Prólogo

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🧁— NOTAS DU AUTOR:

Queria agradecer ao projeto por me receber com tanto carinho. Devo admitir, ainda é difícil escrever sobre esse tema, pois é minha primeira vez, mas tô tentanto :')

 Devo admitir, ainda é difícil escrever sobre esse tema, pois é minha primeira vez, mas tô tentanto :')

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10 de fevereiro de 1988

Naquela manhã gelada, com as nuvens ameaçando desabar chuva sobre a cabeça dos moradores de Daegu, dois corpos foram encontrados na sarjeta de um restaurante barato no centro da cidade, bem atrás do latão de lixo. Um funcionário encontrou os dois adolescentes mortos há algumas horas atrás e demorou a ligar para a polícia, já quepois seu chefe hesitou, dizendo que talvez um deles fossem a ser dado como o suspeito principal, mas no fim de tudo, a viatura estacionou bem emna frente ado restaurante com as sirenes ligadas e dois homens fardados que logo saíram do veículo para serem levados até o local do crime.

Yoongi guardou a arma no coldre, abaixando-se para averiguar a cena. Era nojenta e visceral. Ambos os adolescentes — que não deviaem passar dos 16 anos — estavam com os olhos saltados da órbita, um deles esmagado por uma garrafa de cerveja que desabou no chão e atingiu o órgão.

Ele vestiu as mãos com as luvas de látex para poder tocar os corpos. Jin, seu parceiro, ficou em pé bem atrás dele, conversando com as testemunhas, e em especial, com o funcionário que encontrou os corpos.

— Cheguei às seis da manhã e mal pude vir para cá, pois tinha muitos afazeres dentro do restaurante. Um dos clientes, um homem que vem aqui quase todos os dias, pediu o de sempre, um café preto com dois sachês de açúcar, apenas.
— Sim, e quanto aos cadáveres? — Jin apressou-o.

— Ah, sim. — Oo garoto, bem novo até, contorceu as mãos de nervosismo, este que foi muito bem reparado por Yoongi, mas ele permaneceu em silêncio. — Quando o homem, creio que seu nome seja Minjun, pediu o café, eu lhe entreguei o pedido e logo minha colega, que trabalha na cozinha, pediu-me para que eu levasse o lixo para fora, pois estava transbordando. — Eele espantou uma mosca que insistia em voar perto de sua orelha. — E foi aí que eu vi essa… cCena.
Jin aquiesceu e anotou as informações num bloco de notas, mas ainda viriam mais perguntas para melhor entendimento do caso, e mesmo fazendo as perguntas, o garoto não soube responder com exatidão, o que dificultou a descrição de algum som ou movimentação suspeita fora do restaurante. Ele se abaixou para conversar com Yoongi.

— O que você acha? Ele disse que não notou nada de estranho desde que chegou — segredou furtivamente. — Acha que ele está mentindo?

— Para um moleque de 20 anos ele não está tão mal de encenação — respondeu Yoongi, apanhando um bilhete deixado ao lado da cabeça de uma das vítimas. — Acho que ele só está com medo de ser acusado como suspeito, mas não vamos tirar os olhos dele, por enquanto.
— O que é isso? — Jin apontou para o papel.

— Parece que é uma mensagem do nosso assassino. — Yoongi virou o bilhete manchado de sangue seco. — Eles não eram anjos — leu em voz alta. — Sucinto, misterioso…, Qque cretino filósofo, não acha? — Ele virou-se para o parceiro. — Vamos levar isso como uma prova. Procure pela ficha desses dois moleques.
Jin anuiuquiesceu e voltou para a viatura. Yoongi ainda permaneceu parado, sua sombra cobria os corpos que já estavam fedendo. Ele torceu o nariz e quis sair de lá, mas algo chamou sua atenção. Uma borboleta morta. Em suas asas laranjas havia um pequeno corte reto e um coração quebrado pintado em tinta preta. Ele franziu o cenho e se levantou, indo até a viatura onde seu parceiro o esperava.

