ÚNICO

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Depois de um hiato longuíssimo a boa filha a casa torna! Já peço desculpas por estar enferrujada mas aos poucos volto ao ritmo.
Vamos aos avisos importantes: Sexo desprotegido (usem camisinha, caralho), violência entre ambas as partes aqui e quero deixar bem claro que não existem vítimas nessa relação, os dois são tóxicos um com o outro CONSCIENTEMENTE, leiam e logo entenderão, vai ter uma mençãozinha a sangue mas nada demais, prometo, a história em si não é pesada (só o proibidão que é) mas é bom deixar tudo bem claro.
Não preciso dizer que se você é menor de idade eu NÃO te quero aqui, certo? Se quiser ler na surdina, não tenho como te impedir, mas se vier comentar e eu perceber que tu é pirralha, o block vem, estão avisadas, beijos.

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︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Já devia ser o vigésimo xingamento que você soltava no início daquela manhã, depois de bater o dedo mindinho na quina do móvel ao lado da sua cama ao acabar de acordar, você já sabia que um belo dia de merda viria.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Com um mau humor digno do próprio Hades, você apertava a buzina incessantemente, como se fosse adiantar, sua paciência já havia evaporado há muito tempo no meio daquele trânsito caótico a caminho de mais um plantão no hospital.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ao menos você já conseguia enxergar ao longe o prédio que tinha como destino, o Ze'nin Heatlh Group era o maior nome no ramo da medicina atualmente, o investimento em equipamentos com tecnologia avançada e a equipe de médicos extremamente capacitada e rigorosamente escolhida eram o diferencial, você tinha orgulho dos seus esforços a terem levado até ali, mas a rotina às vezes era um pé no saco, como hoje.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Finalmente adentrando o estacionamento subterrâneo do luxuoso prédio, você colocou mais um palavrão na conta ao ver a BMW preta ocupando não uma, mas duas vagas no estacionamento lotado, o dono fez questão de estacionar da forma mais porca possível pois não existia a possibilidade de um carro ser estacionado naquele ângulo de forma acidental.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Mauricinho filho de uma puta.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você sabia bem a quem aquela obra pertencia, mesmo com as câmeras do estacionamento não funcionando há meses depois de um problema no sistema, se o merdinha não fosse simplesmente o herdeiro de tudo aquilo, aquele carro já teria sido arranhado por inteiro. Bufando, você se viu obrigada a estacionar em uma vaga apertada no final do estacionamento, como se já não estivesse atrasada o suficiente.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Quando finalmente chegou no vestiário para se trocar, pôde desfrutar de um pouco de paz, um número reduzido de pessoas podia estar naquele lugar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Terminando de vestir o jaleco, deu de cara com a última pessoa que queria ver naquela manhã, por um momento se perguntou há quanto tempo ele estava ali, te observando. Os vestiários eram usados por todos os médicos e enfermeiros, homens e mulheres, a correria do dia a dia não dava espaço para se preocuparem com olhares ou coisas do tipo, mas naquela situação só havia vocês dois ali, atípico para uma manhã de segunda-feira.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Está atrasada, não é porque ganhou uma promoção que pode agir como bem entender- O timbre grave de Naoya te alcançou e a irritação foi o suficiente para fazer seu olho tremer.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você levantou o olhar e enxergou o homem encostado relaxadamente no armário logo a frente. Essas palavras nunca sairiam de sua boca, mas o jaleco e a roupa do hospital caiam bem no homem de porte atlético, o visual impecável contrastava com o olhar maquiavélico de Naoya, os cabelos claros com as pontas escuras, levemente bagunçados e a dupla de brincos que adornavam as hélix de suas orelhas o faziam parecer mais rebelde. Como regra do hospital ele os tirava sempre que entrava no plantão, provavelmente estava ali para isso.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Primeiramente bom dia, seu troglodita. Segundo, você virou minha secretária? E terceiro, além da sua vaguinha como médico nessa hospital o dinheiro do papai também te comprou a carteira de habilitação? Um cego estaciona melhor que você, Ze'nin- Você o bombardeou, nada melhor que descontar todas as suas frustrações no seu maior desafeto.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- O que foi? Não achou uma vaga para estacionar aquela banheira que você dirige?- Sorriu debochado, retirando os brincos e os guardando no armário com seu nome- O prédio logo será meu, estaciono como quiser. Não dou a mínima para sua rotina, mas quando seu atraso afeta o meu trabalho, você deve sim ser responsabilizada, transar com o diretor não te impede de seguir as regras- Seu olhar carregava irritação- Naobito quer conversar com nós dois. Agora.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ele sempre ficava assim quando você insinuava que ele só estava ali por ser filho do dono, e como o merdinha machista que é, ele insinuava que você só estava ali por ter transado com seu pai, Naobito. Nenhuma das afirmações era verdade de fato, tanto você como Naoya eram os melhores ali, e por isso a rivalidade era constante, o respeito entre vocês nunca existiu então valia tudo na hora de desestabilizar um ao outro.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Pelo menos eu fiz alguma coisa para chegar onde cheguei- Você amarrava os cabelos calmamente, fingindo não notar a impaciência do outro- Diferente de você, sou muito mais que o sobrenome da minha família- Você parou em sua frente, já que o corpo enorme do mesmo obstruía o caminho, e sorriu debochada, do que jeito que sabia que o irritava.
Ele devolveu o sorriso, nada amigável e antes que mais alguma ofensa baixa saísse de sua boca, a voz de Naobito, o diretor do hospital, os interrompeu.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- O que ainda estão fazendo aqui? Preciso sair da minha sala toda vez que quiser falar com vocês? Venham.
