prologue.

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Lá estava ele

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Lá estava ele.
O capitão do time alviverde, sendo mais precisa, o amor da minha vida.
Meu coração dispara ao ver a moça ao seu lado, Jazmin.
Eles eram casados à tanto tempo que eu me sentia suja ao ter um envolvimento com ele.

Envolvimento é uma palavra muito forte para o que temos, ele apenas aparece no meu apartamento quando está cansado ou brigado com a esposa.
Me dá as melhores noites da minha vida e no dia seguinte sai.

Nunca tive o prazer de acordar ao seu lado, de senti-lo comigo na luz do dia.
E nunca vou ter.

— Antónia?— a voz de Matías faz-me desviar o olhar do zagueiro.— Estás linda.

— Obrigada, você também está lindo Viña.

— Posso?— o lateral estende a mão pra mim me convidando para dançar aquela música lenta que tocava na festa de comemoração do bicampeonato do Palmeiras na Libertadores da América.

— Não pode, Matías. Essa é a hora que eu danço com minha filha, perdão gajo.— Abel, meu pai diz fazendo eu e o uruguaio rirmos.— Estas tão linda, minha criança.

Vinte e cinco anos depois e Abel Ferreira continuava a me chamar pelo mesmo apelido que me dera quando eu fiz um ano de idade.

— E eu não preciso dizer nada sobre você não é?
— ele sorri.— Merece todo o sucesso do mundo, senhor Abel Fernando.

— Você é quem me inspira, minha filha.— sorrio o abraçando.

Eu ainda sinto o olhar do Gustavo queimar minhas costas e isso me dá calafrios.
Não consigo e nem quero imaginar o quão meu pai ficaria desapontado ao saber que eu tenho um caso com um de seus melhores jogadores.

Olho para trás e vejo o paraguaio me olhar com uma expressão séria.
Enquanto sua mulher ria ao seu lado.
Aparentemente, eles faziam um ótimo casal mas a verdade era bem mais profunda.
Viviam de aparências, brigavam e era eu quem dava as melhores noites de prazer para ele.

E recebia apenas orgasmos em troca.
Não que eu fique me imaginando como a esposa perfeita de um jogador, mas não vou mentir que sonho e imagino ele comigo.
Limpo rapidamente uma lágrima solitária quando o meu pai me solta para cumprimentar a diretoria do Palmeiras.

Meu coração automaticamente aperta, eu espero nunca decepciona-lo.
Andei rapidamente ao banheiro para ajeitar a maquiagem que acabou manchando de preto o rímel que escapou com a lágrima.
Ouço a porta que eu havia fechado se abrir, e eu sabia que era ele. Gustavo não iria perder a oportunidade de estar comigo um minuto sequer, mesmo que eu estivesse o evitando à mais de uma semana.
Eu sentia seu perfume de longe.

— Estás tan caliente con ese vestido.— sua voz rouca com o espanhol no meu ouvido faziam todos os pelos do meu corpo arrepiar-se.

— Oi, Gómez.

— Gómez?— ele ri nasalado, sabe que o chamo assim quando estou irritada.— ¿Por qué me evitas Antónia?

— Não estou te evitando.— digo colocando o pó compacto na bolsa.— Tenha uma boa noite.

— ¿Estás con Matías para provocarme?

— Não estou com ele e qual o problema se tivesse? Eu sou solteira, Gómez. O único comprometido é você.

— Sabes que es complicado.— seus lábios deixam um beijo em meu pescoço.— Te amo Antónia, vou resolver isso.

— Eu tô cansada disso, Gustavo.

— E eu no me canso nunca de ti.— o zagueiro tomou meus lábios e ali eu me perdi.

Não resisto a ele, eu o amo.
E acredito quando ele diz que me ama também.

Suas mãos passeavam sob meu corpo e eu sabia o que estava por vir.
Não tínhamos muito tempo, pra ser exata, tivemos apenas cinco minutos, e foi o suficiente para o capitão me dar um orgasmo maravilhoso.
Ele estocava com força mas tomava todo o cuidado do mundo para eu não machucar minhas costas que batiam na parede.

Gustavo não tirava os olhos de mim, olhei para o lado e vi minha calcinha em sua mão, que estava fechada num punho.

Aqueles foram os melhores cinco minutos da minha vida.

Saímos do banheiro e Gustavo entrelaçou nossas mãos.
Por Deus, como eu o amava.

Mas sabia que assim que cruzássemos o corredor, ele voltaria para a esposa e eu ficaria ali, sozinha.

bela ━ gustavo gómezOnde histórias criam vida. Descubra agora