Rainha do Caos | Dahmo

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Já faziam três semanas e nenhum sinal dela.

Momo já se encontrava em um estado de insanidade avançado. Atirava em seus capangas a troco de nada, gritava, quebrava coisas em seu escritório e só conseguia pensar no pior. A um tempo Dahyun e ela haviam invadido o hospital psiquiátrico e implantado uma bomba lá dentro, porém houve um erro nos planos e a ruiva não conseguiu escapar a tempo da bomba explodir. Coisas do tipo já haviam acontecido antes, mas não demorava nadinha para a mulher retornar, escapar da morte não era novidade nenhuma para as duas. Momo temia que desta vez sua mulher não tenha conseguido fugir a tempo, mas ainda esperava pacientemente o seu retorno para casa. Não tinha graça tentar acabar com o morcego sem a sua rainha do caos ao seu lado... Não mais.

E lá estava ela, encarando as planilhas azuis em sua mesa velha e quebrada no canto de seu quarto, vez ou outra olhava o relógio ou a janela de vidro que a protegia do temporal ao lado de fora. Dahyun sempre voltava! Sempre! Não poderia te-la perdido, não conseguiria suportar tamanha dor. As vozes em sua cabeça gritavam para se juntar a sua sereia de Gotham, a raiva lhe subiu novamente a cabeça.

— INFERNO! — Chutou a madeira velha que já foi alvos de tantos daqueles surtos e a mesa não aguentou se quebrando no meio.

Em um momento de silêncio no cômodo fechado, aonde só sua respiração ofegante podia ser ouvida, um raio iluminou os céus e uma silhueta na janela. Momo sabia exatamente o que aconteceria, mas não teve tempo de reagir. O vidro foi estourado e os cacos se espalharam por todo o quarto. Em pé na janela estava uma mulher. Pele leitosa, maquiagem borrada, roupas e botas de couro molhadas, o cabelo solto e a franja bagunçada.

Momo abriu o sorriso mais louco e doente de sua vida, enquanto Dahyun permanecia parada em pé aonde costumava estar o vidro da janela. Sacou sua arma no mesmo instante em que a morena fez menção de se aproximar, e apontou em sua direção ainda com a expressão dura e o olhar gélido.

— Você não foi me procurar! — Sua voz saiu alta junto com o relâmpago e o trovão que soaram e iluminaram o céu lá fora.

— Dahyun... eu.. — Tentou se aproximar novamente, porém a ruiva puxou o gatilho acertando a cômoda no outro canto do quarto.

— O próximo vai ser na sua cabeça se tentar chegar perto! — Posicionou o dedo no gatilho novamente. — Você não foi me procurar. — Disse pausadamente enquanto descia da janela e ficava frente a frente com a morena ainda com a arma apontada para sua testa.

Momo ainda sorria e com o olhar de desdém deu um passo a frente fazendo o cano gelado da arma tocar a sua testa. Dahyun trancou os dentes com raiva e apertou os dedos em volta da arma a segurando com mais firmeza.

— Atire... — A voz saiu mais rouca que o normal, causando um arrepio na espinha da ruiva.

— Não estou blefando, Momo! — Praticamente gritou.

— Nem eu. Vamos... Atire! — Abriu mais aquele sorriso que dava ódio em Dahyun. — Você não consegue, não é mesmo?

— CALA A BOCA! — Gritou e relampejou mais uma vez lá fora.

Momo resolvendo arriscar, envolveu a cintura da ruiva com os braços e a apertou contra si. Dahyun com um reflexo rápido desceu a arma para a garganta da maior e firmou ali dificultando sua respiração. Momo riu de sua atitude e desceu uma das mãos até a bunda da menor que mordeu o lábio inferior quase deixando escapar um gemido.

— Vamos... Largue a arma, Dahyun. Se for boazinha eu lhe dou outra pra brincar amanhã. — Disse em um fio de voz enquanto mal conseguia respirar.

Dahyun se sentia seduzida pelo aperto da namorada em sua cintura e a voz rouca dela tão perto. Afrouxou o aperto da arma e aos poucos foi afastando o objeto do rosto da maior. Momo viu ali a oportunidade perfeita para atacar os lábios da ruiva que estavam cobertos de batom rosa e cólera. Dahyun demorou a aceitar o beijo, mas o gosto de fome nos lábios da morena lhe desarmou literalmente. Um baque oco e metálico anunciou que a arma já se encontrava no chão e as duas estavam completamente entregues ao beijo tão faminto e cheios de saudades. Momo já havia descido as mãos da cintura e apertavam a bunda de Dahyun sem parar, enquanto a menor a puxava pela nuca e envolvia seus braços no pescoço dela ficando na ponta dos pés.

Oneshots | Girl Groups SmutOnde histórias criam vida. Descubra agora