Sem esperar por uma resposta, o velho homem saiu do vestiário rumo aos corredores bem iluminados, não era como se ele precisasse de uma confirmação, vocês iriam querendo ou não.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Como Naoya ainda não tinha saído de sua frente você passou mesmo assim, fazendo questão de acertar seu ombro, provocações do tipo só aconteciam em ambientes onde você sabia que um grito bastaria para ser socorrida, não que você fosse flor que se cheire ou uma vítima indefesa, mas você sabia que Naoya conseguia ser muito mais baixo, exemplos não faltavam na empresa, os médicos recém formados e residentes sabiam bem, mas nada confirmado, apenas "fofocas", mas não seria você a dar sorte ao azar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você seguiu na frente sentindo as costas quentes, sabendo que era fuzilada pelos olhos escuros, precisaria tomar um pouco de cuidado durante o resto do dia pois uma represália com certeza viria.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Chegando na sala do diretor, avistou Naobito já sentado confortavelmente na grande cadeira preta, toda aquela sala exalava poder e chegava a ser opressor, conhecendo a família Ze'nin, você sabia que era proposital, e caramba, isso combinava muito com eles.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Assim que você se sentou em uma das duas cadeiras disponíveis em frente a grande mesa de mogno, ouviu a porta se fechando atrás de si, Naoya andou com passos lentos, de forma irritante, até finalmente se sentar ao seu lado, e como um grande macho babaca, fez questão de abrir as pernas até invadir seu espaço pessoal. "Mimado do caralho", você pensou. Naobito conhecendo o filho que tinha, não se abalou, e tratou de folhear os papéis em sua frente para começar a explicar o motivo de estarem ali e você se limitou a bufar, apenas.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Vou direto ao ponto. Já é a quinta reclamação que recebo só esse mês referente ao comportamento de ambos, vocês dois tem um nome a zelar e perdem tempo com essa disputa imbecil, por mais que eu goste de uma boa rivalidade para incentivar melhorias, não irei admitir isso quando se chega ao ponto de afetar toda a equipe. Brigar no meio de uma cirurgia, sério?
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Tanto eu como Naoya nos remexemos desconfortáveis em nossos lugares, o motivo maior de nossa rixa era a rivalidade constante, sabíamos que estávamos no mesmo nível de competência mas dar o braço a torcer e admitir isso? Nunca.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Só o talento de vocês não vai os livrar para sempre, já fiz muita vista grossa. Quero os dois trabalhando juntos nas próximas semanas, com o afastamento de Mei para a licença maternidade a triagem está precisando de pessoal, vocês serão os responsáveis por coordenar os enfermeiros e residentes lá.
Naoya gargalhou imediatamente, e eu pensava em diversas maneiras de me matar na frente desse velho e o traumatizar para sempre depois de falar esse absurdo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Sinceramente, Senhor Ze'nin, você não terá mais um herdeiro para seu império se me obrigar a trabalhar com...isso- Você olhou para o homem ao seu lado como se fosse a criatura mais repugnante e nefasta que já havia andando sob a Terra, bom, se tratando de aparências isso era uma baita mentira, você sabia.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Como se eu quisesse me rebaixar trabalhando com um bando de moleques e uma mulherzinha estúpida e interesseira de brinde. Isso é inadmissível, Naobito, precisam de mim na emergência - Naoya finalmente encarou o homem que você nunca viu sendo chamado de pai- Está tentando me punir por colocar essa daí no lugar dela? Eu não vou fazer trabalho de enfermeira.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Se manca, até parece que quero ter algum vínculo contigo, seu trabalho é medíocre, pra não dizer tosco, um açougueiro tem mais técnica!- Você se meteu na ladainha de pai e filho problemáticos, não iria ser ofendida sem retrucar, jamais.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu não dou a mínima para essa picuinha de vocês dois, não ouviram o que eu acabei de dizer? É uma punição, não é para ser agradável, idiotas. Vocês não tem que gostar, só obedecer. Eu já esperava decepções do meu filho mas de você [Nome]? Deu duro pra chegar até aqui, não me faça sentir que me enganei sobre você, não tem nada que eu odeie mais que estar enganado- O homem levantou os olhos até você, te fazendo se sentir minúscula, realmente, você não estava sendo racional- Vocês são meus melhores cirurgiões, não percebem que o comportamento infantil não condiz com seus cargos? Como espera ser o diretor de um hospital se não consegue lidar com uma equipe e muito menos conviver com sua colega de trabalho? Acha que tenho confiança para deixar meu cargo em suas mãos nessas condições?- Naobito olhou diretamente para seu filho.
Você quis rir mas o olhar do velho logo voltou para você.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- E você, [Nome], pretende chefiar toda uma ala sendo impulsiva dessa forma? Como quer que seus subordinados confiem em você sendo explosiva dessa forma? Vocês estão do mesmo lado, foquem em salvar vidas e melhorar o quadro do hospital, a briga de vocês pode acontecer depois da porta de saída, não aqui dentro. Não mais.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O silêncio desconfortável de vocês dois era a prova de que não tinham argumentos contra isso, não havia sequer uma desculpa plausível para ir contra, estavam completamente errados.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Vou considerar isso uma resposta positiva- Sorriu irônico- E só mais uma coisa, se mais alguma reclamação chegar até aqui, estarão afastados por tempo indeterminado, vão ter bastante tempo para brigar sem o trabalho para "atrapalhar". Agora sumam, vocês têm um setor para coordenar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Quase vinte e quatro horas depois, para a incredulidade de muitos, o setor de triagem estava indo muito bem e o motivo era simples: em todo esse tempo vocês ignoraram a existência um do outro, sem Naoya para te distrair, você conseguia focar completamente em seu trabalho. Obviamente, por estarem em um hospital particular, o fluxo de pacientes era bem menor que em uma unidade pública, mas realmente nem você esperava que o trabalho fluísse tão bem.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você e Naoya eram respeitados, a equipe não demorou para entrar no ritmo que vocês impuseram e por o trabalho no hospital ser completamente interligado, a otimização no serviço de triagem acarretou em uma melhoria nos demais setores.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Quando finalmente pôde sair com a chegada dos próximos responsáveis, você foi direto para o vestiário, até poderia ir embora sem ir até lá mas como o local ficava um pouco antes da saída que levava ao estacionamento, preferiu pelo menos trocar de roupa antes de ir para casa. Como Naoya entrou no plantão no mesmo horário que você, não foi surpresa vê-lo ali se trocando, ele estava de costas, então aproveitou para dar uma boa olhada nos músculos definidos, cega você não era.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Abrindo o armário com força, para anunciar sua presença, você começou a guardar alguns materiais, o mais rápido possível usando a porta aberta para tapar a visão do homem para si, o que não adiantou muito pois o mesmo estava vindo em sua direção com o famoso olhar de quem iria começar uma briga, como um anjo da morte, todo de preto e com coturnos, se ele não fosse tão detestável...
