A/N: Apenas mais uma historinha de Marrissey pq, como vcs sabem, poderia escrever sempre sobre eles sem faltar criatividade.
Sobre esse plot pra lá de incomum: Não me pergunte kkkkkkk O Johnny já havia saído dos Smiths há tempos quando virou pai...portanto, não sei como essa ideia surgiu. Mas já que surgiu...
E se?
Tenha uma boa leitura! 🌸
.....................................................
- Morrissey.
- Johnny?
- Morrissey. - Ele repetiu, impaciente.
Os dois se olhavam assustados, como se qualquer um pudesse puxar uma arma a qualquer momento.
- Eu preciso falar com você. Urgentemente. - Johnny apreensivo era algo que declinava a calmaria de Morrissey.
- Você não quer entrar? - Ergueu para a sala de estar ao fundo, mas Johnny permaneceu de pé na borda da porta.
- Não dá, por favor, precisa ser aqui fora.
Então Morrissey se apressou, motivado pelo incomum desespero nas palavras do amigo e naquela angústia ocupando; quase tremulando, a calma de seus olhos negros. Ele confiou que o que quer que fosse, precisaria de sua pressa. Seus sapatos tocaram a grama junto do calor de seu corpo que diminuía à medida que adentrava no frio da noite e se distanciava do lar.
- Você está me deixando preocupado. - Confessou o mais velho. A inquieta respiração era visível pelo frio condensante da noite.
- Não se preocupe. Vamos até aquele banco ali - Apontou para um banco afastado.
Se sua tentativa era acalmar, foi inútil. O banco indicado estava no meio de uma pracinha com flores que soava inabitado e terrivelmente assustador às 10 horas da noite.
Chegando lá e sentando, Johnny olhou nos olhos do amigo e depois para o além do horizonte. Não era, de longe, como estar olhando para a mesma coisa. Esperou cerca de, no máximo, três segundos, e aí falou:
- Eu vou ser pai. - Pronunciou, em seu tom habitual, assim, como se não fosse nada.
Preparado para ouvir aquilo, Morrissey não estava. Algo dentro dele parecia ter engasgado. Franziu as sobrancelhas e fitou um ponto fixo no chão, preocupado.
- Preciso dar um tempo para os Smiths. - Johnny declara, finalizando sucintamente seu recado e principiando a angústia de Morrissey, quando o olhou, aguardente.
Morrissey, por sua vez, teve muito o que dizer naquele momento. Mas não sabia se a desgovernada opinião de si, junto de todas as emoções, sairiam bem articulados. E se seriam ou não adequadas a Johnny ouvir.
Quer dizer, é claro que ele estava feliz pelo amigo. Aquilo simbolizava um espetáculo ao amor que Johnny sempre acreditou e sempre teve. Ele merece tanto. Mas poxa, ser pai no auge da carreira da banda, com ainda tantos planejamentos de álbuns e com aquela turnê do The Queen is dead pairando para começar na América...isso significava mais que uma pausa da presença do Johnny como guitarrista, mas um intervalo permanente para a banda. O que não seria convencional agora.
Além do que...Se encontrando em fase prolífica para compor, Morrissey, assim como Angie, precisaria ainda mais da presença de Johnny. Era um outro tipo de gestação.
Essa orquestra de sentimentos não estavam bem organizados dentro de Morrissey, por isso, foi minimalista e só expressou a saída de uma frase, seguida de uma longa pausa:
VOCÊ ESTÁ LENDO
"Dad?" (The Smiths Oneshot)
Short StoryJohnny Marr descobre que será pai no auge da carreira com os Smiths e Morrissey se preocupa como isso afetará a banda - E a relação deles. (Eu e meus loucos "E se...") ( #Marrissey, só que indiretamente.) 🌹🌻🌹🌻🌹🌻