Bem, depois do que aconteceu no acampamento, e também, depois que eu, Iida, , Midoriya e a resgatamos o Bakugo, tudo ficou estranho, não sei se era o fato do meu pai finalmente conseguir o que queria, da pior forma possível pra ele, ou se era outra coisa, mas nada era igual a antes.
A UA resolveu adotar o sistema de internato, algo assim, para que os alunos tivessem mais foco na escola e ficassem seguros, pelo menos foi isso que o professor Aizawa disse pro meu pai. Sinceramente, nem prestei atenção no que estava sendo dito. O que mais me deixou curioso, foi que na mesma noite teve várias ligações pro meu pai, diferente da reação que ele sempre tem, ele mostrava muita preocupação.
「• • •」
Deito na minha cama, depois de uma longa conversa com meu pai, só quero descansar um pouco, depois tenho que arrumar as coisas que vou mandar para meu dormitório na UA. Fecho meus olhos e sinto meu corpo quente, mais do que o normal, como se alguém me abraçasse.
—Shoto...— era sussurro de uma forma doce, apertando o abraço e deixando mais aconchegante. —Shoto...— mais uma vez, mas agora, era um perfume que começava a entrar em minhas narinas. —Para de me ignorar Shoto— a voz era manhosa, soltando uma risada calma.
Começo a sentir um corpo, meus braços em volta da cintura fina, os fios bagunçados em meu peito, aquele aroma do perfume, tão familiar, aquela sensação quente.
—Acorda Shoto... Você tem que ficar acordado.— a voz tomou um som tão triste, como se chorasse. —ACORDA SHOTO... Não...não me deixa sozinha... SHOTOOOOOOOOOOOO ACORDA!
Levanto num pulo, o ar fazia falta em meus pulmões, aquele susto...era como uma lembrança, mas não consigo lembrar de tudo. Minha mente se agita demais, começo a pensar naquela voz, naquela sensação, naquele cheiro.
Começo a me acalmar, já que meu lado esquerdo estava começando a queimar, escuto algumas batidas na minha porta, levanto com calma e abro a mesma com cuidado, vendo minha irmã, provavelmente para me ajudar com as coisas que iriam para a UA
—Fuyumi?
F: Trouxe as caixas para ajudar.— diz após entregar algumas caixas para guardar meus pertences, ela me olha de cima a baixo, seu semblante muda para uma preocupação. —Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
—Estou bem, pode entrar...eu vou lavar meu rosto. —abro espaço para ela entrar e caminho até o banheiro para jogar uma água no rosto, mas aquela situação ainda não saia da minha cabeça, aquela voz. —Era tão familiar...Mas quem era? De quem era?
Seco meu rosto, mas aquela sensação de abraço volta, tirei o pano de meus olhos e vi a cor do cabelo, preto e vermelho, mas não via o rosto, estava escondido contra meu corpo. Minhas mãos descem e vão até aqueles fios, acariciando com calma, sinto aquele rosto se mover, querendo ir de encontro aos meus olhos, os fios se mexiam para baixo, para me ver, aquilo estava me instigando de uma forma muito forte, eu veria a face do que me chamava, do que era quente e mesmo assim me abraçava forte.
F: SHOTO, VEM LOGO!
Olho a porta, num movimento rápido, quando retorno para ver a face... ela sumiu. Fico frustrado, não pude ver o rosto daquilo que me deixou curioso a noite toda, o que exalava um aroma tão bom. Respiro fundo e retorno ao meu quarto.
—Fuyumi, eu posso arrumar. Quero fazer meu quarto lá.
F: Eu só quero ajudar um pouco, ele anda furioso demais— nosso pai, não havia dúvidas, o humor dele estava no extremo desde que virou o Herói n°1.
—Ele também estava preocupado, depois de algumas ligações que recebeu. Só não sei o motivo. — Comentei calmo e começo a arrumar minhas malas com cuidado.
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The Faith of Heroes
FanfictionNo mero segundo de paz, os mistérios do passado voltam para assombrar, eles querem ser descobertos, querem ser despertos. Mas e se isso abalar até mesmo outras dimensões? Isso, terá que acabar. Mas o que é a "Fé dos Heróis"? Isso terá que ser descob...