estamos conectados (somos um)

01

Lembrando que essa história não é minha!
É uma tradução de @mindless_patience no App AO3
.
.
.
.
.
.
.
.

Você pensaria que com Kiri sendo um Na'vi da floresta e Rotxo sendo um Na'vi da água, os dois simplesmente se chocariam.

Mas quando a água encontra a terra, quem pode dizer que não podem coexistir?

Enquanto Kiri parava na beirada onde a areia encontrava a água e começava a nadar no oceano. Absorvendo a vida marinha do recife que nadava perto de seus pés, curiosa de sua natureza. Ela riu quando um peixinho decidiu nadar em volta de sua perna e roçar em seu pé.

"Olá." Ela sussurrou, maravilhada com uma criatura tão maravilhosa.

O oceano floresceu com animais aquáticos de todos os tipos, como o Ilu que ela ganhou como um grande companheiro. Ou o tulkun com quem Lo'ak se uniu. Ela ousaria dizer que tinha uma queda por essas criaturas? Talvez.

Ela respirou fundo e sentiu o ar fresco do oceano encher seus pulmões. Passos acolchoados foram ouvidos e ela se virou para olhar para eles, colocando os olhos em um menino Metkayina familiar que acompanhou Aonung quando eles chegaram aqui pela primeira vez,

Ele não falou e apenas ficou ao lado dela, observando a costa como ela. Kiri gostou do silêncio, mas queria falar sobre por que ele estava lá e o que ele queria.

Quase lendo sua mente, ele falou em seu lugar. "Você parece contente aqui." Ele proferiu, e Kiri quase podia sentir sua hesitação.

"Eu estava. Até você chegar." As palavras saíram de sua boca mais rápido do que ela poderia dizer 'Eywa'.

"Você não gosta de companhia?"

Silêncio.

"Qual o seu nome?" Ele perguntou, e ela não podia negar a ele a decência de ser uma boa pessoa.

"Kiri, o Suli Kireysi'ite."

Seu olhar ainda estava fixo no horizonte. Rotxo sorriu, repetindo seu nome para garantir que soava certo. "Kiri. É bom." Ele cantarolava, dedos batendo levemente em suas coxas.

Kiri podia sentir o quão desajeitados os dois estavam e fez sinal para que ele se sentasse antes de falar. "Você não tem muitos amigos, não é?", ela perguntou e ele pensou antes de responder.

"Quando seu único amigo é o filho do Chefe, então não." Ele admitiu. Ela riu e jogou água. "Então, por que eu?"

Ela ficou um pouco derrotada quando ele deu de ombros e não deu uma resposta, mas ela percebeu que eles eram diferentes. Ela era diferente. Então, era justo que ele estivesse falando com ela por pena.

"Você parece... uma pessoa decente. Alguém com quem eu poderia conversar fora de Aonung." Suas orelhas se animaram e ele riu. "Não se acostume com isso, garota da floresta."

Como se ela fosse lhe dar a satisfação.

Ela se moveu contra a areia, sua franja caindo para frente. "Então, por que você é amigo dele?"

O silêncio pairou pesado sobre ele. Ele não pareceu ofendido com a pergunta, mas ainda assim a deixou desconfortável. Ela se perguntou se havia passado dos limites ao perguntar isso a ele.

Ele suspirou, finalmente encontrando as palavras para dizer: "Tonowari diz que sou uma boa influência para ele, é por isso que ele está sempre comigo, ou eu sempre estou com ele. Aonung significa bom. São seus outros amigos que obscurecem seu julgamento. " Kiri concordou.

Enquanto essas palavras saíam da ponta da língua dele, um grupo de vozes foi ouvido atrás dela e ela suspirou, frustrada por saber exatamente quem era e por ter que lidar com eles mais uma vez. Rotxo virou a cabeça, o calor subindo para o rosto por ter sido pego com ela.

"Rotxo. Engraçado ver você aqui com... essa aberração." Uma risada profunda soou de Aonung e dos ratos com deficiência facial que o acompanhavam. "Você não deveria estar perto dessa coisa, Rotxo, vai infestar você." Seus amiguinhos riram, e Kiri queria muito socá- lo no rosto.

"Ah, está ficando louco, olhe para ele." Aonung empurrou o ombro para trás, novamente Kiri permaneceu equilibrada. Por agora.

O que Rotxo não queria é se forçar entre os dois e ter que escolher lados. O que ele também não queria era ficar parado sem fazer nada, pois ao que parecia, Kiri estava prestes a acertá- lo.

"Você não fala, aberração?" Desta vez, Rion, o garoto que deu um tapa em Lo'ak com o rabo, avançou, empurrando- a para trás.

Devido ao ímpeto do empurrão, Kiri teve tempo de relaxar antes de fechar a mão em um punho antes de golpeá- lo e socá- lo bem no nariz. Ele cambaleou para trás, gemendo em suas mãos enquanto seus amigos o sentavam.

Aonung sibilou, mostrando suas presas não tão totalmente formadas em uma tentativa de influenciá- la. Kiri não fez nada além de rir de sua fraca demonstração de domínio.

"Cuidado, aberração." O menino Metkayina caminhou para frente, então eles ficaram cara a cara.

"Sim? Ou o quê? Você vai me bater?"

Ele sibilou, ameaçadoramente, como uma forma de mostrar que estava no controle. Kiri achou que não e bufou porque, a essa altura, ele estava apenas sendo irritante.

"Aonung, já chega. Vá para casa e limpe sua cabeça." Rotxo o encorajou. Aonung rosnou baixo em sua garganta, apenas ouvindo o que Rotxo tinha a dizer e caminhando em direção a seu marui.

Agora, ele está de volta à estaca zero.

Talvez ele tenha outra chance amanhã. Ele voltou para seu casulo, desviando de crianças pequenas e tentando evitar ter que falar com alguém. Agora ele só queria dormir. Ele voltou para seu marui.

Ninguém morava aqui além dele. Ele adivinhou que era melhor assim. Normalmente ele dormia na casa de Aonung, mas esta noite não era a noite para isso.

Ao desenrolar seu tapete e deixar seus olhos vagarem pelas estrelas, ele se pergunta por que não pode ter coisas simples, mas Rotxo adivinhou que coisas simples não vêm para aqueles que esperam. Ele rolou e deixou seus olhos se fecharem.

Amanhã será melhor. Ele tem certeza disso.

Ele adormece com uma certa garota da floresta em mente.