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você então desistiu de trocar de roupa, colocando o jaleco em sua bolsa que estava guardada no armário optando por ir embora com o conjunto azul do hospital mesmo. A passos rápidos, você se afastou abrindo a porta do lance de escadas que levava ao estacionamento, não iria arriscar esperar o elevador, ele te alcançaria fácil demais.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você descia os degraus rapidamente, se martirizando por lembrar o quão longe estava seu carro, você sabia que seria um dia de merda.
Antes que pudesse alcançar a maçaneta da porta metálica que a separava de seu destino, o aperto em seu braço te impediu. Naoya te encurralou contra a grande placa de aço, com mais força do que necessário e você imediatamente sentiu suas costas arderem.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Você percebe a situação de merda em que nos colocou? Fazendo o serviço de moleques da residência, você se esforça cada dia mais para se humilhar e não satisfeita, precisa me levar junto- Sua voz, apesar de contida para não chamar atenção, era extremamente raivosa.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você não se abalou com a postura violenta do homem à sua frente, cenas como essas eram extremamente comuns.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Empurrando o corpo que tinha quase o dobro do seu tamanho, você conseguiu com que ele se afastasse pelo menos um pouco.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Minha culpa? Você vai ser um covarde até nisso? Assume que você é a pessoa mais detestável e difícil de lidar desse lugar, tô cansada de você não assumir suas merdas, eu acho muito bem feito você finalmente descer do seu pedestal, não tem humilhação nenhuma em trabalhar na triagem, seu otário.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ele voltou a se aproximar, dessa vez, segurando seu rosto próximo ao dele, você conseguiu olhar bem em seus olhos e por um breve segundo sentiu medo, ele nunca te olhou assim.
- Naquela cirurgia de demonstração aos residentes, se tivesse apenas seguido o que falei, nada disso estaria acontecendo, mas não, você precisa sempre foder com tudo como uma megera só para criar a ilusão de que está em par de igualdade comigo- Ele tornou a segurar seu rosto, sua cabeça sendo pressionada contra o aço da porta logo atrás, mesmo com você arranhando seu braço, ele não se incomodou e o aperto permaneceu firme- Mas não se preocupe, eu vou fazer questão de te colocar no lugar sempre. Quando eu assumir a direção dessa merda você vai ter que implorar para eu ser caridoso o suficiente para te deixar trocar fraldas na ala geriátrica.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você soltou uma risada irônica, falando com mais dificuldade do que gostaria:
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Se é que você vai assumir a direção, você pode ser o herdeiro de tudo, mas o cargo não é exclusivamente seu. Sabe o que eu acho, querido? Você sabe que a única pessoa que Naobito colocaria na direção, além de você, sou eu, a simples ideia de perder seu maior prêmio para mim te deixa nervosinho, não é?- Você terminou dando leves tapinhas no rosto que pairava acima de você, sem medo de brincar com o perigo, por enquanto.
- Boa tentativa, "querida"- Ele sorriu, a mão que segurava seu︎ ︎rosto desceu para seu pescoço, o aperto ainda mais firme te deixou alerta, engolir a saliva já demandava mais esforço- O boquete que você faz no velho deve ser do caralho, mas não se ache tanto, não vai te tender o cargo tããão alto assim, não seja ganaciosa...Mas se fizer direitinho para mim talvez eu te deixe ser minha assistente, você não é tão incompetente assim, eu reconheço- Sussurrou perto de seus lábios da maneira mais nojenta possível.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Seu porco do caralho- O ódio subiu instantaneamente, estava cansada de ele te provocar desmerecendo todo seu esforço como médica.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Então você não pensou, apenas fez. O joelho entre as pernas longas de Naoya subiu com força suficiente para acertar sua virilha, não foi em cheio como gostaria, mas o suficiente para ele te soltar e se curvar levemente, soltando um gemido dolorido, ele se curvou o suficiente para que seu punho fechado acertasse o belo rosto perfeitamente, o fazendo cair de joelhos.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você esperava que tivesse doído mais do que doeu em você, mas a adrenalina do momento não te deixou lamentar pela mão dolorida, o tamanho de Naoya denunciava que não era tão simples assim o derrubar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O olhar direcionado a você foi com certeza o mais odioso que tinha recebido em todo o tempo que se conheciam, ele parou por um momento, levando as mãos aos lábios finos, e notando a pequena mancha de sangue que surgiu em seus dedos, sua raiva pareceu triplicar. Ele ia revidar, você tinha certeza.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Quando ele tentou levantar e te alcançar, você rapidamente abriu a porta e correu o máximo que pôde, se perguntando a necessidade de um estacionamento tão grande para funcionários, realmente trabalhava tanta gente ali? Tudo parecia ter se encaixado perfeitamente para te foder naquele momento: o carro longe pra caralho, as câmeras que não funcionavam, o tamanho daquele estacionamento escuro e sua saída no mesmo horário que Naoya, o destino era uma grande vadia.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Mesmo com o tempo que perdeu buscando cegamente a chave de seu carro na bolsa enquanto corria, você realmente acreditou que conseguiria pelo menos se trancar dentro do mesmo para fugir de um Naoya emputecido que a essa altura já devia ter se recuperado. Mas foi muita inocência de sua parte achar que conseguiria fugir dele em uma corrida a pé.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Faltavam bons metros até seu carro que você conseguiu destrancar a distância quando sentiu seu couro cabeludo arder e o tranco que a pegada dele em seus fios deu ao interromper sua corrida te fez gritar por poucos segundos antes da mão grande cobrir sua boca e você começou a se debater instantaneamente.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Vai realmente começar um escândalo até um segurança aparecer por aqui?- Ele rosnou entre dentes, ele estava muito próximo, deixando seus fios para segurar seu tronco contra seu corpo, impedindo seus movimentos ︎ ︎- Foi você quem me agrediu primeiro caso não lembre, sabe o que vai acontecer se mais uma briga entre nós for denunciada?
