Capítulo 2: O demônio do rádio

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     (P.O.V da S/n)

    Acordei assustada. Eu estava na sala e aquele ser estranho do meu sonho apareceu na minha frente. Ele era elegante, usava um terno avermelhado (ele inteiro era avermelhado, isso sim!). Ele também tinha a espécie de um microfone, era comprido.

   Alastor: Prazer em conhece-la querida! Meu nome é Alastor, poderia me fazer o obséquio de contar-me seu nome?

    S/n: S/n. - Eu disse levemente assustada por tamanha elegância em um vocabulário.

    Alastor: S/n... Sim! Nome bonito o seu minha jovem! - Ele elogiou, sorridente.

    S/n: Ah, obrigada. O seu também é bem bonito. Alastor... Não existem muitas pessoas no mundo chamadas assim eu acho... Mas tudo bem. Vamos deixar de enrolar e ir direto ao ponto. Como você chegou na minha casa?!

   Alastor: Sobre isso? Bem... Apenas vim aqui para pegar meu livro de volta, afinal jovem... Você me roubou ele! - Ele se irritou e tudo ao redor começou a se curvar com símbolos de voodoo, seu sorriso se alargou e setas como de um relógio viraram suas pupilas. Eu me assusto e afasto o máximo dele que consegue.

   S/n: O- o q-que é vo- você?! - Perguntei com medo.

  Alastor: Pode me chamar de "o demônio do rádio". Os outros demônios me chamam assim, não existe mais tanta criatividade quanto se existia nos antigos tempos...

  S/n: Mas... Por que seu livro estava na biblioteca? - pergunto confusa e me segurando para não gritar de medo ou raiva por ele ser um demônio.

  Alastor: A biblioteca da sua cidade é uma das melhores que conheço, acabei esquecendo meu livro por lá um dia, então você o encontrou. De qualquer forma, obrigado por ter cuidado deste objeto por mim... Nos vemos outro dia S/n! - Ele então desaparece com o livro, provavelmente voltando para o inferno.

   (P.O.V do Alastor)

   Finalmente uma jovem que realmente tem bom gosto pelas antigas artes, ou verdadeiras artes como prefiro dizer. Ela parecia encantadora e educada. Pode ser algo um pouco interessante...

   Retornei ao hotel, e precisei aturar os flertes errados de Angel, ah... No meu tempo não havia essas coisas, as pessoas eram civilizadas e sempre educadas, nos dias atuais... Onde foi parar toda a gentileza? A educação das pessoas? Claramente isto é culpa tua, Vox. Essa tecnologia toda deixou a população dessa maneira, sem... princípios de educação.

   Charlie: Oi Al! O que estava fazendo? - Ela me cumprimentou sorridente.

   Alastor: Lendo um livro. Gostaria de ler um pouco?

  Charlie: Ah não. Obrigada. Estou fazendo algumas coisas no hotel, boa leitura. - Ela saiu no cômodo em que localizava-me.

   Percebe a diferença? Caso ela não estivesse possuída por essa coisa que chamam de "internet" (perdoe-me se não tenho conhecimento de como se escreve o nome desta coisa inadequada) sua ética não seria esta. Eu ainda não irei abandonar meus livros e um bom e velho rádio, isso sim é adequado.

  Continuei lendo meu livro, até interromper-me apenas para pensar sobre aquela jovem que vi mais cedo. Ela poderia ser um alvo ideal para meus planos. Então solto-me no livro, deixando-o ao meu lado. E assim caminho em direção a recepção do hotel. Há a eventualidade de Charlie acreditar que eu teria de ficar alguns dias longe do hotel.

  Niffity: Oi Al! Como vai seu dia? - Ela me cumprimentou alegremente.

  Alastor: Uma maravilha minha cara! E o seu? - Meu sorriso se alargou um pouco a mais.

  Niffity: Bem! - Ela sorri.

  Alastor: Poderia me fazer a gentileza de dizer a Charlie que terei de passar alguns dias fora do hotel?

  Niffity: Claro! - Ela sorri e recomeça a limpar novamente, em uma velocidade excepcional.

   Eu sai para fora dos alcances do hotel e caminhei pelas ruas do anel do orgulho. Indo cada vez mais ao centro. Até que interrompi minha doce caminhada para ver as televisões da marca do Vox.

  Todos ao meu redor fugiram atordoados com a minha presença. Eu ainda permaneci ali, observando as imagens e comerciais dos novos produtos da marca do cabeça de TV (Angel deu esse apelido a ele, acho que foi a única ocorrência aprazível que a mente limitada dele pode pensar. Devo assumir que gosto do nome).

   Passei por mais ruas e cheguei a um pequeno estabelecimento aqui do inferno. Apenas pedi uma xicara de café e o trabalhador do estabelecimento trouxe o que pedi, logo depois ele fugiu em pânico de me reconhecer.

   Estava apenas aguardando o momento correto para retornar a moradia daquela jovem na superfície.

"Galáxias emitem luz na frequência de rádios" (Alastor x reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora