descartando as luvas de calêndula e atravessando a sala para ficar na frente dela. Ele colocou as mãos em cada lado dela. "Escreva alguma coisa, qualquer coisa. Eu sei que você pode."

"Eu consegui escrever alguma coisa." Anunciou (S/n), entrando no quarto de Gavi e se jogando na cama dele. Ele se virou na cadeira para encará-la. Ela estava segurando um pedaço de papel na mão com seus rabiscos familiares cobrindo-o. "Agora, sente-se aqui para que eu possa ler para você."

Ele adorava descansar ao lado dela na cama, deslizando o braço sob sua cabeça enquanto os dois se deitavam. Ela segurou o papel na frente do rosto e começou a ler, sua voz enchendo a sala.

Quando ela pescou, ela olhou para ele ansiosamente para avaliar sua reação, quase chocada ao ver o sorriso em seu rosto. Ele roçou um beijo em seus lábios, um olhar orgulhoso em seu rosto. "Lindo."

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