Let's bet.

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LOUIS POV.

Havia sido um dia completamente cheio e não estava nem ao menos na metade.
Eu estava na casa de Liam, dando os avisos sobre essa noite, pois nós organizamos um evento essa noite na casa de jogos. Minhas manias controladoras gritavam em minha mente, querendo que tudo saísse como eu imaginava.

Na última vez que fizemos um evento desses houve uma briga. Apenas muitos caras presunçosos querendo ver quem é melhor que quem, tava na cara que as coisas sairiam do controle. Mas não hoje, eu não iria permitir.

- Quero os seguranças atentos, qualquer sinal de que alguém está incomodado com algo, quero ser o primeiro a saber, entendeu?

Eu digo para liam, tentando me manter calmo e não bater de frente com o mesmo que parecia consideravelmente entediado com a conversa, então apenas respiro fundo, dando um trago no cigarro que eu fumava, tentando me manter relaxado.

- Você já repetiu isso umas dez vezes, calma cara! Ninguém vai sair na briga, eu cuido de tudo.

Ele zomba da situação, me deixando com uma expressão carrancuda, então apenas apago meu cigarro e me levanto sem ao menos o responder, não queria perder a cabeça sem motivo, então controlei meu jeito naturalmente explosivo e comecei a andar até o segundo andar, parando minimamente quando escuto sua voz me chamando novamente.

- Ei cara! Eu chamei um amigo, tá bem? Ele disse que vai levar alguém e queria que você ficasse ciente.

Eu apenas continuo meu caminho, revirando meus olhos e murmurando um "tudo bem".

[...]

Eu estava atrasado, já estava na casa de apostas, mas ainda não havia descido para onde o evento estava acontecendo. O mesmo já havia começado e já estava completamente lotado, até mais do que eu esperava.

Eu estava de preto dos pés à cabeça. Usava um terno preto, com uma camisa no mesmo tom, assim como meus sapatos.

Eu enrolo mais alguns minutos, terminando de fumar meu baseado e então eu vou para o andar debaixo, contendo minha revirada de olhos quando vejo a grande quantidade de pessoas no local, gritando escandalosamente. Sinceramente, qual a necessidade de gritar?

Não havia nada de diferente, mesma correria de sempre, então vou até uma mesa, não me importando com quem estava apostando ali, apenas me sento, entrando no meio das apostas também.
Que a noite comece.

[...]

Durante esse início de noite, já foram mais 50 mil para minha conta, não perdi absolutamente nenhum jogo. Com o tempo se tornou algo normal, logo desenvolvi essa habilidade de não perder.

Eu dou uma pequena pausa, me preparando para a próxima rodada, passando o olhar ao redor, até sentir um olhar preso em mim, me fazendo direcionar meu olhar até a pessoa que me encarava descaradamente.

Era um moreno, o mais atraente que tinha visto naquele lugar até o momento, o que me chamou atenção, ele estava sentado em uma das cadeiras do bar, com um bebida que chuto eu ser vodka suas mãos. Eu encaro seus detalhes sem nem me importar que ele estava vendo tudo, então volto meu olhar até seu rosto e o mesmo desvia rapidamente, fingindo não ter visto nada.

Antes ele não tinha minha atenção, mas agora era toda sua.

Eu vou até ele, com meu pisar firme e então paro ao seu lado, fazendo ele parar de fingir que não me viu e então o questiono afrontoso, não contendo meu tom minimamente agressivo.

-Perdeu alguma coisa naquela mesa?- Eu questiono olhando firmemente para o mesmo, vendo ele mover suas pernas constantemente, demonstrando seu nervosismo.

-Acho que se eu tivesse perdido, não seria da sua conta.- Ele me responde na mesma moeda. Nem parece que está agindo como um cachorrinho assustado por me ver aqui.

Quem esse garoto acha que é pra falar assim comigo?

- Que boquinha atrevida, não? - Eu digo em um tom sarcástico, tentando ignorar o ódio repentino que me subiu ao o ver falando de forma tão atrevida comigo, fazia tempos que ninguém falava dessa forma comigo. - Então, Princesa, pare de me encarar como se você quisesse arrancar a minha roupa, porque se eu ver você me encarando de novo... creio que não irá gostar das consequências.

O tom baixo sai de meus lábios, de maneira meio rouca, apenas para ele escutar, então me viro, na intenção de voltar para minha mesa e continua as apostas, mas paro de andar ao escutar sua voz alta, me respondendo de forma meio incrédula.

- Você diz isso como se fosse capaz de fazer alguma coisa. Eu aposto que isso seja real.

Eu apenas permaneço parado na mesma posição ao escuta-lo, logo me virando em sua direção, o encarando firmemente com meus lábios prensados um outro, meus punhos fechados e meu maxilar trincado, então apenas me acalmo, respirando fundo e o respondendo de maneira calma. -Então vamos apostar, querido.

- Então que os jogos comessem! Acredito que você precisa de um prêmio por ser um provocador tão barato.

Ele se levanta com o nariz empinado e anda até a mesa, nem ao menos olhando para trás. Ele não parece alguém que saber jogar, mas foi confiante mesmo assim.

Parece que eu tenho uma aposta interessante aqui.

[...]

O jogo começa e eu via claramente no olhar dele que estava perdido, parecia não estar ao menos sabendo o que estava acontecendo.
Por que ele aceitou jogar se nem ao menos sabe?

Me sinto frustrado. Por um momento achava que eu iria ter um concorrência de verdade depois de um tempo incontavel, mas parece que me enganei.

Ele jogava qualquer carta, parecia que nem ao menos olhava antes de fazer tal ato e o jogo já estava ganho.
Me senti definitivamente jogando com uma criança.
Eu havia conseguido 45 mil apenas nesse jogo.

- Olha, eu achava que as outras pessoas com as quais eu já apostei eram ruins... Você é pior que todas elas, meu anjo.

Eu olho diretamente para o mesmo, que me encarava incrédulo com o tanto que eu havia tirado do mesmo naquele jogo.
Além de dinheiro, a dignidade.

- Isso não foi justo, voce trapaceou!

Ele diz aumentando seu tom de voz e batendo a mão na mesa demonstrando sua irritação, enquanto eu apenas olhava para o mesmo, sem perder o sorriso sarcástico de meu rosto.

- Eu sou muitas coisas, mas não sou trapaceiro.- Eu o olho sério, estralando meus dedos e me apoiando para traz na cadeira. - Me diga, meu anjo... Qual é o seu nome?- eu questiono ao notar que ainda não sabia o nome do cacheado, mesmo depois de ter o tirado uma boa quantia de dinheiro.

- Por que eu diria meu nome para alguém você? - Ele se levanta e cruza seu braços, em completa marra, formando um bico irritadiço em seus lábios.

Então eu apenas me levanto, apoiando minhas mãos na mesa, trincando meu maxilar e o encarnado de forma impaciente pela forma como ele falava comigo sem medo algum, mas logo vejo a expressão do cacheado vacilar ao me ver levantar, respondendo minha pergunta em seguida. - É Harry...

Ele responde um tanto tímido e eu me sento novamente, cruzando minhas pernas e o respondendo baixo.

- Eu não te disse o que eu estava apostando, Harry. - Eu digo firme, indo até a sua direção e segurando o seu pulso com força, escutando ele perguntar simples e curto o que eu tinha apostado. - Eu estava apostando você, meu anjo.

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2023 ⏰

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