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Lembrar do afastamento foi suficiente para te fazer paralisar, Naoya poderia passar com o carro por cima de você, isso ainda não seria pior que ficar longe de sua profissão, ele pensava o mesmo. Mas ao senti-lo inalando o cheiro de seu pescoço, afundando o rosto na curva entre essa parte do seu corpo e o ombro você logo tentou voltar a se mexer, em vão, mas ao menos ele já havia libertado seus lábios, agora ambas as mãos te seguravam contra ele.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Que porra...você ta fazendo?- Não tinha como fingir não se abalar, ele estava respirando em um local...muito delicado.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- O que eu disse antes não era só uma provocação, se fizer direitinho para mim posso te recompensar futuramente- Sussurrou contra seu ouvido e se não fosse todo o contexto da situação você poderia jurar que ele gosta de apanhar de mulher, mas com ele não era tão simples assim.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu juro que vou te enforcar com seu estetoscópio se você não me soltar agora, seu doente.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ele te soltou imediatamente, andando na direção das escadas, quando alcançou a porta, se virou para você, sorrindo como uma criança feliz.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Então vou até a diretoria denunciar uma agressão, eu tenho provas- Apontou para seu rosto, havia um pequeno hematoma no lado direito e um corte em seu lábios inferior era visível. Logo em seguida, sumiu na escuridão das escadarias.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você correu atrás dele, incrédula com o ponto em que essa situação chegou.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu estava me defendendo de você, seu troglodita do caralho!- Você nem se surpreendeu com a baixaria, era a cara de Naoya distorcer os acontecimentos a esse ponto.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Minha palavra contra a sua, querida. Eu saí do plantão pensando em maneiras de me vingar dessa merda em que você me meteu, mas porra, você me deu um prato cheio agora- Ele tirou o celular do bolso de sua calça escura- Vou perguntar para o meu advogado o quanto dá pra te ferrar com isso, acho que consigo mais que um afastamento pra você, talvez uma justa causa? Naobito não vai querer um escândalo no hospital, vai fazer o possível pra se livrar de você o mais rápido possível.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Como a situação tinha chegado a esse ponto tão rápido? Naobito tinha razão quando disse que você era impulsiva, mas já que você estava na chuva, iria com certeza se molhar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Se vai entrar com um processo por agressão eu vou te dar um motivo de verdade.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O fator surpresa novamente te favoreceu, ele não esperava que você partiria pra cima mais uma vez, não que você fosse conseguir fazer tanta coisa, mas o belo tapa que você conseguiu acertar no lado machucado do belo rosto lavou sua alma. O celular dele caiu no chão quando o mesmo libertou as mãos para poder se defender. Era engraçado ele estar sendo agredido novamente por você e no mesmo lugar, ok destino, você não é tão cretino assim.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O que era uma defesa logo virou uma ação mais ofensiva, não demorou para que ele te derrubasse com um simples tapa. Você sabia que um homem como Naoya não aguentaria tanta provocação, ele não servia, ou melhor, não sabia ser uma vítima porque esse papel nunca caberia a ele. E nem a você, que queria que ele revidasse exatamente desse jeito.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Foi a vez dele te olhar confuso quando você começou a rir. Não fazia sentido sua diversão com o corpo dele te imobilizando e te forçando contra o chão, era desconfortável sentir o piso frio contra seu rosto, mas seu plano foi infalível.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Você acaba de perder sua historinha de ser agredido, agora eu também tenho provas. Como você se formou em medicina sendo tão burro? Seu pai comprou o diploma também?- Ele te virou pra cima, ainda puto, mas você não estava mais com medo- Sendo estúpido assim não vai ser tão difícil assim tomar a diretoria de você, mas não se preocupe, se fizer direitinho para mim, talvez eu te deixe ser o meu assistente, Ze'nin.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎A ficha demorou para cair, a mão habilidosa do homem logo invadiu o elástico de sua calça azul que compunha o uniforme hospitalar e foi quando sentiu os dedos acariciando o tecido de sua calcinha foi quando você finalmente percebeu o que ele estava fazendo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- DE NOVO ESSA MERDA?
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- O que foi? Não quer que eu faça direito?- As pernas dele separaram ainda mais as suas e ele aproveitou para se acomodar melhor, você não se deu o trabalho de o empurrar novamente, a sensação que ele estava causando ali deixaram seus braços iguais a gelatina- Porra, por que você tá molhada, [Nome]? Era pra ser só uma humilhação mas você está gostando. Te deixei assim enquanto te perseguia? Que vadia doente.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- É você quem está duro, imbecil, não finja que não está se aproveitando da situação, você tentou me comer agora há pouco, vai ser um merdinha covarde até para admitir o que quer?
