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2013, MAIO

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2013, MAIO.

A semana tinha passado como um flash e eu disse graças a Deus por isso. Está no terceiro ano era muito puxado, era trabalho em cima de trabalho, simulados toda semana. Eu amava estudar, mas eu não tinha tempo para mais nada.

Diferente do Gabriel que era um caso perdido na escola. Ele estava pouco se fudendo se iria passar de ano ou não.

Barbosa sempre dizia que o futebol que iria sustentar ele. E de verdade? Eu espero que seja isso mesmo, porque em algumas disciplinas ele só passa porque cola.

E ali estava eu, sentada à mesa e com meu notebook em minha frente.

Escrevendo.

― Estou atrasada, muito atrasada. ― escutei a voz da mamãe ao entrar na cozinha, logo depositou um beijo na minha cabeça e andou até vovó.

― Filha, senta para poder tomar café. ― vovó pediu e mamãe negou com a cabeça. ― Você não pode sair sem tomar café, Cecília.

― Eu não posso, estou muito atrasada, mãe. ― mamãe disse ao olhar para o relógio em seu pulso e logo dando um beijo na cabeça da vovó. ― Eu tomo café na empresa, agora preciso correr.

― Mas mãe? ― fiz bico e ela negou com a cabeça novamente. ― É nossa tradição, tomarmos café juntas antes de qualquer coisa.

― Desculpa meu amor, mas hoje realmente não vai ter como. ― mamãe avisou e logo saiu correndo em direção a porta da cozinha.

Neguei com a cabeça e voltei a olhar para o notebook em minha frente. Peguei minha xícara de café levando a boca e observei a aplicativo aberto na minha frente.

― Raio de sol, o quê você tanto escreve nesse computador? ― minha avó perguntou, o quê fez eu subir meu olhar e olhá-la. ― Parece ser algo importante para receber sua atenção dessa forma.

― Finalizando mais um capítulo. ― sorri abertamente e ela balança com a cabeça rindo. ― O seu livro está ficando uma maravilha. ― comentei empolgada.

Eu havia prometido para vovó que escreveria um livro contando a história de amor dela e do vovô, mas infelizmente ele não acabaria com final feliz.

O quê? Eu não gosto de escrever finais feliz. Acho tudo meio monótono e não acho nada divertido que tudo acaba em " felizes para sempre".

Mas, eu amo ler finais felizes. Ok, talvez eu seja bastante hipócrita nesse quesito.

― Querida, pare um pouco, por favor. ― Ela pediu e eu fiz bico. ― Você tem todo o tempo do mundo para escrever a minha história de amor, não se pressione com isso. ― sorriu docilmente para mi.

― Mas, vovó...

― Pelo menos para tomar café em paz. ― Vovó pediu e eu assenti com a cabeça.

TEMPO CERTO ― GABRIEL BARBOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora