Comprada por um mafioso

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Será que eu sentia alguma coisa por ela que eu não me lembre devido á suposta perda de memória? Espero recordar das coisas com o tempo, porque se assim for, tenho de arranjar alguma forma de lhe pedir desculpa por a ter tratado daquela forma... Se bem que ela não pareceu se importar muito quando eu lhe dei dinheiro e disse para se ir embora... Será que tem mais alguma coisa por de trás disto tudo? Ah, para de pensar nessas merdas agora! Só posso estar a ficar louco! E tudo por conta daquela garota! - pensei e repreendi me mentalmente.

....

~Mente agitada~

Segundos, minutos, horas se passavam e nada de encontrar S/n nem o seu paradeiro.

Eu estava a ficar louco com aquela situação, era como se a cada segundo que se passava, algo dentro de mim se desmoronava cada vez mais.

A cada segundo que passava mais a ansiedade dentro de mim crescia.

Porque é que eu sentia aquilo? Eu não sabia, aquela era a perguntar que mais havia rondado na minha mente nas últimas horas.

De hora em hora eu ia ligando para Klaus, para saber se haviam novidades, porém, até ao momento, nada de novo, apenas algumas digitais de Christian nas coisas de S/n.

Estava sentado na cadeira do meu escritório, com um copo de Whisky na mão, enquanto olhava fixamente para a tela do meu telemóvel.

Os meus pensamentos estavam dispersos, a tentar lembrar das coisas, a pensar no que aconteceu neste curto espaço de tempo, no que poderia acontecer, entre muitas outras coisas.

Recostei as minhas costas na cadeira, deixando os meus braços esticados sobre a mesa, segurando o copo na mão esquerda.

Deixei a minha cabeça cair para trás e fechei os olhos com força para tentar esvaziar a minha mente, mas continuava tudo igual.

Perguntas irritantes do tipo "quem é ela" ou "o que eu sentia por ela", faziam de tudo para não sair da minha mente.

Estava a ficar irritado, irritado por nem mesmo conseguir controlar a minha própria cabeça, mas mais irritado ainda por saber que, para estar naquele estado, eu provavelmente não a tratava da melhor forma.

Segundo Landon eu comprei S/n para ser minha submissa, então porque eu estava daquele jeito?

Isso só me deixava mais irritado. Saber que eu havia comprado alguém para ser minha submissa, mas que no final, quem foi submisso a essa pessoa foi a minha mente, o meu corpo e os meus sentimentos.

Dei um grande gole no Whisky, esvaziando o copo por completo, que antes ainda se encontrava com o líquido até á sua metade.

Senti a minha garganta a queimar e a ficar quente, mas não mais que a minha mente naquele momento.

Suspirei pesado e passei as minhas mãos pela minha cabeça, puxando os meus finos fios pretos do cabelo com força.

Levantei, peguei o copo e dirigi me até á estante onde tinha as bebidas alcoólicas, enchendo logo de seguida o copo com mais uma quantidade generosa de Whisky.

Comecei a olhar ao meu redor, observando o escritório, enquanto dava pequenos goles nas bebida para ela durar mais.

Peguei o telemóvel, andei até às duas grandes portas de madeira maciça, que estavam abertas, passei por elas, saindo daquela divisão, e comecei a andar pela grande casa sem rumo.

Andava em passos lentos enquanto olhava para a tela e continuava a bebericar o conteúdo do copo.

– Senhor? *disse uma voz atrás de mim*

Rodei a cabeça o suficiente para que a pessoa entrasse no meu campo de visão e assim que a pude que tal aconteceu, vi que era Anna.

Alex- Sim? *disse num tom de voz baixo*

Anna- Tem uma pessoa que o deseja ver.

Alex- Mande ir embora, não quero ver ninguém agora.

Anna- Sim chefe *murmurou*

Alex- Mas quem seria? *perguntei curioso*

Anna- É o senhor Klaus chefe.

Assim que a mesma acabou de falar, arregalei ligeiramente os olhos e logo a minha mente ficou a mil.

Alex- Porque é que não me disseste antes que era Klaus!? *perguntei e passei pela mesma, indo até á entrada, antes que ela se pode-se pronunciar*

Em passos largos dirigi me para a entrada, encontrando Klaus de costas.

Alex- Klaus, a que devo a honra da sua visita? *perguntei tentando não transparecer ansiedade*

Klaus, assim que ouviu a minha voz, virou-se na minha direção e eu pude finalmente o observar.

Para além do olhar de cansaço, que poucos conseguiriam perceber, Klaus também tinha uma pasta na mão.

Klaus- Senhor, eu sei que me disse que queria que lhe liga-se quando tivesse qualquer tipo de informações, mas isto foi bastante repentino, então achei que o senhor fosse querer ver pessoalmente... *falou de cabeça baixo*

Alex- Certo, vamos para o meu escritório *disse enquanto rodava o meu corpo para tal*

Ouvi o som da porta a fechar e os passos de Klaus a acompanhar os meus.

Em poucos segundos já nos encontrávamos na frente das grandes portas de madeira maciça, que ainda estavam abertas.

Adentrei e fui diretamente para a minha cadeira, sentando me nela.

Klaus- Licença senhor *murmurou enquanto entrava pelas portas*

Apenas encarei os movimentos dele enquanto se deslocava até á cadeira que estava na minha frente.

Porém o mesmo, em vez de se sentar na cadeira, limitou se a permanecer de pé, do lado dela.

Alex- Sente-se *ordenei enquanto estendia a mão, apontando para a cadeira*

Klaus assim o fez, sentou se na cadeira e logo deslizou a pasta, na minha direção, por cima da mesa.

Apenas peguei a pasta em silêncio e abri espreitando o que havia lá dentro.

Retirei as folhas que tinha no interior da pasta e comecei a ler.

A cada linha que eu lia, a minha expressão se fechava mais, a minha mente ficava ainda agitada e irritada.

Alex- Isto é verdade? *perguntei levantando ligeiramente as folhas que estavam na minha mão*

Klaus- Infelizmente é o que parece senhor *murmurou* Sinto muito...

....