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What a Time - Julia Michaels, part.Niall Horan

Niall Horan

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Laura

Mais uma vez vou até o deck atrás da minha casa, sozinha.
Há quatro anos tento lembrar oque aconteceu no acidente, tento lembrar do antes e do depois, mas só me lembro de acordar em uma sala branca de hospital.
Depois do acidente, nunca mais vi o Felipe, ele sumiu, tentei ligar, tentei mandar mensagem, mas nada.
Esperei até o verão do ano seguinte e quando cheguei na casa dele, apenas a mãe dele abriu a porta e contou que ele havia se mudado para a Itália com um dos tios para competir.

E ele brilhou naquela temporada.
Ele sempre brilhou.

12 anos atrás (10 anos de idade)

Lá vinha ele, eu o esperava com muita ansiedade de vê-lo brilhar na pista de kart. Ele amava aquilo e eu o amava vê-lo sorrir.

Assim que ele passa eu começo a torcer pra ele junto com a minha mãe e a mãe dele

Quando a corrida acaba, nossas mães nos levam para tomar um sorvete no shopping.

-Você viu quando eu fiz aquela curva? Nossa, foi irado!- Ele fala e eu rio

-Foi muito irado, ou aquela hora em que você foi ultrapassar e quase bateu, eu quase surtei!

-Aquela hora foi de boa

-Mentira seu mentiroso, você deve ter se cagado todinho!- Nós dois rimos juntos.

Nós passeamos pelo shopping, brincamos um pouquinho e depois fomos para casa. Minha mãe e a tia Márcia passaram o dia falando sobre mudança, eu não entendia muito bem, mas o Felipe ia se mudar de Maringá pra São Paulo, já que as competições aconteciam muito em São Paulo então tinham mais oportunidades.

•••

Quando chegamos em casa, eu e Felipe fomos direto para a sala assistir desenho e brincar de alguma coisa.

-A não Lalau, casinha de novo? A gente já brincou 2 vezes disso hoje e eu não quero mais lavar a louça - Ele diz cruzando os braços

-Aaaa Felipinho, vamos brincar só mais uma vez e eu não te dou mais a louça pra lavar

-Não Lalau

-Por favor!- Eu falo juntando as mãos e olhando pra ele com carinha de gato de botas

-Ok Laura, mas é só mais essa vez!- Ele diz e começa a me ajudar a arrumar a nossa "casinha"

colocamos as cadeiras, estendemos o lençol por cima e separamos os nossos cômodos com almofadas

-E se a nossa casa tiver um canhão de guerra?- Ele pergunta pegando um balde e um rolo de papel toalha seco

-Não não Felipinho, nada disso

-Laurinha!

-Felipe, nossa casa é uma casa de família não um tanque de guerra, oque nossos filhos iriam pensar?- Ele para e pensa um pouquinho

𝐖𝐞 𝐁𝐞𝐥𝐨𝐧𝐠 - 𝐅𝐞𝐥𝐢𝐩𝐞 𝐃𝐫𝐮𝐠𝐨𝐯𝐢𝐜𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora