Saí de mim, fui busca
Recebi o troféu da ilusão
E o devolvi
Me perdi, mas ganhei o caminho
Sorvi da vida o meu vinho
A casca saiu inteira, doeu
Senti
Ressenti
Aprendi
Esta estrada não tem peso
Tem um quê de densidade
Sinto, ressignifico
Me vejo, sou prioridade
Me sinto amada,
O amor jorra aqui
Porque sou minha morada
Reconheço minha estranheza
E aceito
Há agora um equilíbrio
Entre fortaleza e leveza
Meus erros são memórias
Minhas histórias
E retóricas, o aprender
Meus acertos reconheço
Saberes, crescente vir a ser
Minha pele queima, desata nós
São lágrimas, suor e paz
O crescer
É tão belo me reconhecer
No prato
No trato
Meu amanhecer
Estagiei na perturbação
Mergulhei em sonhos e neuroses
Mas renasci
Esculpida em brasa e asas
Revivi.
por Daniele Truculo Dias