𝘚𝘦𝘶 𝘱𝘰𝘯𝘵𝘰 𝘧𝘳𝘢𝘤𝘰.

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P.O.V: Bakugou

Puta merda, não acredito que estou agarrando o Kirishima, enquanto estamos em sua moto. Ele realmente está me levando para sairmos juntos. Não deveria estar tão ansioso assim.

Quando chegamos, devolvi meu capacete pra ele. Ele tira o dele. É possível uma pessoa ser muito gostosa tirando o capacete?

Entramos no Starbucks, e eu estava indignado por ter que sair com aquele cara que não consegui deixar de amar e que provavelmente me cederia fácil pra ele. Ele pediu pra eu espera-lo em uma mesa, depois de alguns minutos foi se sentar junto a mim.

Vai chegar daqui uns 10 minutos, no máximo. Tem muita gente na frente. –Ele começa. O Midoriya apenas havia me dado o dinheiro da bebida, então entreguei a Kirishima um pouco antes para pagar. –Você... Está desconfortável aqui comigo?

Como eu poderia estar? Tipo, sim, eu estava nervoso, mas Kirishima nunca me deixaria desconfortável. Ele é a pessoa que consegue trazer conforto para qualquer um.

—Não, não estou. E você?

—Claro que não, eu que te convidei... –Ele riu, mas eu não, mesmo acreditando nele.

—Fico feliz por isso...

Um canto de meus lábios se ergue. Eu queria tanto dizer que ainda amo ele, que ainda quero estar em seus braços, sentir seus lábios juntos aos meus, estar presente no que ele precisar. Porém do que importa se ele não sente o mesmo e quer que sejamos amigos? Se sermos amigos significa que posso ficar perto dele, tudo bem, só não posso estragar tudo.

—Você vai fazer o que no fim de semana? –Pergunto, tentando não deixar o clima chato.

—Não sei. Primeiro preciso achar um apartamento para sair da casa da Mina.

—Ah, verdade. Você já tá lá faz um tempo, não é?

—Pois é, não quero ser um incômodo pra ela, preciso sair de lá logo. –Ele soltou uma risada nervosa.

—Ei, não se preocupe. Quer ficar lá em casa? Assim você vai ver essa coisa do apartamento com mais calma... –Puta merda! Por que caralhos eu disse isso?? Por favor, não aceite. Não aceite.

—Tem certeza? Não quero incomodar você também...

—Nah, relaxa. –AÍ QUE ÓDIO. –Não me incomodo nem um pouco! –Alguém me mata.

Quando eu percebi, ele já estava lá na porta de casa, com suas malas e uma mochila. Aí, meu Deus, eu não vou sobreviver a isso. Isso é tortura. Até pouco tempo, eu não queria olhar na cara dele, agora estou rastejando pra querer ele de volta? Eu sou mesmo patético. Bom, não é como se fosse acontecer alguma coisa entre a gente em tão pouco tempo.

—Me desculpa mesmo. Prometo que não vou te dar muito trabalho, eu limpo a casa pra você. –Ele parecia tão nervoso quanto eu. Ajudei a carregar as malas até o quarto que ele ficaria, percebi também que eu estava tremendo. Por que justo um cara tão gostoso assim tinha que ficar na minha casa? O destino deve me odiar.

Para de pedir desculpas. E se você vir com os papos de ser meu empregado, eu vou realmente te fazer de empregado. –Nós dois rimos, e isso descontraiu o ambiente estranho. –Enfim, você tá com fome?

—Um pouco, comi quando estávamos no Starbucks.

—Mas você comeu muito pouco! Bem, eu vou fazer algo pra gente, ok? Você ainda gosta de cookies?

—Com certeza! –Observei ele abrindo um sorriso nostálgico, pelo visto, fazia um tempo que não comia aquilo. –Deixa que eu te ajudo.

—Não precisa, idiota. Guarda as suas coisas enquanto eu faço.

Nós Não Podemos Ser Amigos. (KiriBaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora