meu carma tem nome: Agnes

"abandonada novamente"

Pov:Agnes

Estava de noite já, não faço a mínima ideia de quanto tempo se passou desde o momento em que me puseram para fora do lugar que durante anos chamei de lar, estou com frio e não sei o que fazer, não me disseram o que deveria fazer quando me colocaram aqui fora, a única coisa que me disseram foi: "a partir de agora você, não mora mais aqui" e fecharam a porta bem na minha cara.

Até agora não vi uma alma viva passar por aqui, talvez seja porque é início de inverno em Roma ou deve ser por conta que o orfanato fica no meio do nada, não sei como é o mundo aqui fora, nunca avia saído do orfanato desde que me entendo por gente, nunca precisei sair graças a Deus, mas agora me arrependo de não ter procurado saber o mínimo, primeiramente eu nem sabia que teria que ir embora do orfanato, achava que seria a minha casa pra sempre, mas pelo visto me enganei.

Estava quase dormindo deitada ao chão quando um farol e som de algum automóvel me faz despertar, pelo pouco que conseguia ver era um carro, ponho a mão na frente dos olhos.

Pov:David

Estava no fim do meu dia de folga, mas sentia que algo estava prestes a acontecer, e sinceramente não acho que seja boa coisa, quando se faz parte do mundo do crime nunca é algo bom, estou em uma área considerada deserta , só não é totalmente por conta de um orfanato que fica por essas bandas, estava passando por perto de lá quando vejo alguém, deitado em frente ao orfanato, parecia ser uma mulher já que estava de vestido, mas ele não parecia a cobrir totalmente tá que estava com uma mochila abraçada ao corpo como se quisesse que aquele objeto a transmitisse alguma fonte de calor, algo me dizia que ela não estava aí por vontade própria, mas e se fosse uma armadilha? Não, não parecia nada disso, não acho que iriam por uma garota nessas condições somente pra pegar alguém, ainda mas nesse frio, é praticamente inverno em Roma e esse inverno não está pra brincadeira até mesmo dentro do carro estou sentindo um pouco de frio, quem dirá a garota que estava exposta ao vento e tudo mais, ela não parecia ser realmente uma mulher, estava mais pra uma garotinha, e isso me fez pensar se alguém a encontrasse aqui antes de mim e fosse alguém ruim poderia se aproveitar dela sem pensar duas vezes, tudo bem que eu não sou a pessoa mais certa do mundo mas não sou o tipo de homem que se aproveita de mulher.

Após pensar um pouco decido descer para me certificar que a mesma estava bem, por mais q esteja claro que não, ninguém ficaria bem nesse frio todo sem uma roupa adequada pra esse frio, me aproximo da mesma e ela parece um pouco inerde a tudo que esta a sua volta, me abaixo em frente a garota e a pergunto:

- o que tá fazendo aqui nesse frio garota? Cadê seus pais?

Após minha fala ela parece perceber minha real aproximação e abraça mais forte a mochila, e então com a voz um pouco trêmula me responde.

-me colocaram pra fora, estou esperando alguém pra me dizer se devo sair daqui ou não é pra onde ir, e não tenho pais cresci nesse orfanato.

Após sua resposta, me sobe uma raiva, não dela mas sim das pessoas do orfanato, como alguém pode ser tão ruim ao ponto de deixar alguém aqui fora nesse estado.

-olha...? *me pergunto qual será seu nome*

-Agnes, meu nome é Agnes senhor

- Bom... Agnes, não posso deixar você aqui nesse frio e creio que todos os responsáveis desse orfanato não estão acordados, e acho q mesmo se tivessem não se importaria já que a deixaram aqui nesse frio.

-eles só se esqueceram de mim, não tem nada de novidade nisso *ela sorri* só estão demorando demais dessa vez

Me pergunto como pode alguém ter tanta inocência assim tendo 18 anos pelo menos deduzi que a mesma tem essa idade já que a colocaram aqui fora, me pergunto também o que tanto já a fizer passar para está acostumada a ser esquecida, e não ver o quão grave é a situação que está.

Moral: algumas pessoas não conseguem entender o quão grave é a situação que estão e as vezes precisamos de alguém para nós fazer entender que certas coisas são mais graves do que imaginamos.