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Aquela situação tinha ido de zero a cem extremamente rápido, poucos minutos atrás vocês estavam se batendo e agora, Naoya punia seus lábios em um beijo raivoso, movendo a boca contra você como se quisesse descontar todos os sentimentos conturbados que existiam entre ambos, ali você percebeu que a sensação de odiar e desejar na mesma intensidade não era uma exclusividade sua.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você gemeu contra a boca dele quando os dedos que permaneciam entre suas pernas tiraram o tecido de algodão do caminho para se dedicar à sua intimidade, deslizando entre as dobras com uma facilidade constrangedora. O beijo se aprofundou quando o dedo médio foi penetrado, o gosto ferroso do ferimento no lábio inferior de Naoya te instigou o suficiente para te fazer morder o local, buscando mais daquilo, o que fez com que o homem imediatamente gemesse, pressionando a própria ereção contra sua coxa.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Tem coragem de me chamar de "vadia doente" quando nem consegue disfarçar que é um masoquista?- Você sussurrou contra os lábios dele, deslizando suas mãos por baixo da camiseta dele para fazer o que sempre quis: arranhar as costas bem definidas que sempre foram alvo da sua atenção com força suficiente para provavelmente deixar bons vergões na pele clara.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Naoya não te respondeu imediatamente, apenas suspirou, confirmando o que foi dito. Você até pensou em provocar de novo, mas quis reclamar quando a mão que te estimulava habilmente se afastou, você devia saber que ele não se manteria passivo por tanto tempo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Sua camiseta foi levantada com violência, e seu sutiã, com fecho frontal, foi aberto da mesma forma. Em um segundo, Naoya te olhava de forma intensa, no outro, você só pôde sentir os dentes dele afundando em sua pele, imediatamente suas mãos se prenderam aos fios claros do homem, o puxando mais para si enquanto gemia sentindo a língua quente estimulando seu mamilo esquerdo enquanto a dor da mordida irradiava pela região.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎As mãos fortes passaram por trás de suas pernas, chegando em sua bunda, seu corpo foi levemente suspendido, fazendo com que suas intimidades fossem mais pressionadas uma contra a outra. Por cima das roupas Naoya simulou o que logo faria com você, ondulando o próprio quadril de forma que sua ereção fosse estimulada em um ritmo viciante, você gemeu junto a ele, que tinha os sons abafados contra sua pele, repetindo os movimentos, buscando mais da sensação, não seria difícil para você gozar assim, mas isso não viria agora.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Após repetir o processo em seu seio direito, Naoya desceu ainda mais, não deixando sua pele intacta em nenhum momento, o rastro de chupões e mordidas seriam lembranças daquele momento sórdido pelo resto da semana.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Irritada com o amontoado de tecidos em seu colo que só aumentavam a sensação de calor, você mesma se livrou deles, observando Naoya fazer o mesmo com a própria camiseta em seguida. Quando você finalmente teve a visão de seu corpo, sem precisar disfarçar como no vestiário, teve vontade de puxá-lo de volta contra si, era inconcebível em sua mente uma pessoa ser cretina e atraente na mesma proporção.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Decidido a continuar a fazer o "serviço direito", Naoya puxou suas calças, junto de sua roupa íntima em um puxão, ele não fazia o mínimo esforço para ser delicado e você definitivamente não queria isso, seria absurdamente estranho qualquer momento afetuoso entre os dois depois de tudo, encarar apenas como um lance carnal era uma situação mais fácil de aceitar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu sou masoquista? É você quem fica mais molhada toda vez que te machuco. Eu sabia que você gostava dessas merdas, querida, e isso sim me deixa excitado- Ele falou enquanto abria suas pernas ao máximo que você aguentava, você não se preocupou com a possibilidade de ele fazer alguma piadinha com seu corpo exposto, seria contraditório levando em conta o olhar lascivo estampado em seu rosto.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você não retrucou porque era verdade, vocês gostavam de machucar um ao outro e se excitavam com isso, eram iguais até na loucura.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O rosto de Naoya sumiu entre suas pernas, e antes que finalmente fizesse o que você queria, a parte interna de suas coxas recebeu um tratamento parecido ao da parte superior de seu corpo, os dentes afundavam em sua pele sem piedade, você choramingava mas não ousava pedir para que parasse pois suas ações eram sempre equilibradas com prazer, além dos beijos intercalados com as mordidas, seu clitóris passou a ser pressionado pelo dedão dele, os movimentos circulares te faziam arquejar, logo sendo substituído pela boca do mesmo, e foi aí que você precisou se segurar para não gritar, chamar a atenção de alguém que pudesse interromper era a última coisa que queria, apesar de praticamente ninguém usar aquela escadaria.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Se você usasse sua boca pra coisas assim seria uma pessoa muito mais agradável, Ze'nin...
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você não sabia se ele tinha ouvido pois sua voz saiu falha entre os suspiros pesados, mas ele pareceu mais empenhado no que fazia depois disso, sabia exatamente qual pressão usar com a língua que circulava rapidamente o monte de nervos entre suas dobras enquanto te penetrava com dois dos seus longos dedos, curvando-os em seu interior estimulando a sua parte mais sensível. Sua outra mão, agora livre, serpenteou até seus seios, usando os dedos para brincar com seus mamilos já sensíveis, os puxando até que você se arqueasse e logo soltando para massagea-los até que a dor passasse, esse processo foi repetido até que você os sentisse dormentes.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você não sabia se era o grande tempo sem transar ou se ele era realmente muito bom, mas o orgasmo que estava se formando era muito mais precoce que o normal, seus gemidos aumentaram o tom até você precisar morder os próprios lábios, na tentativa ridícula de abafar os sons.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Notando os tremores em suas pernas, Naoya cogitou realmente te privar do orgasmo, retirando os dedos de dentro de você e tentando afastar o rosto, mas você o antecedeu, segurando seus cabelos firmemente enquanto suas pernas prendiam sua cabeça ali.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Não ouse, seu bastardo!
