Capitulo 1

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Mia Riddle

Seja gentil e agradável para todos verem como você reage a uma situação de pressão. Seja elegante quando alguém for grosseiro com você. Seja uma dama quando estiver passando por alguma situação constrangedora.
A escola da realeza parecia bem mais divertida quando eu visitei, mas ao entrar, se tornou a coisa mais entediante do mundo.

Escolas foram estabelecidas por todo reino. Antes eram apenas para pessoas da realeza, hoje em dia o ensino era liberado para todos. Claro, alguns tinham mais privilégios em quesito segurança. Como por exemplo nós dos reinos. Havia uma escola para todos que ficava no meu reino, ou melhor, um deles.

Houve muita discussão na época sobre isso. Reuniões com os reis e rainhas. Conversas ou brigas. Seja o que for, a palavra do meu pai valeu bem mais que todos ali.

O rei das trevas decretou que haveria escolas nas cidades e outra que seria apenas para os de sangue real. Minha mãe obviamente não gostou nada disso. Ela disse que todos deveriam ter as mesmas oportunidades. Mas o meu pai falou que nem todos tinham poderes ou que poderiam correr risco de vida tanto quanto nós.

Os resquícios da guerra ainda estavam na pele dele. As vezes escutava os gritos e minha mãe o acalmando como sempre fez. Não sei o que aconteceu naquele ano.
Só sei o que todos sabem, Hazel foi morto e que muitos guerreiros e pessoas inocentes foram mortas.
É como um assunto proibido.

Se eu perguntava para os meus pais sobre a guerra? Perguntava. E o meu pai falava o mesmo: "o passado deve ficar no passado"

Talvez ele tenha razão, o passado deve ficar no passado. Quem iria querer reviver lembranças de algo que atormenta você profundamente?

— Oi, Mia. Pronta pra mais uma festa nas catacumbas?

Grace barr, filha do rei Mohammed. Ela sim era uma verdadeira princesa com seus fios de cabelo ruivo enrolados e olhos extremamente verdes.

— Sem você não tem graça — sinto mãos nos meus ombros e olho o garoto ruivo.

O irmão gêmeo dela já era o oposto da garota. Ela era engraçada, extrovertida e muito perfeccionista. Vincenzo não levava nada a sério, gostava de festas e era um tremendo bagunceiro. Era só ver como o quarto dele é.

As noites que passei no reino estrelado diz muito disso.

— Estou pensando sobre isso ainda — tirei o braço dele dos meus ombros enquanto andamos pelo corredor até o jardim — A última festa não acabou bem.

— Não me diga que ficou se sentindo culpada apenas por aquilo — Vincenzo puxa o cabelo da irmã a fazendo revirar os olhos — Fala pra ela como a linda Violeta ficou.

— Não tem graça, Vin. A garota quase morreu — a ruiva me encarou com os olhos levemente arregalados — Mas não foi sua culpa.

— Na verdade foi sim.

— Você pode calar a boca por cinco segundos? — Grace bate no irmão.

— Não contei mentira.

É, ele realmente não mentiu.
O que aconteceu com Violet pode até ter parecido um acidente inofensivo naquela noite. Mas o que senti quando ela me empurrou propositalmente e o que fiz em seguida sem ninguém perceber, foi minha culpa.
Entrar na mente das pessoas passou a ser um dom do lado do meu pai que comecei a ter com meus 5 anos de idade. Primeiro indício foi quando forcei um amiguinho a pular do brinquedo que estávamos. Eu não entendia bem o que eu conseguia fazer anos atrás. As vezes era expontâneo e quando eu via, minhas vontades já estavam na outra pessoas.

DARK LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora