Astéria
Eu me lembro perfeitamente quando senti o último contato de sua mão sobre minha pele num movimento carinhoso, de seus lábios pousando em minha testa aquecendo o local assim como se aqueceu dentro de mim e quando seus dedos navegaram pelos meu fios de cabelos com ondas de um mar negro. Do mesmo modo, que você navegou por aquele oceano de escuridão se encontrando com ele. Vocês se encontraram mais uma vez no meio daquela água violenta e escura da cor da noite com reflexos da imensidão do céu que ele dizia que estava dentro de mim e eu, fiquei num quarto em que paredes carregavam cores de tintas que nem sequer haviam secado, exatamente como eu sequer havia me curado.
- Garota. - o adjetivo que se tornou tão frequente usado diretamente para mim que minha mente sobressalta como se me chamassem pelo meu nome e dessa forma, me puxa dos meus sonhos (pesadelo) profundos. - Vai para barraca, preciso limpar mais peixes para colocar no balcão. Nem está ouvindo... Acorda, garota! - Ás vezes, até eu me sinto estranha quando me lembro que meu nome é Astéria. Mas é isso que acontece com pessoas cuja não seguem a lei, mentem, manipulam e fazem trabalham tão sujos escondendo sua identidade que num certo momento, nem elas mesmas se lembram de quem realmente elas são. - Voce me...
- Sim. Ouvi. Estou indo. - digo quando a voz do meu tio começa atingir o grau de irritação familiar. Meus olhos se acostumam com a luz fraca e neblina da manhã de Caligo adentrando o meu quarto, enquanto me sento sentindo os pequenos movimentos do navio, observo a expressão do velho com queimaduras do rosto e a barba robusta branca. Parece que todo fio que deveria pertencer a sua cabeça careca, substituiu em seu queixo.
Seguro o riso e atuo muito bem, rindo por dentro sozinha pelo meu pensamento, parada o encarando de volta vendo seu olhar com raiva. Ele deixa passar dessa vez, virando de costas arrastando suas botas de couro pelo navio.
Depois de abrir a torneira de água quente e me juntar a ela na banheira, subi as escadas velhas e mofadas para superfície indo em direção o sol puxando as fitas do espartilho de cores quentes e escuras assim como os cidadões do reino em que pertenço, principalmente as vestes monárquicas da realeza daqui, carregada por sete herdeiros porcos que eu gostaria de ter alguém algum dia para compartilhas seus segredos sujos. O amanhecer do reino de Caligo na beira da praia é possível olhar para direção do sol, por conta da neblina, do clima frio e chuvoso, é o reino perfeito para pessoas que adoram ficar no seu lugar de conforto específico por horas sem estar desconfortável pelo clima, quietas, serenas e calmas.
Coisas ao contrárias das que carrego dentro de mim.
Meus pés pisam de maneira firme contra a madeira molhada da rampa para a bota não me fazer escorregar, e depois lutam contra a areia úmida da praia até se encontrarem com o chão plano de tábuas da barraca branca onde o balcão com baldes de gelo repleta de espécies de peixes divididas que pesquei a madrugada em silencio, com um charuto na boca, ao lado do meu tio que também carregava um na boca e dividia seu rum comigo. Um sorriso surgiu em meu rosto quando uma família se afastou de outras barracas e parou diretamente de frente para minha.
- Bom dia, como posso ajudar vocês? - disse com meu melhor tom de voz que trás simpatia, mesmo que no momento minha cabeça esteja ainda se encontrando latejante pelo pesadelo e o álcool de ontem. Meus olhos se fixam na matriarca de cabelos grisalhados da família, que veste um vestido de lã das melhores daqui e pela maquiagem do seu rosto, o capuz em sua cabeça e o broche da borboleta Caligo nativa do nosso reino me faz perceber que ela é da elite antes mesmo de abrir sua maldita boca de duquesa. E para alguém da Elite estar aqui - no evento de outono conhecido em toda Aruna de melhor evento do comércio por conta dos moradores de Caligo se juntarem para abrir suas barracas, vender seus artesanatos ou abrir suas lojas e manter abertas até de madrugada - com certeza não é para comprar peixes de uma barraca pequena e velha.
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Asteria in Chaos
FantasyAruna sempre foi um continente peculiar por conta de sua diversidade local, não apenas por culturas e em traço físicos peculiares entre sua população como também, pelo fato que seus seis reinos serem divergentes economicamente e em ambientação em ca...