Eu digo que nunca mais vou te procurar.
Me distraio de você.
Afasto sua presença dos meus pensamentos...
E quando dou por mim,
estou aqui de novo.
É difícil te manter longe.
É difícil ignorar você.
Sua presença é barulhenta nos meus pensamentos,
sua ausência mais ainda.
Eu tento,
juro que tento...
Me arranho em agonia,
me coço,
me aperto,
me sufoco pra te tirar de mim.
Mas eu sempre volto.
Eu volto por que é insuportável não saber onde você está,
é insuportável não saber se seu sorriso continua reluzindo,
é insuportável não saber se seu hálito quente ainda me causa arrepios,
é insuportável não ouvir sua voz, sua risada, seus gritos.
É insuportável não te ter por perto.
E talvez o que mais me dói na sua ausência,
seja que, na verdade,
não é difícil te manter afastado...
Você não parece se importar em estar longe,
enquanto eu sinto me rasgar a cada vez que você se afasta mais um pouco.
Não é difícil te manter afastado. Nunca foi difícil te afastar.
Mas é tão difícil assim se manter por perto?
Por que você não fica mais um pouco?
Segura a minha mão e me diz que vai ficar, só por agora.
Não me parte mais uma vez.
Eu vou me afastar,
mas também vou voltar, de novo.