Um Lugar Diferente.

Madrugada.

Foi um beijo, apenas um beijo de nada e totalmente desajeitado da parte de seu parceiro.

E os olhos daquele garoto estavam tão desesperados...

Mas o sentimento que ele passou com apenas um mísero beijo molhado e desajeitado nunca foi embora e isso já fazia um mês.

Um fodido mês, que ele não ouve falar do garoto. Um fodido mês que ele não olha naqueles olhos tão bonitos e tão desesperados.

Olhando para o teto de seu quarto Lust chegou a uma conclusão.

"Puta vida, eu estou apaixonado." Ele virou de lado e puxou o travesseiro contra o peito e respirou fundo, sua alma doendo pela noção que agora martelava sua mente. "Puta vida..."

Se aconchegando na cama o pensamento de que seria uma longa noite ecoou por sua mente.

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De seu lugar na banheira Harry olhou além da porta do banheiro aberta para o relógio de números vermelhas brilhante no quarto escuro que estava sobre sua cômoda.

03:00 da madrugada.

Suspirando ele se recostou na banheira e afundou até o pescoço.

Ontem foi um dia de merda, essa também e uma madrugada de merda.

Seu rosto pálido com olheiras marcantes se franziu em dor seu abdômen latejando, a tatuagem de traços delicados desenhada sobre seu ventre estava fracamente brilhando em rosa.

Ele odiava tudo isso.

Ele odiava o que a magia faz com ele, fez com o corpo dele.

Ele odiava os magos das trevas que transformaram seu corpo nessa coisa fodida.

Ele se odiava.

Trêmulo Harry saiu da banheira caminhando molhado sem se importar se estava molhando ou não o chão. No que se poderia descrever como um andar arrastado ele se aproximou da cama e se jogou nela. Esticando o braço para pegar o pequeno frasco de pílulas aberto sobre a cômoda para engolir duas e depois colocar no lugar.

Sentido a sonolência induzida pelo remédio bater ele puxou o edredom e se enrolou como uma bola.

Madrugada de merda, foi seu último pensamento antes de dormir.

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Lentamente Harry abriu os olhos, seu olhar focando na luz do sol que passava pelas persianas da janela acima de sua cama que iluminavam parte da parede e sumiam na luz do banheiro que ainda estava acesa.

Seu cérebro começou a trabalhar para pensar o porque dele estar acordado quando ainda estava com sono quando a campainha tocou.

Ah sim a campainha...

A campainha tocou novamente e Harry rolou da cama para o chão, o edredom amortecendo a queda e rastejou até a porta do quarto antes de se levantar. Seu corpo nu coberto pelo edredom fofo cinza.

Ele desceu lentamente as escadas e passou pela cozinha e sala, chegando na entrada e abrindo a porta para saber quem estava incessantemente tocando sua campainha.

A primeira coisa que veio a mente de Harry era que Lust estava em sua porta, mas ele se lembra que não disse onde morava ao monstro esqueleto.

E esse que estava em sua porta era diferente.

Era um monstro esqueleto mais robusto se e que esqueletos podem ser assim, e mais alto que ele que era mais alto que Lust, sua altura fazia sombria sombre ele. O único olho vermelho avista o observava com antenção e um buraco com rachaduras enfeitava seu crânio.

As bordas de seu sorriso estavam tensas e alguém com um olhar afiado poderia dizer que ele estava nervoso.

"No que posso ajudá-lo senhor esqueleto?." Sua voz saiu baixa e rouca, pesada com sonolência, ele soltou um bocejo e esfregou um dos olhos. O monstro esqueleto parecia mais nervosa do que antes, ele estava até corando em uma cor azul claro.

Legal.

"Meu irmão..." Ele pareceu engolir a seco. " Meu irmão está abrindo um restaurante com alguns amigos, é especializado em massas quem for no primeiro dia vai poder comer de graça..."

Um panfleto foi rapidamente posto na frente de seu rosto, ele o pegou e inspecionou.

"Como pode ver, será aberto as seis da noite... Hum." O esqueleto pareceu se embolar um pouco com seus palavras, ficando mais azul."Esperamos que as pessoas que moram perto compareçam."

Com isso o monstro esqueleto praticamente correu fora de sua porta.

Harry refletiu sobre o convite enquanto notava outros monstros esqueletos na porta de seus vizinhos.

Talvez não fosse ruim ir ele estava cansado demais para fazer a janta, e sua cólica estava fora e só voltaria de madrugada novamente.

Fechando a porta ele olhou para o relógio no arco da entrada para a cozinha.

04:30 da tarde.

Ele iria voltar a se deitar, na hora certa ele apareceria no restaurante.

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