✬Chapter 2✬

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*Valerie*

"É para aprenderes miúdo estupido!Para a próxima levas mais se não cederes logo!"foram as ultimas palavras que ouvi antes de aqueles homens desaparecerem por entre a escuridao.

O rapaz tinha-me basicamente salvado, seria melhor eu deixa-lo ali quase incosciente cheio de sangue no chão e seguir até à escola?

Nao. Nao podia fazer isso ...foi quando então a tremer me levanto, limpo as lagrimas e começo a aproximar-me do rapaz, agora dava para ver bem este estendido no chão cheio de sangue com o lábio rebentado.
O rapaz era bastante alto parecia ter uns 19 ou 20 anos, tinha bastantes tatuagens mas que devido ao sangue eram tapadas.
Foi então que me ajoelhei junto do corpo deste e tentei perceber se estava vivo ou nao.

"Ra-rapaz?.."perguntei a tremer e ainda com as lagrimas nos olhos.

Este mexeu-se um pouco dando sinal.

"Desaparece miuda."disse quase sem poder falar.

"Ma-mas...tu, estas super ma-magoado na-não est-estas nada b-bem..."gaguejei devido a estar com soluços e a tremer.

"Que se foda.."disse abrindo finalmente os olhos.

E que olhos ele tinha, eram azuis, azuis turquesa mas faltava-lhes brilho, luz...estavam secos e desanimados.

"Deixa-me ajudar-te a-aserio..."insisti.

"Já te disse pra desapareceres!"gritou tentando levantar-se mas caiu de volta ao chão e começou a chorar.
Fiquei estupefacta com a sua forma rude de falar com alguém que apenas queria ajudar.
Olhei surpreendida levantei-me ofendida e ia agora embora.

"Espera.."murmurou."Eu não estou bem...eu preciso mesmo de ajuda."disse.

Olhei para trás e voltei ao lugar onde o ajudei a levantar-se e como a minha casa estava pertissimo pensei em traze-lo lá
Ajudar a curar as feridas e limpar o sangue.

Trazer um drogado desconhecido para minha casa era arriscado!?

Meu deus se a minha mãe sabe...mas este salvou-me e não tinha sequer quase força para se mexer.

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*Valerie*

"Senta-te..."pedi.
Este sentou-se com dificuldade na cadeira da sala de jantar e fui buscar o kit primeiros socórros.

"Foda-se que casa tão grande, haja dinheiro.."comentou.

"Olha lá, eu trouxe-te para aqui e estou a tratar das tuas feridas eu quero algum respeito!Alem disso estou a faltar às aulas por causa disto tudo e nunca na minha vida eu faltei ao que quer que fosse!"

"O que?!Nunca faltas-te?"perguntou-me ainda bastante mal,enquanto eu abria o kit e ponha álcool num pouco de algodão.

"Nao...eu sou uma aluna de merito."

"Não faço ideia do que essa merda quer dizer...ah!"gemeu de dor quando o álcool entrou em contacto com o seu lábio magoado.

"Desculpa."sussurrei concentrando-me na ferida.

Passava agora agua oxigenada nos arranhões e de seguida betadine.Numa das feridas liguei o braço pois tinha um arranhão profundo feito com faca.

"Porque é que me estas a ajudar?"quebrou o silêncio.

"Porque me salvas-te a vida...mas porque estas a perguntar isso?"

"Por nada, nunca ninguém esta preocupado comigo muito menos se estou magoado ou nao..."

Não respondi...não sabia o que dizer mas logo me atrevi a perguntar.

"Mas podes ao menos explicar-me o que se passou ali...?"

Este engoliu em seco, e silenciou-se.

"Responde por favor..."

"Sabes que na vida existe muito mais do que rosinhas e escolinha miuda..."

"Não me chamo miúda em primeiro lugar."

"Como queiras..."

"Não achas que estas a abusar?!Eu estou aqui de boa vontade a ligar-te e o braço e a preocupar-me contigo e tu simplesmente respondes-me mal?!"

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Run Away//Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora