N/A: Apenas passando pra avisa que se não gosta do shipp favor ir embora e não encher o saco. Pra quem gosta boa leituraa S2. :P
[...]
Eu amo seus olhos, querido, sempre amei. Mesmo quando você os deixa fechados, consigo ver por trás dos cílios abaixados, seus desejos. Entre nós nunca foi preciso comunicação, como se uma fosse uma ligação instantânea entre almas. Eu sou um homem cético, mas você me faz procurar respostas em qualquer misticismo para explicar nossa atração.
É engraçado, ninguém imaginaria um par do tipo. O Presidente de uma agência de detetive, sério e impessoal, e seu empregado 15 anos mais novo e que age de modo infantil. Mas ninguém precisa compreender além de nós, nos entendemos no meio de nossos corpos, na bagunça de lençóis e respirações curtas.
Você sabe que não consigo te dizer não, e se aproveita disso. Nos momentos mais inoportunos, você consegue me manipular a seu favor, seja quando você quer muito um novo jogo ou doce, ou quando estou no meio de uma reunião importante e sou obrigado a interrompê-la para lhe satisfazer.
Ao fim do expediente você sempre aparece em minha sala, me esperando para irmos juntos para casa, e nos dias em que me atraso você simplesmente senta em meu colo, com a cabeça apoiada em meu peito e dorme ali, enquanto termino de lidar com documentos. Hoje não foi diferente, você passou pela porta, já coçando seus olhos pelo evidente cansaço, e eu não pude evitar um pequeno sorriso pela cena. Adorável.
Como um gatinho indefeso, você vem a mim procurando conforto, e se senta de lado em minhas coxas, braços pendurados em meu pescoço.
— Fukuzawa-san... Podemos ir para casa mais cedo hoje? Estou muito cansado. - fazia um biquinho adorável. Apesar de seu relacionamento, Ranpo nunca havia perdido o hábito de chamar Fukuzawa de modo formal, e o mais velho gostava de ser chamado assim pelo outro.
Não pude segurar um pequeno riso. Tenho muito trabalho a fazer, e você sabe disso, mas também sabe que pedindo desse jeito, nunca irei te negar nada.
— Claro, Ranpo. Na verdade, tenho uma surpresa para você.
Pela simples citação da surpresa, seus olhos já adquirem um brilho diferente. Adorável.
[...]
Caminhamos para casa, o caminho não é longo, mas ele faz questão de reclamar todos os dias. Na verdade, faço questão de não usar o carro, afinal se depender apenas dele, nunca sairá de casa ou se exercitar o mínimo.
— Fukuzawa-san... Eu... Vou morrer... De tanto andar... - dizia entre suspiros de cansaço.
— Falta pouco, não pare. Você quer que eu faça o quê? Te carregue?
[...]
Ao chegar na porta da casa, me apoiei, cansado, suado, e suspirante. Ranpo desceu de minhas costas, saltitante.
— Obrigado, querido~♥ - depositou um beijo na bochecha do mais velho.
Eu estou muito velho para isso.
— E então, qual a minha surpresa?
— Feche os olhos.
Ranpo sentou, os olhos fechados com força, obediente. Fui até a geladeira e peguei um pedaço de seu bolo favorito que comprei quando fui ao mercado de manhã, enquanto ele ainda dormia.
Coloquei o prato em sua frente, e sua felicidade ao abrir os olhos jamais se comparara a qualquer valor monetário.
— Fukuzawa-san~... Eu te amo~! - dizia com as bochechas cheias.
— Não fale de boca cheia. - Fukuzawa tinha dificuldades de retribuir o amor recebido por meio de palavras, mas não que algo do tipo fosse necessário entre os dois. Ranpo já se sentia a pessoa mais amada do mundo apenas por gestos.
[...]
Ranpo terminara de comer, com sua barriga cheia, agora deitava-se em cima de mim, estamos no sofá assistindo a algum filme entediante. Ele, que possui a cabeça apoiada em meu peito, mal conseguia acompanhar o filme, com olhos pesados, quase caindo no sono.
