Prólogo

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Finalmente, as aulas voltaram em um novo ano letivo.

Brasil se encontra no Salão Principal, sentado na mesa dos grifinórios junto a seus amigos, Colômbia e Coréia.

O diretor Dumbledore acabara de anunciar as boas-vindas a todos e apresentar os novos alunos do primeiro ano.

- Bah, eu queria tanto estar em casa agora - Brasil diz, totalmente desanimado.

- Acabamos de voltar, parce. - Colômbia diz sorrindo, vendo Brasil reclamar no início do ano, como sempre.

- Ah, parceiro, nem comecei as aulas direito e já tô morrendo de cansaço, parece que eu já tava estudando há um ano.

- E as aulas vão começar só amanhã. - Coréia ri do amigo.

- Pelo menos isso, man...

Todos saem do Salão Principal tendo que ir até seus quartos.

- Pelo menos esse ano vou me dedicar nos estudos, vou ralar muito pra tirar boas notas em todas as provas, fazer todos os trampo e lições direitinho e ser o mais pika dos alunos! - Brasil diz animado andando pelos corredores com seus amigos.

É possível ouvir uma risada no corredor chamando atenção dos três, ao olharem percebem a presença desagradável de Argentina e seus amigos.

Brasil tem uma rixa com ele, apesar de terem feito o que fizeram ano passado.
E, Estados Unidos e Alemanha também não são flor que se cheire.

- Qual foi seu desgramado. Tem palhaço aqui, por acaso? - Brasil diz irritado para Argentina.

- Aquí el único payaso eres tú. - Argentina revida em tom de deboche.

- "Payaso" é minha pika.

- Você sempre usa essas palavras de baixo calão, é a prova de estamos em níveis totalmente diferente. - Argentina diz elevando sua postura.

- Níveis diferentes? Eu não sabia que arrogância era um indicador de nível superior. - Brasil responde de forma irônica.

- Boludo de mieda. Eu só estou rindo da sua fala, dizendo que irá se dar bem nas aulas. Sempre foi horrível em todas. - Argentina ri e ele e seus amigos saem do corredor, deixando os grifinórios em paz.

- Mano, esses cara me tiram do sério, mano. Sempre arrumando treta e tentando se mostrar pros outros, mas na real não valem um centavo. - Brasil diz exasperado.

- Tranquilo, compadre. Não deixa eles estragarem o seu ânimo. - Colômbia tenta tranquilizar.

- Ela está certa. Não vale a pena dar atenção pra gente assim. - Coréia concorda.

Brasil respira fundo, tentando deixar a raiva de lado.

- Manos, ceis tão certos. Vamo deixar esses zé ruela de lado e focar no que importa: curtir a vida. - Brasil diz com determinação.

Os amigos concordam e continuam o caminho até a torre Grifinoria.

- Vou dar uma mijada. Podem ir na frente. - Diz desviando do caminho e indo até o banheiro.

Brasil caminhava de volta para a sala comunal após usar o banheiro de Hogwarts.

O corredor estava escuro e silencioso, e ele podia ouvir o som de sua própria respiração enquanto andava.

De repente, um grito estridente cortou o ar. Brasil parou no meio do corredor, sentindo um arrepio subir por sua espinha. Ele se virou para a direção de onde o som havia vindo e viu um vulto na escuridão.

Com o coração batendo acelerado, Brasil se aproximou e percebe um aluno do Corvinal caído no chão, carbonizado. O rosto do Corvino estava congelado em uma expressão de surpresa, como se tivesse visto um fantasma.

Brasil recuou, se sentindo completamente assustado. Ele sabia que precisava alertar as autoridades de Hogwarts sobre o que havia acontecido, mas estava tão chocado e aterrorizado que mal conseguia se mexer.

Ele deu meia volta e correu de volta pelo corredor, esperando encontrar o diretor Dumbledore.

O que ironicamente fez com que ele se esbarrasse justamente com o mesmo.

- Qual a pressa, jovem? - Ele pergunta em um tom de calma.

- Oi?! Vi agora um morto! - Brasil diz afobado tentando recuperar o fôlego.

- Um morto, você disse? - Pergunta. - Se acalma, jovem. Mortes são raras em Hogwarts, vou tomar as as medidas necessárias para garantir a segurança de todos desta escola. Por favor, volte para o quarto. - Diz ainda tranquilo.

"Misericórdia, como é que ele consegue ficar assim tão calmo depois que eu vi um defunto ali?" Brasil pensa indignado.

- A tranquilidade não significa falta de preocupação, meu jovem. Às vezes, é preciso manter a calma em momentos de crise para agir com eficiência. Confie em mim, faremos o que for necessário para lidar com essa situação. - Ele diz como se pudesse ouvir os pensamentos de Brasil, o que o deixa muito surpreso. - Agora vá, volte ao seu quarto.

- Já tô dando o fora. - Brasil diz e finalmente chega a torre da Grifinoria, tendo que dizer a senha "Leo fortis".

- Brasil! Por que demorou tanto? - Coréia pergunta preocupado

- Nem te conto... - Ele diz se sentando na cama.

- Que? Eu quero sabe-

- Eu vi um corpo, brother. - Brasil corta a fala de Coréia e passa a mão pelos cabelos. - Isso foi terrível de se ver, tchê. - Diz se deitando arrancando os seus sapatos.

Coréia ficou tão em choque que começou a falar no seu idioma nativo coisas que Brasil não entendeu nada.

- Ô, Coréia, segura a onda que eu não manjo desses idiomas estranhos não, sô! - Diz se sentando. Coréia limpa a garganta.

- Eu quero dizer, onde você achou o corpo? E quem fez isso?

- Ah, foi no corredor, eu não sei quem foi. mas eu vi uma sombra esquisita naquele lugar.

- E o que você fez? Contou ao diretor?

- Pô, eu esbarrei logo com ele, falei tudo e o cara tava de boa ainda.

- Pelo menos estamos seguros... Certo?

- E eu vou la saber? Foi muito rápido... - Ele resolve se trocar. - Tá beleza, pelo mesmo o diretor vai fazer alguma coisa, por enquanto vamo dormir, belê? - Brasil diz após colocar sua roupa e se deitar.

Ele diz isso mas não consegue nem pregar os olhos, parece que o trauma foi grande.

Enquanto esperava pelo amanhecer, ele tentou esquecer o que havia visto na noite anterior.

Entre o Ódio e a Razão - Braarg Onde histórias criam vida. Descubra agora