Ele soltou um som, parecido com uma risada abafada, as duas mãos seguraram suas coxas com força suficiente para as unhas curtas se fincarem em sua pele e então ele te comeu. No sentido mais vulgar da palavra, a língua que antes se limitava a movimentos precisos no clitóris agora varria toda sua intimidade com mais pressão, quase simulando uma penetração em sua cavidade, os sons molhados que soltava eram constrangedores e altos o suficiente para ecoar pela escadaria mas você não ligou, completamente transtornada e obcecada pelo prazer, deixou que Naoya te arrematasse, se deixando levar pelo orgasmo intenso que te fez arder em desejo enquanto pressionava o rosto do homem ainda mais contra si.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Quando finalmente conseguiu normalizar sua respiração, deitada no chão sem a mínima energia para se mexer, soltou os fios de Naoya que se levantou em busca de ar. Ele estava ofegante, o rosto ruborizado pelos longos segundos sem respirar e...completamente molhado, chegava a ser humilhante ver seus próprios fluidos escorrerem pelo queixo dele.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Que bagunça você fez...- Ele sorria completamente perverso, o ego inflado ao observar o estado em que te deixou, seus dedos voltando para sua intimidade, buscando a superestimulação, sua boca se abriu mas nenhum som saiu, completamente exausta, você só aceitou o que ele iria fazer com você. Seus olhos, focados no movimento da mão dele, logo foram atraídos por outra movimentação.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Por cima da calça, Naoya estimulava a ereção evidente enquanto os olhos continuavam focados no centro de suas pernas, percebendo que era alvo de sua atenção, ele logo desceu o zíper, para sua infelicidade a roupa íntima ainda cobria o que você estava curiosa para ver, mas ele não te deixou assim por tanto tempo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ficando de pé ele abaixou a calça o suficiente para que pudesse fazer o mesmo com a peça que cobria sua ereção. Indo contra suas teorias de que ele era um cretino por ter um pau negativo, você não conseguiu disfarçar sua surpresa ao ver...aquilo. O membro ereto tinha a ponta completamente lubrificada pelo pré-gozo, as veias inchadas se espalhavam por toda a extensão e você achou Naoya o filho da puta mais gostoso do mundo ao te olhar de cima enquanto começava uma masturbação lenta.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Com dificuldade pelo tremor ainda presente em suas pernas, você ficou de joelhos, o rosto na altura do membro latejante. Apesar de já ter feito sexo oral com ficantes e ex namorados, sabia bem que não conseguiria engolir Naoya, e ele estava contando com isso.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Acariciando seus cabelos, você quase achou que ele estava sendo carinhoso até que os fios foram presos em um rabo de cavalo mal feito e torcidos entre os dedos da mão grande, a outra mão segurou seu queixo, elevando seu rosto para cima, o contato visual entre vocês não se quebrou.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você sempre gostou de estar na posição de submissa no sexo, mas ser assim com Naoya era errado em tantos níveis que você quase pensava em desistir de tudo, mas era tão bom que você aceitou entrar nesse personagem. Pelo menos até o próximo orgasmo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Vai engolir meu pau como a putinha obediente que é, não vai?- a voz de Naoya saía embargada de prazer, os olhos pareciam ainda mais escuros que antes, ele estava tão perdido no próprio tesão quanto você, que acenou positivamente com a cabeça, o fazendo sorrir satisfeito, suas coxas foram pressionadas uma contra a outra inconscientemente.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O dedão dele invadiu sua boca, e você automaticamente o chupou, gemendo imaginando seu gosto. Vendo a cena, o próprio gemeu, não aguentando mais, usou o dedo para empurrar seu queixo para baixo, abrindo espaço suficiente para seu pau já sensível e dolorido.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você ficou satisfeita em saber o quão sonoro Naoya era, ele não era do tipo que se esforçava para esconder os gemidos graves e quase roucos, mas eram moderados, provavelmente pela preocupação de estarem se atracando no ambiente de trabalho, nem seu sobrenome poderia o livrar do problema que isso lhe renderia.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Apenas metade do membro entrou facilmente em sua boca, você gemeu novamente no pau dele ao senti-lo pulsar em sua língua que logo começou a se movimentar à medida que ele entrava e saía lentamente, não te deixando mover a cabeça.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Pouco a pouco, ele se forçava mais, você já começava a engasgar levemente quando a glande tocava sua garganta, mas Naoya não estava satisfeito só com isso, em mais uma investida ele te fez engolir tudo, seu nariz encostou na pélvis com pelos aparados, seus olhos se encheram de lágrimas e você precisou controlar a ânsia de vômito.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Seu momento de orgulho momentâneo por ter aguentando ele até ali durou poucos instantes, movendo o quadril com brutalidade contra seu rosto, Naoya fodeu sua boca gemendo na mesma intensidade. Mesmo sendo submissa, estava cansada de apenas aceitar tudo, se aproveitando do fato de que ele reagia bem a dor, você não hesitou em marcar todo o abdômen definido com suas unhas.