Mais uma vez, me vejo preso na armadilha que é seu rosto. As bochechas redondas e gordinhas, o nariz alto e reto, os olhos que permaneciam fechados a maior parte do tempo, e os lábios pequenos, mas macios... Ele abre os olhos de repente, me lançando um olhar reconfortante, parecido com um raio cortando os céus, mas ainda era mais bonito.
Ele fecha os olhos novamente e se acomoda, seu rosto agora a centímetros do meu, me fazendo sentir sua respiração quente. Ranpo deposita um longo selo em meus lábios, que logo se tornou em um beijo lento, preguiçoso, mas apaixonante.
— Se continuarmos com isso, não sei se vou conseguir parar. - era dito no ouvido do mais novo, o qual tinha os pelos da nuca arrepiados.
Ranpo nada disse, apenas continuou com seus beijos, descendo até meu pescoço, onde sabia ser meu ponto fraco.
— Por favor, querido, não deixe nenhuma marca... Tenho uma reunião importante amanhã.
E como se não tivesse me ouvido - na verdade ouviu, e fez de propósito. - foi um ouvido um estalo de sua boca chupando meu pescoço.
Suas mãos desceram para meu peito, apoiando seu corpo pequeno, enquanto ele se acomodava, de novo, para ficar entre minhas pernas. Tinha o rosto apoiado na minha virilha, mais precisamente em cima de meu membro, coberto apenas pela fina calça usada por debaixo do kimono.
Seus olhos miravam os meus, com a explícita chama do desejo os queimando, e acabando por queimar os meus próprios, que não poderiam desviar por um segundo sequer.
Após esse momento, não conseguia tomar mais conta de minhas ações, e tudo que eu consigo lembrar é de relances de cabeças tombando para trás, costas arqueando, suspiros...
Jamais serei capaz de esquecer as cenas de seu corpo nu estirado na minha cama, a pele antes branca e uniforme, agora vermelha e quente. Seus olhos molhados de prazer, ou quando cobre seu rosto com um travesseiro pela vergonha...
Me lembro de todos, desde a primeira vez, afinal seria um pecado te ter e simplesmente esquecer de todos os momentos em que você subiria em cima de mim, implorando para me cavalgar, e se cansando após poucos minutos, me fazendo tomar o controle, e chegando ao ápice logo após eu chamá-lo de "bom garoto". Você é realmente adorável em todas as situações.
Enquanto os lençóis brancos compõem uma obra de arte junto de seu corpo suado e costas arqueadas, implorando por mais, os sons que cercam o quarto produzem música para meus ouvidos... Os corpos se chocando, o barulho da cama e seus suspiros vergonhosos, junto de poucos gemidos... Você me deixa maluco.
Ou no dia seguinte, quando sou obrigado a usar meu antigo cachecol para esconder suas marcas, enquanto você orgulhosamente as exibe como um colar de pérolas, apesar da falta de ética que isso traga a Agência, não posso deixar de me sentir satisfeito, sabendo que todos sabem que você já tem alguém.
Mesmo quando você vem ao meu escritório dormir, dizendo que os outros fazem muito barulho, e eu acabo privando você de suas outras tarefas do dia, não tenho como ficar bravo com você. Tudo que faz é adorável ao meu ver, e no final do dia você sempre será o meu garotinho. Mesmo após anos, sempre será frágil e indefeso ao meu ver, e eu espero continuar sendo forte o bastante para ser seu porto seguro para sempre, meu amor.
Fim. :P
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Passions Kiss - FUKURAN
FanfictionEu amo seus olhos, querido, sempre amei. Mesmo quando você os deixa fechados, consigo ver por trás dos cílios abaixados, seus desejos. Entre nós nunca foi preciso comunicação, como se uma fosse uma ligação instantânea entre almas. Eu sou um homem cé...