Manhã

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Parecia mais uma segunda feira normal na vida de Ana no início daquele ano, sua mãe tinha acabado de a acordar antes de sair de casa e ir para o trabalho, sua mãe acordou também sua irmã, que iria para a escola. Como era de costume, acordou, levantou, foi até o banheiro para tomar um banho, colocou uma roupa e foi tomar café da manhã.
-Filha, já estou indo. Sua irmã vai comigo, você pode por favor lavar e guardar essas louças pra mim? Já tenho que ir pra não chegar atrasada.
-Posso sim, eu arrumo isso aqui pra você.
-Ok então, tchau filha, se cuida e qualquer coisa me liga.
-Tchau mãe.
Ela se despediu de sua mãe e de sua irmã, se preparando para o começo do dia. Ela tomou seu café da manhã tranquilamente, assim que terminou, tirou a mesa e foi organizar a casa. Depois de camas arrumadas ela foi para a louça, que por estar cansada sua mãe não pode a lavar no dia anterior, e não tinha tido tempo de lavar antes de sair para trabalhar.

~•~

Vários pratos, talheres, copos e vasilhas lavados depois, era a hora de secar e guardar tudo em seus lugares.
Depois de já ter guardado quase tudo, ela foi finalmente guardar alguns copos, mas foi impedida pelo susto que levou ao ver uma borboleta calmamente repousando sobre um copo na parte aberta do armário. O susto foi grande, ela deu um grito que com certeza foi ouvido por seus vizinhos, e sentiu a adrenalina correr por suas veias.
Ana sempre teve medo de borboletas, especialmente de borboletas como aquela, com aquela coloração escura, tamanho enorme e uma aura estranha, como se estivessem te observando. Essas eram as piores para ela, e era justamente uma delas que aparecera em sua casa.
Sem ideias de como fazer a borboleta ir embora, ela decidiu mandar mensagem para um amigo perguntando se ele sabia resolver seu problema.

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Bestie

Amigo, como eu faço pra me livrar de uma borboleta?
Apareceu uma aqui em casa
Daquelas pretas enormes
Eu tô desesperada
Eu não sei o que fazer

Amiga, eu não sei
Sempre que eu via essas borboletas eu tava na chácara
Quando elas apareciam, eu e minha prima saíamos correndo e falávamos que tinha uma borboleta lá pra alguém, e quando a gente voltava ela não tava mais lá
Então não sei o que pode resolver
Que eu saiba, nesse caso o ideal é meter a vassoura nela

Não dá pra acertar ela com a vassoura
Ela tá no meio dos copos de vidro
E eu nem sei como ela entrou aqui
Eu passei a manhã toda com a casa fechada
Ou ela está aqui desde ontem, ou ela entrou de manhã quando minha mãe tava saindo pro trabalho

Amiga, se não dá na vassourada eu não sei
Talvez veneno resolva
Mas de qualquer forma, abre a casa
Porque se você passar veneno nela ela vai voar e é melhor que seja pra fora de casa
↩️E eu nem sei como ela entrou...
Kkkkkkkkkkkk
Aí é tenso

Vou tentar fazer alguma coisa aqui amigo

Mas já avisando, se eu morrer, destrói o meu celular

Pode deixar kkkkkkkk

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-É, acho que vou ter que dar um jeito nessa maldita. Vou logo abrir as portas pra ver se ela sai.
Ana abriu as portas e janelas da casa, sempre com medo da borboleta voar em sua direção, tanto que a porta mais próxima da borboleta ela preferiu abrir pelo lado de fora do que correr o risco de assustar a borboleta com o barulho e ela voar em sua direção.
Toda a precaução não foi nem minimamente necessária, já que a borboleta não se moveu nem um milímetro. Mas Ana tinha a esperança que ela iria simplesmente voar para longe em algum momento, afinal era isso que borboletas deveriam fazer.

~•~

Depois de um tempo de espera, Ana já estava sem paciência, e resolveu que iria tentar apressar o processo de saída da borboleta. Ela decidiu passar veneno na borboleta, e assim fez.
Assim que o veneno tocou a borboleta, a mesma se agitou e levantou voo, o que fez Ana gritar por medo de que a mesma fosse em sua direção, mas felizmente tudo deu certo.
-Finalmente esse trambolho foi embora. Agora posso continuar meu serviço.
Ana comemorou, sem saber que em pouco tempo a borboleta simplesmente retornaria.

~•~

Alguns minutos depois de ter finalmente finalizado as tarefas que tinha em casa, ela observou a mesma borboleta simplesmente voar novamente em direção ao interior da casa.
Ela se assustou e fugiu de perto da borboleta, que pousou sobre a porta de seu quarto, como se a provocasse. Desesperada pelo retorno da Borboleta, Ana tentou novamente passar veneno na borboleta, que dessa vez levantou voo antes de ser atingida pelo veneno e foi em direção da garota.
Assustada, Ana correu para o lado de fora da casa, onde estaria longe da borboleta, pensando como faria para novamente a retirar do interior da casa. Ela tentava olhar pelas janelas, procurando a borboleta, mas nunca conseguia a ver.
Ana sabia que boa parte daquilo era vindo de seu pavor de insetos, mas algo dizia pra ela que aquela borboleta era diferente, como se a borboleta estivesse apenas lá parada na primeira vez, mas que agora ela tinha vindo para buscar vingança por Ana ter passado veneno nela.


~•~

Pouco tempo depois, Ana finalmente achou a borboleta, que estava do lado de fora da casa, e viu a oportunidade prefeita para acabar com esse problema.
Ela simplesmente correu pra dentro de casa e fechou todas as portas e janelas para a borboleta não conseguir voltar. Mas enquanto fechava a casa uma coisa a assustou, a borboleta estava novamente tentando adentrar a casa.
Ana praticamente apostou corrida com a borboleta pra ver quem chegava até às partes abertas antes, e Ana foi quem saiu vencedora nesse desafio.
Agora finalmente sozinha, Ana podia relaxar sem ter medo de uma borboleta a atacar.

The Curse of the Butterfly Onde histórias criam vida. Descubra agora