05||Day 5

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Longos minutos passaram e eu não sabia nada do meu irmão. Estava a ficar cada vez mais preocupada, decidindo ligar-lhe, mas este desliga. No segundo depois, ouvi um carro e fui ver se era, e como esperava, estava certa. Ele estaciona o carro e sai. Vou para o exterior e corro até ele, mas nesse momento ele levanta-me a mão para parar e vai para casa sem me dizer nada. Eu vou para dentro da minha e sinto-me completamente desnorteada. O que se passará com ele? Porque é que está a ter estas reações? Gostava de perceber mas parece impossível.


(...)


Já passavam duas horas que Cameron tinha chegado e indo para casa dele, sem falar comigo. A minha preocupação aumentava cada vez mais até que eu decido, finalmente, ir o confrontar.

Levanto-me do sofá onde estava sentada, visto um casaco e saio de casa, andando com um passo acelerado para a casa mesmo ao lado da minha. Quando lá chego, toco à campainha e pouco depois a porta é aberta. O meu irmão estava com uma cara triste e notava-se que tinha estado a chorar recentemente.


"O que se passa? Porque estás assim?", atiro logo.

"Nada, princesa. Vai descansar.", mente ele, forçando um sorriso.

"Fala comigo, por favor... Confia em mim."

"Eu confio, mas não quero falar disto."

"Posso ficar contigo?", peço.

"Podes."


Entrei dentro de casa dele e fiquei à espera de qualquer reação do mesmo. Quando fechou a porta teve a reação que eu menos esperava; abraçar-se a mim e começar a chorar. Nesse momento fiquei completamente preocupada, não sabia o que fazer pois não tinha conhecimento de nada à cerca do que se estava a passar.

Deixei que ele se acalma-se e limpei-lhe as lágrimas. Isto é muito estranho mesmo. Ele largou-me e foi até à casa de banho lavar a cara e ao regressar forçou um sorriso.


"Não forces sorrisos...", pedi eu.

"Desculpa, não era suposto me veres assim, era suposto eu estar bem e estar ao teu lado e não mal e estar distante, digamos assim.", desculpou-se. Estas desculpas para mim não faziam efeito, ele não fez-me nada, não precisa de se estar a lamentar.

"Não peças desculpas, tu não fizeste-me nada, Cam! Em vez de me pedires desculpa senta-te e diz-me o que se passa contigo, não me deixes sem saber o que fazer, por favor, confia em mim tal como eu faço contigo...", ele pegou-me na mão e puxou-me até ao sofá, sentando-se e sentando-me no seu colo. Fiquei a olhar para ele enquanto fazia festas no cabelo.

"Eu namorava...", começou ele, "Pensava que estava tudo bem, que andava a fazer as coisas bem, mas errei com ela, deixei ela à espera quando não devia de a ter deixado porque não tinha nada para fazer. Apenas fui a um bar beber apenas um copo, mas não sei o que me deu e comecei a beber mais e mais... Ela ligou-me várias vezes mas eu não liguei a nada daquilo. Já passou uma semana e só agora é que voltamos a falar; como era de esperar acabou tudo comigo. Mas disse uma coisa muito simples, queria conhecer-te..."


Depois de me contar tudo, eu fiquei parva. Será que ele já tinha falado de mim, que eu era irmã dele à namorada, ou ex namorada? Aquilo já passou-se há uma semana e eu só estou com ele há 3 dias. Mas bem, se ele já sabia que era meu irmão, podia ter falado de mim.


"Achas que se ela quiser falar comigo, e depois ganhando confiança, que eu conseguirei que ela fosse novamente para ti?"

"Farias isso por mim?"

"Claro que sim, Cameron, tenho de retribuir de alguma forma o que já fizeste por mim. O que não tem coisa compatível com isso."

"Só o facto de me aceitares na tua vida já é muita coisa."


Era tão bom de ouvir aquilo, ele podia repetir vezes sem conta.

Passado uns minutos de conversa, acabei por o deixar sozinho a pedido do mesmo. A ex namorada, agora sabendo o nome, Camilla, iria passar por lá para falar com ele e este achou melhor estarem sozinhos.


[continua...]


All about me||Liam PayneOnde histórias criam vida. Descubra agora