Como você previu, ele ficou mais afetado, cortando o contato visual e deixando a cabeça pender para trás enquanto você auxiliava os movimentos de sua boca com uma masturbação. Ele finalmente soltou seus cabelos, e você jurou que ele te deixaria livre para o estimular como bem entendesse até que ele afastou abruptamente, sorrindo sarcasticamente ao observar sua expressão suplicante.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Não me olhe assim, querida, eu sei que você quer engolir até a última gota, mas não temos tanto tempo aqui.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Em único puxão ele te deixou de pé, praticamente te arrastando até a parede ao lado da porta metálica onde toda essa situação começou enquanto você tropeçava nos próprios pés dormentes pela posição anterior. Assim como antes, o corpo forte te prensou contra a parede, e a sensação do dorso quente contra sua pele nua era muito melhor, ainda opressora, mas dessa vez mais excitante.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ainda atordoada, você sentiu as mãos fortes explorarem todo o seu corpo, principalmente os seios, onde voltou a maltratar seus mamilos, te arrancando mais um gemido manhoso que foi abafado por mais um beijo intenso que só foi interrompido por uma dor intensa em seu lábio inferior.
Você olhou para Naoya completamente irritada ao constatar o sorriso triunfal e ensanguentado a sua frente.
- Você sabe mesmo como estragar o clima- Você resmungou mas não pareceu nem um pouco convincente, suas pupilas dilatadas não desviavam da marca avermelhada nos lábios dele.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu fui tão bonzinho, [Nome], se eu fosse devolver na mesma moeda, te bateria de verdade, como você fez- Enquanto falava ele te suspendeu, segurando suas pernas, como se você não pesasse nada. Você precisou buscar apoio nos ombros largos, se aproximando mais de seu rosto, seus narizes se tocavam e vocês voltaram a se encarar, suspirando ao mesmo tempo ao sentir o contato da glande dele em sua intimidade encharcada- Estraguei o clima? Sua bocetinha continua pulsando, se você me pedir com jeitinho eu te dou o que você quer- Cada palavra soava mais debochada, sussurradas a milímetros de sua boca.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Sua mão se fechou nos cabelos de sua nuca, segurando os fios com força, como ele fez com você, Naoya apenas sorriu, de olhos fechados, te deixando descontar sua frustração.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Você está agindo de forma contraditória para quem acabou de dizer que não temos tanto tempo- Nem se importava mais em disfarçar seu desespero, ele estava na posição perfeita, você bem que tentou rebolar em seu colo mas assim que chegava perto de se encaixar ele afastava o quadril, rindo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Quando você estiver sendo uma megera do caralho comigo, vou me lembrar dessa sua expressão, chorando pelo meu pau- Dessa vez as provocações foram ditas próximas ao seu ouvido, a voz cadenciada te arrepiou completamente.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- É o seguinte: vai se fod-
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎O resto da frase saiu em uma lufada de ar exasperada, ele não te avisou, apenas se enfiou completamente em você que imediatamente mordeu o ombro a sua frente, tão cheia que chegava a lacrimejar.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Naoya não se retirou de você, apenas ondulou o quadril ainda mais pra frente, indo além do que você podia aguentar, gemendo tão gostoso em seu ouvido que você não se importou mais com a invasão, queria mais daquilo, por isso, não hesitou em repetir os movimentos de outrora, dessa vez sendo acompanhada por ele, você rebolou contra o quadril do homem sentindo o pau pulsar em suas paredes internas.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Passando seus joelhos por cima de seus antebraços, você ficou içada no colo de Naoya para que o mesmo pudesse ter mais liberdade nos movimentos. Se afastando lentamente, ele impulsionou contra você com força, o barulho das peles se chocando ecoou mas dessa vez vocês não deram a mínima, a simples ideia de alguém pegar vocês naquela situação estava começando a deixa-los com mais tesão, se é que era possível. Esse movimento se repetiu, até que o espaço de tempo em que ele ficava fora de você passou a ser curto, as pélvis se chocavam com tanta força que você pulava no colo dele sem esforço.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Naoya aproveitou a posição para marcar seu pescoço e toda a região do seu colo, os solavancos da posição faziam os dentes do mesmo se arrastarem com mais força que o necessário, doía, mas você devolvia toda a sensação nos cabelos da nuca dele e suas costas...você sequer conseguia imaginar o estrago que havia feito nelas, conseguia sentir a pele dele se acumulando debaixo de suas unhas e talvez...sangue? Você não poderia se importar menos.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Amanhã quando se olhar no espelho e ver essas marcas, vai se lembrar que me deixou te comer nas escadarias como uma prostituta e ainda pediu por mais...você quer que eu te foda mais, não quer?- Ele desacelerou os movimentos do próprio quadril, te penetrando superficialmente, não chegava a metade e já retrocedia, você choramingou de novo, tentando novamente se movimentar por contra própria, sabendo que ele não iria deixar. O mesmo apenas riu, lambendo a pequena ferida em seu lábio- É só pedir, do jeito que eu quero, e eu te dou.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu quero, Naoya...eu quero, por favor...- Você literalmente queria gozar e ir embora dali.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Você é uma puta fingida até implorando, sabia?- Ele soltou suas pernas, mas ainda sustentando seu corpo com as mãos em sua cintura. Essa humilhação não havia sido o suficiente? Você não estava com disposição para soltar outra dessas, mas não foi necessário, te virando de costas para si mesmo, foi necessário apenas que ele inclinasse seu corpo para que voltasse a te penetrar com o mesmo vigor de antes. Você chegou a dar um quase sorriso, atrapalhado apenas pelos seus gemidos incontroláveis quando o pau de Naoya te acertou repetidas vezes no seu ponto mais doce, não revirar os olhos era algo impossível principalmente pelo fato de ele segurar sua cintura com possessividade com um mão e com a outra segurar uma de suas nádegas, acertando tapas doloridos que deixavam sua pele ardendo.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Se você quiser gozar vai ter que fazer por onde, querida, queria tanto rebolar no meu pau, pode ficar à vontade agora- Dito isso, Naoya simplesmente parou.
