;rehearsal

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- Faça silêncio. - a mais velha pede mais uma vez. - Não quero nenhum intrometido aqui...

Suspira, balançando a cabeça, refreou o palavrão que ia sair de sua boca quando a mão, por dentro de seu vestido, apertou mais uma vez a parte interna da coxa.

Era um ensaio. Não tinha porquê estar excitada. Era um novo projeto e precisavam praticar. Precisava ser profissional.

Em seu âmago, só havia aceitado participar do novo GL pela oportunidade de beijar aquela mulher mais uma vez. De quebra não veria Freen contracenar cenas como essa com outra pessoa; não suportaria vê-la beijando e tocando outro corpo que não fosse o seu.

As mãos pareciam conhecer cada curva, cada parte, cada milímetro de sua pele, lhe causando arrepios que não deveria sentir. Por estar de costas, sentia constantemente beijos molhados em seu ombro; a razão de suas leves tremidas. A mão livre de Freen moldava seu quadril com tanta posse que começou a duvidar se queria que gravassem uma cena tão quente e todos vissem o quão boa era aquela mulher.

- Fuck... - soltou sem querer entre uma arfada e outra.

- Becky... - a maior repreendeu, apertando a região antes de subir mais um pouquinho.

Sempre mais um pouquinho.

Devagarzinho, Freen se aproximava de sua virilha. Nem controlava mais sua boca suja. Parou de pedir silêncio e ela sabia o motivo; Freen já havia admitido anteriormente que adorava quando expressava suas emoções em sua língua materna.

- Freen... - murmurou próximo a sua boca.

- É só um ensaio... - justificou, mordendo o lábio dela suavemente. - Só um ensaio... - dessa vez pareceu que estava tentando se convencer.

Manteve a cabeça encostada no próprio ombro para ficar mais perto do rosto da mais alta, queria beijá-la mas não sabia se tinha permissão. Afinal, como ela havia pontuado, era um ensaio, tudo que precisava fazer era seguir o script improvisado pela morena.

As unhas bem feitas "arranhavam" a pele sensível para depois apertá-la, assim como o quadril. Estava presa. Mal conseguia se remexer no colo dela devido as mãos que possessivamente lhe apertavam. Freen disfarçava bem na frente das câmeras, mas todos de seu círculo sabiam que ela era esse tipo de garota; do tipo que provoca até o limite.

A mais velha retirou algumas mechas que atrapalhavam a visão das bochechas em tom avermelhado, o lábio sendo maltratado e os olhos conectados aos seus. A mão voltou a apertar o quadril, fazendo com que o mesmo ondulasse sob seu colo, rebolando automaticamente.

Freen suspirou, lembrando das noites que sonhou com aquela bunda em seu colo fazendo exatamente a mesma coisa.

Becky não sabia se fazia parte do plano dela, mas ficou apreensiva quando sua mão começou a descer lentamente, afastando-se cada vez mais do ponto qual desejava que ela tocasse. O aperto na cintura foi afroxando, confirmando o pior: ela pararia.

Não, não, não! Freen não podia dar pra trás, não agora!

Ficou desesperada, seu peito comprimiu em ansiedade, e devido a isso segurou a mão e subiu até chegar perigosamente perto de sua intimidade.

- Espera... - Freen sussurrou, tentando tirar a mão mas Becky segurou com firmeza.

- Você prometeu que ia cuidar de mim... - Becky contrapôs, a respiração tão ofegante quanto no início.

A mais velha virou o rosto, suspirando, a confusão nítida em sua expressão. Becky segurou sua nuca, fazendo-a olhar em seus olhos.

Sabia o que estava fazendo; queria que relembrasse, caso tenha esquecido, a promessa que a maior havia feito sobre cuidar dela em qualquer circunstância.

- Becky...

- Você prometeu! - Becky disse, quase como um choramingo, seu corpo praticamente implorando para ser tocado pela maior.

Freen engoliu seco ao olhar para a boca inchada de sua garota.

- Você prometeu...

- Eu sei...

- Por favor. Por favor, cuida de mim, Freen.

- Eu vou cuidar...

- Se for difícil pra você, lembre que é apenas um ensaio. Pode fingir tranquilamente.

O que quer que tenha feito, seu desdém despertou algo na mais velha. Diria até que viu Freen se tornar Khun Sam de um segundo para outro.

- Um ensaio? - a mais velha perguntou retoricamente, empurrando a língua contra a bochecha. - Eu não preciso fingir nada, Rebecca.

- Você mesma disse...

Interrompeu-se ao soltar um gemido manhoso; Freen havia esticado os dedos, alcançando o tecido úmido. Ela passou o indicador suavemente de baixo para cima; repetiu o movimento enquanto observava seu corpo se contorcer devido ao estímulo tão direto.

Mordia o lábio, abria a boca, agarrava a nuca da maior, franzia o cenho... suas ações se repetiam. Foi díficil se segurar quando tudo o que queria era gemer, mostrar que Freen estava fazendo gostoso.

- Babe... - acabou chamando-a mais alto do que pretendia. Estava enlouquecendo com o estímulo.

- Shhh... estamos ensaiando, não estamos, Becky?

- É... - concordou baixinho.

- ... apenas um ensaio. - Freen sussurrou em seu ouvido, depois driblou a calcinha e melou o dedo do meio, posicionando a pontinha na entrada. - Não quero que ninguém nos interrompa.

Typa Girl. | FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora