Amor. amor é... o 'que é o amor? ou a pergunta certa seria como é amar? amor materno porque é seu filho mas se não fosse você ainda o amaria? seria simples se fosse assim o amor, fácil simplesmente amar por amar mas... e o amor em que você se apaixona por cada pedacinho da pessoa, amar alguém por ela simplesmente ser assim... como é?
Ayla fechou os olhos com frustração, aparentemente a banda para quem ela compunha não achava as músicas dela sobre "amor'' muito profundas, e como seria se Ayla não conhecia tal sentimento? Ayla respirou fundo e aumentou o volume da música que tocava no seu fone e tentou relaxar. A música acalmava Ayla era como se tudo tivesse ido embora e só ela estivesse ali no vazio mas não sozinha.
Ao abrir os olhos, Ayla levou um susto diante dela a avó estava com um sorriso daqueles que as pessoas davam por sentir pena. ela fez sinal para Ayla tirar o fone. Ayla se sentou e abaixou os fones.
-Ay, meu amor, você não acha que ficar aqui trancada no seu quarto as férias todas lhe faz mal? você é tão jovem meu amor sai e aproveita a vida.- Ayla respirou fundo, não é como se ela não saísse de casa, ela saia para a loja de música e para entregar as canções dela mas estava tão desanimada para sair para se divertir, era tão desanimador passar as férias sem sua melhor amiga, Sophia havia viajado para um tipo de retiro de atores
-não se preocupe vó eu estou bem.- respondeu Ayla, e ela realmente não mentiu, estava bem tirando o fato de ter sua fonte de tranquilidade questionada já que as músicas que escrevia não estavam "boas o suficiente" ah como Ayla daria tudo para falar umas verdades na cara daquele cantorzinho de merda
-sua mente parece estar tempestuosa, quer que eu faça aqueles bolinhos que você ama para quando você voltar? inclusive você vai desse jeito?- perguntou a avó de Ayla, com um olhar que julgava seu vestimenta, Ayla ficou confusa não tinha nenhum compromisso para hoje e nem planos de sair
- por que eu deveria estar arrumada? não vou para lugar nenhum
as sobrancelhas da avó de Ayla se juntaram ela parecia confusa e um pouco desconfortável então respirou fundo e falou meio envergonhada
-minha querida... hoje é.. hum.. o seu pai... lembra ele queria almoçar com você hoje- o olhar da vó nina se desviaram da Ayla, a avo sabia o quanto a a menina odiava o pai que a abandonou logo assim que a mãe morrera, simplesmente deixou Ayla com a avo, não que Ayla não gostasse de viver com a avo ela amava mas sentia falta de ter um pai e doía saber que oque ela tinha não quis saber dela, o pai só havia a procurado duas vezes desde que a mãe morrera quando Ayla tinha 5 anos, a primeira foi quando tinha 10 anos quando Ayla ficou muito doente e teve que ser internada o pai foi no hospital para visita lá, aquilo fez a menina ficar muito feliz e desejar ficar mais vezes doente para poder vê o pai novamente porem ele não a visitou quando Ayla teve pneumonia depois de ficar horas na chuva, nesse momento a garotinha percebeu que seu plano falhou e que o pai não viria mais, a segunda vez foi quando Ayla completou quinze anos, a nova esposa dele queria conhecer a menina, nesse dia Ayla chorou bastante porque no dia do seu aniversario o pai veio apresentar sua nova família e eles aparentavam estar bem felizes, Ayla ficou com ciúmes mas oque mais partia seu coração era ter saído do restaurante e percebido que o pai realmente não lembrava que aquele dia era o dia do aniversario dela, nesse dia Sophi comprou sorvete e consolou a amiga a noite toda, depois da ultima visita o pai não a chamara mais para almoços, até hoje.
a voz de Ayla saiu fraca com olhar abaixado
-eu não sabia que ele queria me vê
-ah sim ele quer, parece que queria falar algo importante com você- disse a avó agitada- eu meio que falei que você iria
Ayla olhou nervosa para a avó ela não podia ter falado que a menina iria, Ayla não queria nunca mais ver a cara daquele homem que só a fizera chorar
-querida antes que você fale alguma coisa, você vai, ele é seu pai, as vezes ele quer se redimir, de uma chance para ele... por sua mãe- disse a avó com um olhar triste nessa última parte
Ayla não queria ir mas queria saber oque o pai queria falar com ela, um pouco de esperança que Ayla odiou ter, achava que o pai poderia ter se arrependido por ter abandonado a filha, uma parte dela queria isso, queria poder esquecer todo o mal que o pai a fez sentir, talvez ele tenha se dado conta e queira recuperar o tempo perdido, óbvio que de primeira Ayla iria ficar revoltada porque só agora ele percebeu e não antes mas sabia que iria dar uma chance para o pai porque ela queria dar essa chance para ele, então com essa esperança é só por essa Ayla disse
-ok... acho que posso almoçar com ele.
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I'm sorry
RomanceUma noite de verão, anos atrás, um momento e uma pequena faísca de paixão. Segredos não duram para sempre e o amor também não, alguém saíra machucado.