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Isabela

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Isabela

Tinha chegado na casa da vó do Inácio faz uns minutos, depois de todo o show que o Inácio deu na casa que nós estamos, dizendo que era pra eu ficar de boca calada, e que ninguém poderia fazer nada por mim caso eu abrisse a boca.

A vó dele parece ser legal, mais tem cara que mima ele e sempre dá tudo que ele quer, eu não queria tá em uma favela, não tenho preconceito, mais no caminho até aqui vi vários homens armados, da até frio na barriga.

Minha vida aqui vai ser pior do que lá em São Paulo, meu Deus, aqui eu tô no covil dele.

Foi só uns minutos que que saí pra ir no banheiro e já ouvir vozes lá embaixo, quando desci tinha um homem bem forte e muito bonito na sala, com a cara de marreto todo posturado parecia até um mafioso.

Depois de toda a apresentação, eu ainda não tava acreditando que ele era pai do Inácio, o homem não parou de me olhar um segundo se quer, e eu sustentava o olhar também, a carinha dele de bandido safado me deixou bem quente, ou vamos dizer, molhada, em todos os anos com o Inácio eu nunca me senti assim.

Depois do almoço fui ajudar a vó dele, e já tinha desistido, a velha só sabia fala do quanto o neto dela é incrível e que eu tinha sorte por tá com ele, ficava só escutando queria só ver se ela soubesse tudo que esse escroto faz comigo.

__ Vamos Isabela, já tá na nossa hora.__ Inácio entrou na cozinha me chamando.

Não falei nada caminhei com ele até a porta entrando no carro, ele se despediu da vó que tava na porta e foi em direção a casa dele, ele tava calado, não sei se isso é bom ou ruim. Não devo confiar.

__Nós vamos em um baile hoje,baile da favela mesmo, meu pai que organiza tudo, não quero você perto dele, nada de gracinha, preciso mostrar pra esses arrombados a mulher que é minha!__ falou quebrando o silêncio que tava no carro.

Eu olhei pra ele com uma cara de nojo, ele fingiu que não viu e continuou o caminho, chegamos na casa e eu fui me arrumar. Inácio tinha saído não sei pra onde, tenho certeza que foi baba o ovo do pai dele, talvez eles não se dão bem.

Antes de sair me deu um celular, segundo ele é pra ninguém perceber nada que acontece comigo dentro de casa.

Eu tinha um ódio tão grande desse homem que se eu pudesse matar ele matava, peguei o celular já instalado meus aplicativos, pensei em ligar pra policia, mais lembrei da frase que eel disse " se chama a polícia não vai dar em nada, meu pai compra o silêncio de todos, tu só vai apanhar mais e ninguém vai me tirar de cima de ti"

Deixei essa ideia de mão, não tinha nenhum amigo, só queria postar uma foto no Instagram, vai que minha mãe veja e me mande mensagem.

Depois de me arrumar, até que eu tava bonita, depois de tanto tempo pude me arrumar, porque até roupa nova ele comprou pra mim, não tava entendendo o que tava acontecendo.

Já arrumada tirei algumas fotos.

@isavarela
Tentando ser feliz.

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123curtidas.

Já era muito tarde e nada dele chegar, acho que foi sozinho, logo quando eu ia me divertir esse filho da puta estraga tudo, eu odeio ter que passar por isso, odeio ter que ficar presa a um homem que eu não amo e que só me humilha.

Já sofri tanto não imagino que fiz pra ter tanto sofrimento na minha vida, quando ia começar a quebrar o quarto todo escuto buzinarem umas três vezes na porta, só peguei minha bolsa retoquei o batom e saí pra fora fechando a porta.

Ele tava com cara de bêbado, cheirando a droga, e entrei no carro e tava exalando o cheiro forte de cachaça.

__ Tá com a cara de prostituta, hoje você vai ter uma surpresa, vou te apresentar um amigo meu.___ falou me olhando de cima a baixo com uma cara de drogado.

Passamos por muitas ruas pra chegar na área que ficava o tal baile, queria entender o qua ele quis dizer "te apresentar um amigo meu" ele estacionou na porta do baile, decemos entrando na multidão, vários homens com armas pra cima, mulheres em cima dos homens, Inácio saiu me arrastando por uma escada.

Quando chegamos lá em cima, parecia uma área reservada, área VIP, muita bebida, homens armados, algumas mulheres nuas, todo mundo tava me olhando e eu já tava me sentindo desconfortável.

__ Para com essa cara Isabela, coloca um sorriso, vamos andando, teu novo dono tá te esperando, desculpa não ter te avisado amor, mais eu te vendi, tava precisando da grana, se você achava ruim comigo, você vai achar um inferno com meu amiguinho.__ falou e continuou me arrastando, eu tava tentando me soltar dele e processar o que ele acabou de falar.

Meus olhos ardiam e as lágrimas deciam.

__como assim, você me vendeu? Eu não sou um objeto caralho.

Nem pensei direito, peguei a mão dele que tava junto com a minha e dei uma mordida e sair correndo, descendo as escada com toda a velocidade do mundo, não tava nem aí se morresse, mais ia morrer tentando, olhava pra trás e ele vinha correndo com uma arma me gritando.

Corri até a entrada e vi aquele monte de pessoas abri espaço, a música toca e vários homens entrando armados, sair entrando no meio deles correndo e bati em uma parede de músculo que me segurou com força, meu salto tinha quebrado e meu pé tava doendo.

O homem me abraçou e depois de muito tempo eu me senti segura, o perfume dele invadiu meu nariz, minhas lágrimas molhavam a camisa dele.

__ o que fizeram com você, anjo?__ aquela voz, eu conhecia, perai, o pai do Inácio?

Merda.

Meu sogro Onde histórias criam vida. Descubra agora