— Pedi para darem uma olhada no histórico desses adolescentes — Jin informou. — E o legista está vindo.
— Ótimo.

[...]

Bem, ali estava a resposta. Com o histórico criminal de ambos os adolescentes, Yoongi entendeu o que o bilhete dizia.

— Estupro de vulnerálvel — ele leu a ficha com atenção. — Eles abusaram de uma criança de nove anos no começo de janeiro deste ano. — Bbalançou a cabeça. — Parece que descobrimos o motivo que levou à morte dos dois.

— A família veio reconhecer os corpos hoje de manhã — disse Jin, bebendo um gole de café. — Estavam tão amargos quanto esse café.

— Acabou o açúcar?

— Foi exterminado, isso sim. Os novos contratados devoraram toda a dispensa em apenas dois dias — reclamou, deixando o café amargo de lado para sentar à frente de Yoongi e entregar-lhe uma pasta gorda. — Detalhes da autópsia.

— Hum. — Eele abriu o documento e leu, passando pelas fotos que apenas um sádico ficaria satisfeito em analisar. Porém, algo chamou sua atenção. — Ácido?

— Sim, encontraram ácido clorídrico injetado no pescoço e nuca. O local foi completamente corroído devido à dosagem.

— Isso só está ficando pior — resmungou Yoongi, deixando a pasta de lado para pegar o café e dar um gole. Logo fez uma careta. — Jesus, isso aqui parece um monte de terra. 

— Eu disse.

— Mas algo não entra na minha cabeça. — Eele passou os olhos pelas fotos dos buracos por onde o ácido foi injetado. — A inserção parece precisa demais. Eles teriam que estar parados para o furo ser tão perfeito. E não há sinais de hematomas nos corpos.

— Bem, aí temos um dilema, Min. As coisas só estão começando. — Jin pegou a pasta das mãos de Yoongi. — Vá para casa, já está tarde. E não beba, n. Não quero receber ligações suas dizendo que seu pau cresceu mais um centímetro desde que mediu da última vez.
— Ah, vai à merda, Jin. Foi só uma vez!

Jin riu e negou com a cabeça.

— Me ouviu, não é? Casa. Nada de bebida — Eele então deixou a sala.
Ao invés de seguir o conselho do amigo, Yoongi fuçou sua maleta e tirou de lá uma chave. O caminho para o necrotério foi silencioso. Não havia mais ninguém no prédio além dele, então não teve hesitação ao abrir a porta pesada e entrar no ambiente gelado. Cobriu o nariz e a boca com uma máscara e vestiu as mãos com luvas. Os corpos dos dois jovens estavam cobertos por um saco preto. Yoongi abriu os zíperes, tendo acesso direto ao corpo do primeiro adolescente. Ele virou o rosto pálido, vendo o pequeno buraco da agulha.

— Nem arroxeado essa merda está — murmurou, impaciente, tocando o local. Um líquido escurecido escorreu quando pressionou o furo. — Merda, não drenaram o sangue? — Limpou rapidamente o rastro vermelho e fedorento, tanto quanto os corpos. Ele só não vomitou por costume. — Não tem mais nada aqui…

Yoongi estava pronto para fechar o saco, até perceber que os olhos do jovem estavam abertos, encarando-o com o olhar vazio da morte. Ele engoliu em seco e fechou o saco, logo saindo dali e trancando a porta. Em poucos minutos estava no carro à caminho de casa. Mas ainda sentia o arrepio nas costas, estimulando seu cérebro a ter medo.

Yoongi não olhou mais para trás até chegar em sua casa. E lá estava a borboleta morta. E seria apenas a primeira de muitas delas. O bilhete o fez correr para dentro de casa para trancar a porta e fechar as cortinas pelo apavoro.

“Você está com medo, não está, Min?”

“Você está com medo, não está, Min?”

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🧁— NOTAS DU AUTOR

Passando aqui nas notas finais pra agradecer à capista @bluevih e à beta @parfaitjoon
Muito obrigadaaaaaaa♡
Até o próximo capítulo :3

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2023 ⏰

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