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011. Verão
vəˈrɐ̃w̃

1. Tempo primaveril ou tempo da frutificação.
2. Estação mais quente do ano, situada entre a primavera e o outono.

 Estação mais quente do ano, situada entre a primavera e o outono

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Verão, doce verão...


A estação que faz o meu pai ser o louco do protetor solar, me deixando pegajosa, com cheiro de coco. Sinto que posso deslizar por aí a qualquer momento.

"Pronto." Andrew sorri, os óculos escuros escondem os olhos. Ele guarda o protetor solar no bolso do short largo e eu agradeço silenciosamente por isso.

"Valeu, pai." Digo, mas não há sinceridade.

"Agora eu quero uma limonada." Ele retira alguns dólares do bolso, me entregando o valor.

"Vincent! Uma limonada!" Berro como uma gazela.

"Garota, eu não sou surdo..." Ele aparece rápido demais com uma caixa de limonadas na mão. Assim que põe os olhos em meu pai um sorriso se forma no rosto fino. "Oi. Vincent." Ele estende a mão.

Meu pai o cumprimenta, "Andrew, pai da Quinni. Ouvi muito sobre você."

Ouvi muito sobre você é igual a: vadia, vadia do mal, vadia sem coração, vadia de novo, vadia rancorosa... Mas ninguém vai falar sobre isso, vamos fingir que não nos odiamos simultaneamente.

Vincent larga a caixa e se aproxima um pouco mais de mim, pondo suas mãos nos meus ombros, "Espero que seja coisa boa, eu e essa garotinha aqui somos melhores amigos de trabalho. De tudo, na verdade."

"Ah, estou vendo." Meu pai lança um olhar significativo na minha direção, sorrio. Andrew se adianta e pega uma garrafa de vidro com a limonada, solta um sorriso de agradecimento e volta para seu lugar na praia.

Olho para Vincent, que agora tem uma careta de nojo quando retira as mãos dos meus ombros, "Você tá nojenta. Pegajosa. E nojenta."

"Eu ouvi da primeira vez que me chamou de nojenta." Dou-lhe um sorriso falso. "Não precisa fazer isso de novo."

Ele limpa as mãos no avental, "Ah, eu preciso sim. Você tá nojenta. E... é melhor começar a falar direito com a sua madrasta."

Estendo o braço na sua direção, esfregando a minha pele cheia de protetor solar de coco em seu rosto. Ele grunhe, insatisfeito quando se afasta.

O verão chegou e com isso o calor insuportável. Meu short e regata estão parecendo roupa demais para alguém que gosta muito de calças jeans e mangas cumpridas. Meu couro cabeludo ferve, mesmo debaixo da barraca do Jo 's montada na praia.

O time de vôlei da Colleen State organizou um jogo beneficente para ajudar lares de idosos com o calor que vai nos assombrar ainda mais nas próximas semanas. A temperatura mais alta, 39° graus, me faz acreditar que o fim está próximo. São Francisco, pelo que me lembro, nunca chegou a essa marca antes. Estou me sentindo no Vale da Morte, e ainda falta alguns graus para alcançarmos a temperatura mais alto do deserto.

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