Você não perdeu tempo, deixando seu peso equilibrado nas mãos espalmadas na parede e nas pontas dos pés, deixou seu quadril se movimentar de forma sincronizada, infelizmente não tinha a mesma força que os movimentos de Naoya mas ainda era satisfatório, e levando em conta a sensibilidade que ele te deixou mais cedo somadas a sua necessidade de finalizar aquilo, não demorou para você sentisse aquele sensação familiar se formando em seu ventre.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Olhando por cima de seu ombro, você pôde ver um Naoya completamente concentrado na junção de seus corpos, seu único esforço era segurar sua bunda de forma que seu pau pudesse ir mais fundo com seus movimentos. Você estava quase lá, podia sentir suas pernas tremendo e o arrepio subindo por sua coluna, o corpo formigando e sua mente se nublando. ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Percebendo os sinais de seu corpo, Naoya escorregou uma de suas mãos por sua barriga até chegar ao seu clitóris ainda inchado, onde os movimentos frenéticos dos dedos indicador e médio te fizeram ver estrelas, sua boca se abriu e o grito só não saiu porque a mão grande, que praticamente cobria mais da metade de seu rosto, o abafou.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você podia arriscar dizer que aquele estava sendo o orgasmo mais avassalador que havia sentido. Ainda cobrindo sua boca e tirando a mão de sua boceta para enlaçar sua cintura, você se sentiu praticamente como uma boneca de pano quando Naoya lançou seu corpo contra o dele com força suficiente para te fazer querer chorar pela sensibilidade da superestimulação, ele que até agora se manteve em uma pose quase inabalável parecia ensandecido, cego na busca do próprio orgasmo que ainda não havia sido consumado.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu sempre quis saber qual era a sensação de encher essa sua bocetinha de porra.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você queria dizer que vocês, como médicos, estavam sendo irresponsáveis para um caralho ao não usar preservativos, mas ele era tão bom naquilo que você mesma se permitiu ter a curiosidade daquela sensação que não demorou a vir, com mais alguns movimentos erráticos do próprio quadril Naoya se despejou em você em um gemido abafado na curva de seu pescoço. Se sentindo preenchida com o líquido quente, você só se permitiu aproveitar ao máximo daquela sensação antes que a ficha caísse.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Naoya se afastou de você, que precisou de bons segundos para se recuperar, buscando suas roupas pelo chão, evitou olhar para o homem que terminava de abotoar a própria calça, o silêncio era incômodo mas não seria você a quebra-lo. Terminando de se vestir, você finalmente o olhou, e ele a você. Não sabiam o que dizer, se é que tinha algo para ser dito, você também não sabia se queria ouvir algo e para evitar qualquer possibilidade, simplesmente abriu a porta e se dirigiu a passos largos até seu carro, sem olhar para trás.

No dia seguinte, você acordou para outro plantão, era o segundo dia de três, como não estava atrasada, se poupou de começar a manhã com o trânsito estressante e optou pelo metrô. Já no vestiário do hospital, se trocou com o jaleco já limpo que trouxe de casa enquanto conversa sobre amenidades com alguns outros colegas que já estavam ali, ele não estava, você imaginou que ele apenas chegou mais cedo, era um costume dele. No setor de triagem foi onde finalmente encontrou Naoya e o tratamento do dia anterior se repetiu, vocês não se falaram.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Ninguém estranhou pois a conversa de que mais uma briga entre vocês acarretaria em um afastamento se espalhou por todo o hospital, mas esse não era o motivo para aquilo, estavam se evitando. Quer dizer, você estava o evitando, em alguns momentos podia sentir o olhar dele sobre você, te buscando onde quer que estivesse, a sensação era familiar, ele sempre fez isso, às vezes precisavam interagir por conta do trabalho mas quando percebia no olhar dele que mais algo poderia vir, logo se afastava.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Era simplesmente autodefesa, sabia que vocês tinham se deixado levar pelo tesão, mas não estava afim de ouvir alguma merda de Naoya, delicadeza era uma palavra inexistente em seu vocabulário, apesar de ele ser outra pessoa com os pacientes.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Felizmente ninguém notou o ferimento similar no lábio inferior de ambos, por mais que um envolvimento entre vocês seria a última coisa que imaginariam, o simples fato de lembrar a origem daquilo te deixava sem palavras.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎As vinte e quatro horas do plantão se passaram e quando finalmente terminou se deixar as roupas hospitalares em seu armário, as trocando por um conjunto de moletom simples, você se assustou com Naoya ao lado da porta que você tinha fechado.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu penso muitas coisas de você, covarde não era uma delas até hoje- Os braços estavam cruzados e ele parecia...irritado?
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- O dia foi cansativo, não estou com energia para você, Ze'nin- Você ia passar reto por ele, mas a mão em seu braço, o mesmo braço, te impediu e sem esforço, te paralisou, as lembranças ainda estavam muito vivas em seu corpo que reagiu instantaneamente ao toque dele.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Eu acho que você é grandinha o suficiente para lidar com essas merdas, a gente fodeu ontem, não é o fim do mundo- A voz saiu baixa, ele sabia ser discreto quando necessário- E você não terminou o serviço- Sorriu mordaz ao ditar a última frase próximo ao seu rosto.
Seus olhos revezaram entre os dele os lábios ainda curvados no pequeno sorriso lateral.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Como é?- Você perguntou atordoada. Ele tinha acabado com você no dia anterior, foi um serviço mais do que bem feito.
︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎- Vai engolir até a última gota, querida.

︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎Você não sabia quem te odiava mais, o Naoya ou você mesma, sua aposta era a última opção, pois era a única justificativa para você estar entrando no maldito carro preto que sempre quis arranhar.

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Eles só se olham o dia todo, conhecem os hábitos e cada traço de personalidade mas não se gostam não, confiem

HATE U [IMAGINE NAOYA ZE'NIN]Onde histórias criam vida. Descubra agora