Capítulo 3 Bónus -Pierre

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Nota: recomendo colocarem a música Mount Everest quando aparecer o nome da mesma.

É ela.

É ela.

É ela.

E eu não sei o que fazer.

Maya toca minha mão me tirando do transe.

- O senhor está bem?- ela pergunta.

-É...é sim.- tento parecer tranquilo porém Maya me conhece e sabe que alguma coisa tá errada.

- A mulher.- ela diz apenas.

- O quê?- pergunto confuso e apreensivo.

- Muito linda, não é mesmo?- pergunta olhando nos meus olhos e fico sem reação.

- É-é...- gagueijo e sinto meu rosto queimar.

Merda.

- O senhor está corando?- questiona me olhando. Não têm como eu esconder nada da Maya, ela é quase uma mafiosa, ela sabe ler pessoas como livros abertos.- Não gosto desse nome, Mary.

- Vamos sair daqui?- levanto a mão pedindo a conta.

- Ela tá me olhando, porque o senhor não me diz logo quem é essa mulher? Afinal, eu já sei.- como pude ser tão inocente, claro que ela sabia.- O senhor têm bom gosto, pelo menos a progenitora com que o senhor teve filhos é bonita.- ela diz com frieza e deboche.

- Maya.- a repreendo e o garçon chega com a conta que logo pago.

E a música ambiente do restaurante toca Mount Everest.

- O jeito que ela me olha, odiei, ela me olha como se fosse maior que eu e isso não é nada bom , ela quer algo e eu sei disso.- ela explica- ela veio atrás de poder? Dinheiro?Porque merda ela quer ser maior que eu?

Uma troca de olhares intensa começa e posso ver a raiva no rosto da Maya.

- O sorriso dela é doentio.- ela diz sem tirar os olhos da mulher a umas mesas de distância. Isto está indo longe demais.

Puxo a minha filha para fora do restaurante e entro com ela no carro dou partida e vou em direção de casa, o mais rápido possível, o caminho foi silêncio e tenso.

Entramos em casa e ouvimos um barulho vindo da cozinha.
Maya segue o som e eu acompanho.
A minha filha imobiliza a pessoa enquanto eu ligo as luzes.

- Henri?- eu e a Maya dizemos em uníssono.

- Não, é o papai noel! OH,OH,OH, sai de cima de mim!- a Maya sai de cima.- Achava que ia ter uma festa de boas vindas ou até mesmo um "Ah, Henri você voltou, sentimos tanto a sua falta"

- Nossa que dramático.- a minha filha revira os olhos.

- Mas é um cavalo em forma de mulher mesmo.- faz uma carreta.

- Vocês deviam brigar menos.- digo enquanto vou em direção aos meus filhos e os abraço.

- O senhor sabe que é tudo saudável. - a minha filha diz enquanto se afasta.

- E vocês estavam onde quando eu cheguei?- o meu filho pergunta e reparo que a curvatura dos lábios da Maya muda, raiva e tédio.

- Você já viu nossa genitora, Henri?- ela diz colocando água da geladeira num copo.

- Não, é óbvio.- quando os dois começaram a perceber que todo o mundo tinha mãe na escolinha eu tive que explicar que a mãe deve teve que fazer uma viagem e não nos pode levar mas com o passar do tempo eles percebem que não era só isso. Tive que contar a verdade e Maya ficou com odeio de Mary e fez o irmão prometer que eles não teriam contacto com ela, tentei mudar isso e explicar que Mary era nova e não estava pronta para ser mãe mas isso não mudou os pensamentos da Maya.

- Ela é linda. - minha filha diz e trava o maxilar.

- Você a viu?- Henri pergunta chocado.

- Sim, ela estava no restaurante, cabelos pretos, olhos cinzentos, corpo cheio de curvas, pela negra, ela parece uma boneca mas sei que ela é perigosa, fica longe dela.- ela dá um gole no copo com a água gelada.

- Maya, pare com isso.- a repreendo.

- Pode deixar papa ela vai ficar bem longe da nossa família.- Maya aperta o copo em sua mão com tanta força que a qualquer minuto pode explodir.

- Vamos para o subsolo, você precisa extravasar.

Trocamos de roupa e todos descemos para o subsolo passo o aquecimento e depois percebo Maya socando o saco de areia. Maya não é pequena, ela tem 1,77 ,abdominal trincado e uma força absurda, não é surpresa ver Maya destruindo, é um traço claro da Mary porém Maya sempre odeiou a possibilidade de se parece com a sua mãe, talvez seja medo.

Depois de 1 hora da Maya socando o saco ele se abre e Henri fica bastante preocupado com a irmã.

Me despeço dos meus filhos e subo para o meu quarto tomo um banho e sirvo um pouco de vinho para mim enquanto leio um livro da minha estante e a música clássica ecoa pelo cómodo.

Lembro de Mary e fico ali refletindo, não queria que os meus filhos odiassem a mãe deles, ela tinha me deu o maior presente do mundo, eles. Não tinha como eu a odiar. Mas aquela carta que ela deixou naquela manhã sempre passa na minha cabeça.

"Querido Pierre,

Sei que você está entusiasmado com a novidade de ser pai de gémeos e tenho certeza que você é o homem perfeito para isso mas eu não sou uma boa mãe, quero ser solta, viver em liberdade. Não sou uma boa pessoa como você. Não quero estar presa em um casamento precoce, eu gosto de você e dos nossos filhos porém não sei cuidar de algo assim. Por favor, me perdoe por ser fraca.

Mary"

Autora🫀

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oi sumido lindo!

• Até o próximo capítulo. :)

Com amor, odeio-teOnde histórias criam vida. Descubra agora