One-Shot.

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Os olhos de Aether estavam embaçados, um pouco perdidos também.

"Aether..." O Adeptus disse se sentando ao lado do loiro, ele podia notar o olhar confuso e vazio em seu rosto. "Vamos sair daqui." Sua mão é estendida para ele, mas não há um sinal de movimento.

"Xiao..." ele soa triste, sua voz sai um pouco rouca o que fazia a situação parecer ainda mais lamentável.

"Sim?" Xiao diz um tanto apressado.

"Eu não posso sair daqui, esse universo vai me consumir." O loiro riu com um olhar triste.

"O que?" Os olhos arregalados de Xiao diziam tudo o que sentia.

No rosto de Aether surge um sorriso calmo.

"Eu fui selado aqui, não consigo sair nem se eu quisesse, minha irmã esta aqui também e não posso viver sem ela." A voz calma faz Xiao ficar horrorizado, como Aether podia estar tão calmo em uma situação dessas.

"Aether, eu-

"Você deveria ir." Lagrimas caem de seus olhos. "Os deuses permitiram sua passagem."

Xiao suspira e se senta ao lado de Aether, ele não iria chorar.

"Aether..."

"..." 

O sorriso do loiro caiu assim que a ponta de seu cabelo começou a se tornar poeira estrelas que emitia o brilho mais belo do que o próprio sol, o brilho voava com o vento como pequenos vagalumes.

Xiao mordeu seu lábio inferior e se levantou.

"Bem, eu não vou sair daqui, então venha aqui e vamos gastar esse tempo bem, certo?" O Yaksha estende a mão para ele.

"É estranho te ver sendo tão gentil" Aether zomba segurando sua mão. "Mas, temo que irei sumir por completo antes mesmo que possamos chegar na cidade de Liyue." Seu tom soou em uma alegria triste.

"Eu..."

Um sorriso melancólico se cria, Aether faz uma leve reverencia enquanto estende a mão e diz:

"Você me daria uma ultima dança?"

"Você tem essa, você foi mais rápido." A mão do Yaksha pousa sobre a dele e uma dança lenta começa.

Os passos eram lentos passando um ar triste, era como o sol e a lua, passos um pouco mais rapidos vinham de Aether e mais lentos eram os movimentos de Xiao, os dois ficaram ali, dançando, rodando, se amando.

No fim, Xiao iria morrer com seu amado, era uma morte muito digna para alguém como ele.

O mundo se tornou em luzes... e...

Fim

Vamos dançar até a morte nos pegar.Onde histórias criam vida. Descubra agora