Capítulo 1: O livro

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      (P.O.V de S/n)

  Eu estava em um dia normal, como todos os outros, havia acabado de terminar o livro que havia alugado na biblioteca. E já estava no dia de devolvê-lo e alugar outro.

  Assim, tomei um banho, troquei de roupa, e me arrumei para ir até a biblioteca. Quando lá, devolvi o livro e estava no prazo, ainda bem! Os últimos três foram entregues atrasados, precisei pagar multas.

  Comecei a caminhar pelo local, buscando mais um livro, mas pelo visto já li a maioria daqui (eles deveriam comprar mais livros para esse lugar). Até que meu olhar foi puxado para um livro grande no topo da prateleira. Tentei alcançá-lo sem fazer barulho, mas escorreguei e cai no chão. A bibliotecária parecia irritada comigo. Me levantei e tentei de novo, desta vez consegui pegá-lo.

  Fui até uma mesa do lugar para ler aquele livro. Estava bastante empoeirado, como se estivesse lá há muito tempo, limpei- o com a mão e então vi a capa, era levemente dourada, como livros muito antigos, e havia escrito "O grande Gatsby". Isso me deu curiosidade. Peguei meu celular para saber de qual época era esse livro, e pelo visto o google diz que sua origem foi de 1925.

  Já com as informações, abri o livro, e pude ver na contracapa inicial, havia uma mensagem escrita com uma letra muito chique, típica de pessoas da época: "Este livro pertence a:" O nome estava rabiscado e parece que molhou e a tinta se espalhou, mas dava para ver que o nome se iniciava com a letra A.

  Comecei a ler, e até que a história era boa. Mas o livro não era meu, e nem da biblioteca, eu precisava devolver ao dono. E com isso coloco o livro na minha bolsa, e para não levantar suspeitas, aluguei um livro qualquer da biblioteca.

  Quando cheguei em casa, meu cachorro (nome do seu cachorro), me recebeu com latidos alegres, eu coloquei sua ração no potinho de comida e troquei sua água. Assim, eu pude ir tentar descobrir de quem seria aquele livro.

  Comecei pelos fóruns da própria biblioteca, vendo cada um que se iniciava com a letra A no nome, além que também precisava ser mais velho, afinal, o livro é antigo, muito antigo. Mas como iria encontrar uma pessoa em meio tantas? Era praticamente impossível. Então desisti da busca e fui dormir.

   E acabei tendo um pesadelo, era horrível, pessoas morriam queimadas enquanto gritavam por ajudas, um homem estava parado em frente a cena, sem fazer nada, ele parecia feliz e sorridente. Usava um terno vermelho e seus cabelos eram de mesma tonalidade com detalhes pretos, ele era no mínimo assustador, mas ao mesmo tempo, estranhamente familiar. Quem era ele? Qual seu nome? Por que tão familiar?

   Ele então desapareceu com um teleporte, então comecei a procurá-lo pelos meus lados, até sentir uma mão no meu ombro por trás e então eu acordei, suando frio e ofegando. Eu vou até a cozinha beber um pouco de água para me acalmar, afinal, foi só um pesadelo, né?

   Enquanto eu bebia a água, me virei para ver o livro aberto na parte de trás da capa, cujo havia o "Este livro pertence a: A...", agora continha o nome completo "Alastor", meu copo caiu no chão pelo choque. Como aquilo aconteceu?! O nome estava com a tinta embaralhada e molhada. Mas afinal de contas... Quem é Alastor?

   Fui até meu computador/notebook e procurei esse nome no forum da biblioteca, mas não tinha ninguém. Eu olhei para o livro, que agora parecia amaldiçoado, tinha uma vibração pesada nele. Esse tal de Alastor, com certeza é algum tipo de criminoso muito ruim.

   E com essa ideia, fui pesquisar nos registros de casos criminais em fóruns da polícia. E pelo visto eu estava certa, ele parece ter sido um serial killer muito perigoso e além de tudo, canibal. Isso nos anos 20 e 30, ele acabou sendo morto com um tiro na cabeça em 1933. Pulei para fora da cadeira, esse livro era de um assassino dos anos 30?! Eu olhei o livro. Mas como ele foi parar na biblioteca? Ela só abriu nos anos 70 e ainda por cima, as pessoas teriam encontrado esse livro. Mas talvez ele pertencesse a outro Alastor, afinal, eu não acreditava nessas coisas de espirito ou demônios.

   Assim, esqueci essa coisa e fui fazer algumas coisas, precisava ir para o trabalho. Eu era professora de literatura para algumas crianças no jardim de infância. E já estava atrasada, então assim peguei minha bolsa e corri para o carro.

  Liguei o motor, mas quando ajustei o retrovisor, um servo estava parado atrás, seus olhos escorriam sangue, eu gritei de pavor. Olhei para trás para ver se era real também, não havia nada. Assim eu sai para o trabalho com aquela cena horrenda na cabeça. Isso com certeza não era minha cabeça, havia algo a mais. Aquele livro com certeza era daquele tal Alastor, serial killer que eu havia lido.

   Quando cheguei no trabalho, tudo parecia normal, nada amaldiçoado, as crianças brincando de pega-pega no pátio, aquilo me trouxe um pouco de calma, crianças sempre me acalmam. Mas o problema era quando eu voltaria para a casa...

    Estava tudo um silêncio, meu cachorro normalmente latiria, mas não havia nenhum som. Quando entrei na sala, ele estava dormindo no sofá, ufa! Pensei que ele teria morrido! (Somente eu sou assim?!). Mas quando cheguei a cozinha, eu desmaiei com o que vi.

"Galáxias emitem luz na frequência de rádios" (Alastor x reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora