Seu despertar

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Exausto era a palavra que definia Levi naquele momento. Papeladas de assassinatos, crimes, gangues rivais, civis mortos, tudo em apenas 2 semanas de trabalho. Bem, Levi era a definição de trabalho feito com muitas noites sem dormir, apenas café e vitaminas matinais. Sua profissão estava o matando lentamente e ele iria ao fim do poço sem problemas. Trabalhava em uma agência de controle de máfias, com tantos Yakuza por aí, não teria o luxo de deixar fazer o que querem. Iria dar 12:48 quando recebe uma mensagem de Hanji para ir no seu laboratório urgente. Em laboratório leia-se necrotério, já que Hanji era uma médica Legista e estranhamente amava o que fazia. Irritado e sem delongas, foi ver o que sua amiga doida queria, não bateu nem na porta e já foi entrando aparecendo atrás da mesma.

- Ei.

- Puta que pariu caralho Levi, que susto! Ainda bem que sei que os mortos não estão revivendo ainda! HAHAHHAHAHA

- O que você quer?

- Curto e grosso como sempre. Venha aqui, quero te mostrar uma coisa esquisita.

- Já não bastava você.

- Oh por favor, sei que você me ama.

Caminharam até uma maca gelada onde repousava um jovem garoto moreno, Levi observou seu rosto, olhos fechados com cílios longos, cabelos castanhos e seus lábios carnudos, porém, secos e rachados, tinha uma expressão tão leve e relaxada que nem parecia morto, observou seu corpo comprido e deveras magro, alguns hematomas aqui e ali. Levi se virou para Hanji que pegava uma prancheta em uma mesa branca e alguns papéis.

- Então?

- Encontraram seu corpo hoje de manhã, na esquina da rua que acessa a máfia Marley. Estive o dia inteiro fazendo exames e descobertas, porém, de nada consta a causa de sua morte. Envenenamento, tiros, facadas, hemorragias. Não encontrei nada. Ele apenas está muito desnutrido e recebeu algumas pancadas.

- E o que isso tem haver comigo?

- O mais esquisito, é que eu fiz coleta do seu sangue para saber quem o garoto era e só tive um resultado.

- Ele não está registrado civilmente?

- Ele é desconhecido, mas de acordo com seu DNA, ele é filho de Grisha Yeagar.

- O mafioso procurado? Zeke não ocupou seu lugar? Só pode ser brincadeira.

- Sim, também achei, mas o que mais me intriga é que ele aparentemente não teve causa de morte, o que significa que ele pode estar morto, sim ou não.

- Já pode parar por aí, está me dizendo que o morto não está morto?

- Provavelmente.

- Que merda.

Moblit aparece saindo de uma sala confuso e vem em direção aos dois.

- Dotoura Hanji, eu acho melhor dar uma olhada na sala de exames.

- Ok, fique aqui e fique de olho se o morto não acorda.

- Pare com isso Dotoura, sabe que odeio esse tipo de piada.

- Hahaha, venha Levi.

Ao chegarem a sala de exames, Levi pode ver muitas coisas, objetos estranhos, vidros com conteúdos duvidosos e viu algumas cores em uma tela grande que aparentemente seria do garoto, não sabia o que isso significava.

- Desembucha 4 olhos.

- Estranho, sua temperatura está mudando, assim como seus músculos e órgãos internos estão se mexendo mais do que deveriam. Algumas horas atrás ele estava gelado como seu temperamento Levi.

- Sem piadas, o que isso significa?

- Eu acho que ele não está totalmente- ouviram um barulho de coisas metálicas caindo no chão e um grito masculino vindo da sala onde estava o corpo do rapaz. Levi imediatamente sacou a arma e seguiram até o local, vendo o garoto agora acordado, de olhos verdes furiosos segurando um bisturi no pescoço do assistente de Hanji.

- Está vivo!!

- É sério? E aquele papo que ele estava morto?

- Eu nunca disse que ele estava morto. Tinha probabilidade de estar vindo também.

- Quem são vocês?! Onde estou?! - o garoto gritava irritado

- Calma, não se preocupe, está seguro aqui, podemos conversar se você soltar esse bisturi, por favor? - Hanji tentava acalmar o jovem

- Respondam minha pergunta primeiro.

- Somos agentes e a algumas horas atrás você estava morto. Pode se acalmar?

- Fale para ele abaixar a arma.

- Nem fudendo

O garoto apertou o bisturi com força fazendo um pouco de sangue sair do assistente de Hanji, Levi abaixou a arma e colocou as mãos para cima. O garoto o soltou chutando-o de modo brusco para longe. Ainda com o bisturi nas mãos o garoto brincava entre os dedos compridos e machucados.

- Pode ver que não estou morto.

- Claro, claro, está bem vivo, e com bastante energia pelo visto.

- Prometem que vão me manter seguro?

- Sim, prometemos.

- Não fale por mim 4 olhos

- Não esquenta. Nós somos de confiança, Meu nome é Hanji Zoe e este anão zangado se chama Levi Ackerman, pode nos dizer seu nome?

- Eren Yeager.

The death is not the end for usOnde histórias criam vida. Descubra agora