Sn's pov
Depois da nossa pequena conversa, ficamos nos abraçando. Eu estava sentada na pia do banheiro e ele estava no meio das minhas pernas.
-Eu não vou te abandonar- ele falou e olhei nos olhos dele.
-O quê?- eu perguntei e retirei minha cabeça do seu peito.
-Julia me contou algumas coisas que eu sei que, obviamente, são mentira- ele falou muito calmo e eu estava vermelha de raiva- eu não te quero deixar insegura ou algo assim. Eu só quero te ver bem e quero apenas o seu bem.
Uma coisa que eu aprendi com 11 anos foi a controlar minha raiva. Fechava minhas mãos e cravava minhas unhas na palma das minhas mãos. Às vezes eu deitava um pouco de sangue mas estava tudo bem.
Eu lembro que aprendi a fazer isso depois de ver uma pessoa fazendo e, acredite ou não, funcionou.
Então estava Noah com seus braços rodeando minha cintura e eu apertando minhas próprias mãos para me controlar.
Nunca fui de briga mas se isso continua eu deixo Julia careca.
-Você tá bem?- ele pergunta olhando minhas mãos.
-Eu preciso parar de ficar presa em meus próprios pensamentos- eu falei e encostei minhas costas no espelho grande que ficava por trás da pia.
-Está tudo bem- Noah falava.
Ele sempre diz que está tudo bem, mesmo que não esteja e isso é algo que eu admiro muito nele. Às vezes,desejo conseguir pensar dessa forma.
Talvez se eu disser "Está tudo bem" várias vezes,fica tudo realmente bem. Isso é provavelmente falso.
Mas eu também nunca tentei. Talvez por ser muito preguiçosa.... ou apenas não consigo acreditar que as coisas vão relamente ficar bem porque eu realmente não sei em que pensar tipo... Jace foi um dos meus primeiros amigos desde que cheguei aqui.
Vamos ficar bravos um com o outro por causa de uma garota que não o merece? Eu acho que sim.
Às vezes gostava de dar meus olhos para outras pessoas.
-Seus olhos estão vermelhos de novo- ele falou e me deu um beijo no canto da boca- você não precisa de se conter comigo, pode chorar o quanto você quiser.
E depois disso, tudo ficou escuro.
Pim,pim,pim,pim
Acordei. Tinha uma máscara de oxigénio na cara e imediatamente a tirei.
Um médico veio até mim.
-S/n Gallagher certo?- ele falou esperanto por uma resposta minha- Tá- ele soltou um longo suspiro- Qual sua data de nascimento?- ele perguntou.
-Treze de Maio de dois mil e quatro- eu falei.
-E sabe que dia é hoje?- o médico perguntou.
-Não- respondi simples.
-Hoje é dia vinte e cinco de novembro de dois mil e dezasseis- ele falou e eu gritei.
Pim,pim,pim,pim
Acordei e Noah estava sentado num sofá do lado da cama de hospital e meus pais estavam falando com o médico.
Eu me mechi e ele olhou para mim, chamando o médico.
-Graças a Deus- minha mãe abraçou meu pai.
Eu tenho tantas perguntas.
-Você teve uma quebra de tensão causada pelo estresse e outros fatores- o médico falou.
Não me conseguia mexer.
-Você vai ter que medir a tensão todas as vezes que você se sentir ansiosa, com raiva, com vontade de chorar ou com muito sono numa hora que não seja normal- ele falou.
Noah apertou minha mão.
O médico pediu para falar com meus pais a sós e os três sairam da sala.
Ficamos em silêncio e por isso, começei a pensar.
O sonho estranho que eu tive não foi um sonho, isso aconteceu mesmo.
Foi quando eu fui diagnosticada com asma, talvez um dos piores dias da minha vida.
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632 palavras
Oioi meu povo lindo
Voltei
Um cap um pouco mais curto mas vamo qui vamo
Amo vcs de mais 💕Xoxo 💋
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The neighbors - Noah Schnapp
JugendliteraturVizinhos mudam vidas ou... ♡ Plágio é crime jovens