NOS BASTIDORES

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-Foi um sucesso! Colocá-los juntos foi a melhor ideia d-

Incapaz de terminar sua frase, ele foi atingido por um forte punho batendo em cheio em sua bochecha.

-Cale-se! Maldito seja! Eu juro que se você me fizer cantar com o Deku nerd de novo, eu te mato!

O loiro fechou a porta atrás de si. O ruivo continuou esfregando o rosto de dor. Bakugou sempre agia assim quando tinha que cantar com sua principal competição em tecnicamente tudo: vendas solo, álbuns, shows, fãs, sessões de autógrafos, turnês artísticas, audiência quando apareciam na televisão; E um longo etcétera.

O pior é que naquele dia eles não só tiveram que gravar um novo dueto para a música de abertura de um romance estúpido, mas ainda faltava uma sessão de fotos. Se Katsuki era famoso por ser a sensualidade ambulante, Izuku se destacava por sua aparência que lhe permitia usar lingerie feminina melhor do que qualquer mulher e por mais estranho que parecesse, teve boas vendas!

Se Izuku o modelou, vendeu o dobro.

E a estúpida filmagem que aconteceria horas depois era para a divulgação de uma fragrância andrógina que pretendia cativar o público masculino com a figura de Katsuki enquanto cativava as mulheres de seu mercado-alvo com o corpo de Izuku.

Bakugou não conseguia nem tirar da boca a ideia de chamar o cara de cabelo verde de "sexy". A articular essa palavra estava o nível profissional do seu jogo da vida, que de vez em quando protagonizava nos bastidores o rapaz das sardas que trazia mais do que um a pedir encontros nem uma vez sem oportunidade de repetir.

Sem falar que ele não hesitava em tagarelar sobre suas conquistas sem nome com uma programação de não mais de três horas, classificando-as por tamanho de embalagem. Desnecessário dizer que Bakugou nunca ouviu nada disso até o final porque ele sempre deixou o local no momento em que o homem de cabelos verdes lhe cedeu um banheiro público.

Ele o odiava, quase tanto quanto odiava aquela parte dele que implorava a cada segundo para que o mais novo o montasse loucamente; Afinal, foi sua primeira experiência e sua última porque depois do verde ninguém era bom o suficiente para o loiro-. Tudo aconteceu tão rápido que antes de desejar sua morte pela enésima vez, Izuku já estava estimulado o suficiente para se inserir totalmente no pênis do loiro, que não poderia estar mais ereto devido à atenção recebida perpetuada pela boca audaciosa do sardento.

Como esquecer algo assim?

Ver perdido no prazer do sexo aqueles olhos esmeralda que incitavam a ceder à ideia de duvidar da sua orientação sexual; pelo movimento de seu membro dentro dele entrando e saindo lentamente, desfrutando de sua invasão úmida e dura. Eu não tinha igual. Nada que se parecesse com isso.

O melhor do caso é que segundo as próprias experiências de Izuku nunca se repetiram com o mesmo homem, sendo que com Katsuki já havia perdido a conta das vezes que fugiram para fazer seu show de sexo orquestrando gemidos abafados ou soltos independente do lugar ou do momento.

Já se passaram três anos desde a primeira vez. Houve até ocasiões em que Izuku chegava totalmente lubrificado naquela região, permitindo que o pênis do loiro entrasse sem esperar. Embora para Katsuki fosse como se alguém tivesse preparado o jantar para ele gritando com ele que ele estava lá antes. Quando isso aconteceu, Izuku pagou a todos. Bem, Katsuki chegou a marcá-lo em lugares visíveis sem entender o motivo, ele simplesmente foi levado a isso involuntariamente.

De virgem inexperiente, passou a ser o vibrador pessoal daquela ninfomaníaca disfarçada de pomba branca. Ele se odiava, mas não conseguia evitar. Seu corpo era tão compatível com o de cabelos verdes que na primeira tentativa de apagar as carícias de sua pele não conseguiu uma única ereção decente. Até a experiência lhe causou repulsa, resultando em um ato mais por compromisso do que por vontade.

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