Ausência de erva e cueca

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Observações:

* O protagonista é homem, mas, caso queira, isso não te impede de imaginar ser mulher;

* É um imagine, então por mais que esteja óbvio alguns podem não entender, sendo assim, quando aparecer "[Nome]" é teu nome e "[Apelido]" é qualquer apelido que queira usar;

* Algumas palavras estão escritas erradas de propósito pois faz parte do jeito de falar do personagem;

* Há presença de gírias e expressões, então não estranhe nem aponte isso como erro.

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— S-Senhor, a-a culpa não foi nossa! — O subordinado tremia tentando explicar o ocorrido — Não fomos nós que perdemos a mercadoria, eu juro!!

— Então quer dizer que além da polícia militar vir bater na minha porta, vocês perderam quatro toneladas da nova Erva-de-Comer?!

— Chefe, a gente pode explicar o que aconteceu!! — O outro subordinado gritou desesperado por seu parceiro deixar escapar algo que não deveria mencionar.

O chefe deles, um homem alto, pele alva e cabelo preto ligeiramente voltado para trás, com olheiras abaixo dos monólitos olhos negros, encarava os dois homens temerosos à sua frente com desdém e fúria, não acreditando em nada do que falavam e a cada palavra dita por um deles ele semi-cerrava ainda mais os olhos, irritado com as desculpas deles. Com um simples olhar e movimento de cabeça, dois dos vários homens ali presente que formavam uma roda no local se colocaram atrás dos dois subordinados imobilizando-os e obrigando ambos a se ajoelharem, enquanto os segurava firmemente pelo cabelo para que mantivessem o olhar direcionado ao chefe. Os dois entraram em pânico ao verem o Executor se aproximar com dois revólveres, um em cada mão, e se posicionar na frente deles mirando na testa de cada um.

— NÃO! SENHOR, TENHA MISERICÓRDIA POR FAVOR! — Berrou enquanto chorava desesperado tentando sair.

— NÃO FOMOS NÓS QUE PERDEMOS O CARURU!!

— Ah é? Então me diga quem foi. — O chefe perguntou retirando seu facão da cintura e a colocando na barriga do subordinado, esse engoliu em seco com os olhos arregalados.

— É... foi o... é... — Travou. Estava nervoso demais e não conseguia pensar direito. O suor escorria por sua testa e o peito subia e descia tamanho a sua aflição.

— Foi o que eu pensei. — O chefe disse dando as costas e se pondo a andar calmamente para a saída.

O som da arma sendo destravada fez os dois subordinados gritarem por clemência, sabiam que não haveria outra escapatória para eles a não ser a morte.

— Quando terminar aqui, limpe tudo e cuide para que não haja vestígios. A polícia está na minha cola, portanto não posso passar tanto tempo fora. — O chefe falou para o Soldado antes de dar uma última olhada nos futuros cadáveres — Esses dois já me estressaram demais.

Quando estava prestes a ir embora, um grito desentoado chamou a atenção dele de volta, fazendo-o dar meia volta.

— FOI O [Apelido], SENHOR!! ELE PERDEU O CARURU!!

O Executor olhou para seu superior aguardando ordens, aliás, era uma informação vultosa demais para não investigar mais a fundo. O chefe aproximou-se deles dois fazendo um sinal com a mão para que o Executor se retirasse e então inclinou-se um pouco para frente a fim de pressionar mais seu subordinado a falar.

— "[Apelido]"?

— S-Sim, senhor! O menino [Apelido] que roubou, filho da Maria Rosângela! — Mentiu. Claramente ele não fazia ideia de quem tinha roubado a mercadoria, mas obviamente não queria morrer.

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⏰ Última atualização: Feb 12, 2023 ⏰

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