De aquecer o coração

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Sentado no sofá, Izuku tremia pelo frio, mesmo coberto por uma colcha, o frio ainda era presente e lhe fazia dar leves tremidas. A chuva caindo lá fora aumentava a cada minuto que se passava, e os únicos pensamentos de Izuku se voltavam para seu namorado que até agora, ainda não chegara. Suspirava irritado, aquele frio intenso e a demora de Hitoshi para voltar lhe fazia suspirar e se emburrar. Olhava a chuva cair pela janela, esperançoso de que logo Shinsou chegaria e finalmente poderiam aproveitar aquela noite juntinhos.

Shinsou já havia ligado pra si, lhe disse que logo chegariam, mas já fazia duas horas e nada do rapaz chegar. Izuku já começava a sentir-se triste. Sentia falta de seu namorado perto de si. Nesses momentos chuvosos, o que mais faziam era se enrolarem em cobertores e cobrirem um ao outro de beijinhos. Se abraçavam e passavam a noite inteira enrolados, como verdadeiros casais apaixonados.

Pensar nesses pequenos momentos lhe fez novamente se preocupar com a demora de Hitoshi para chegar, e o pior, o arroxeado nem sequer ligou para lhe avisar que demoraria mais do que o planejado! Estava realmente chateado com aquela situação. Poxa, eles marcaram de assistir a filmes juntinhos!

Sempre amou o inverno pelos lindos e calorosos momentos que lhes proporcionaram, era uma desculpa a mais para poderem se ver e dormirem juntinhos um do outro. Abraçados e enrolados, como se um fizesse parte do outro. Mas hoje em específico, estava odiando tal estação e o que a mesma estava causando. A chuva forte caía lá fora, e isso fazia com que Hitoshi demorasse muito mais para poder chegar. Deitou-se encolhido no sofá, resmungando o quanto odiava aquela maldita chuva que lhe separava de seu amado adorador de gatos.

Pegou seu celular preguiçosamente na mesinha logo a sua frente, checando pela milésima vez se Shinsou havia lhe mandado alguma mensagem.

— Shinsouu — Resmungou quando, novamente, não viu nenhuma notificação ali. — Por que tá demorando tanto? Poxa...

Prestes a continuar suas lamúrias, ouviu um barulho vindo da porta. Levantou-se preguiçosamente, o frio que fazia apenas aumentava sua lentidão. Estressava-se cada vez que as batidas na porta continuavam sem parar.

— Já vai! — Gritou antes de - após séculos de caminhada - abrir a porta. — Toshi!! — Animado, pulou no rapaz, quase o derrubando.

Shinsou o pegou, ajeitando-o em seus braços, soltou uma leve risada ao ver o sorriso largo de Izuku. Beijou-o em cada lado de suas bochechas, no nariz, em sua testa e então, finalmente em sua boca. Um simples selinho, singelo e cheio de amor. Shinsou, sabendo que Izuku não sairia de si tão cedo, tomou cuidado ao se abaixar para pegar as sacolas que havia deixado perto da porta. Entrou na casa e então a fechou, caminhando até o sofá e sentando-se com Izuku em seu colo. Deixou as sacolas ali, mais tarde as pegaria e aproveitariam o que havia comprado.

Beijou-o de novo, o abraçando apertado e sorrindo bobo pelos beijos que recebia no rosto, de seu namorado.

— Por que demorou tanto? Podia pelo menos ter me avisado, poxa. — Izuku reclamou, antes de novamente, encher Hitoshi de beijinhos no rosto. Riu quando Shinsou fez cosquinhas em si para poder falar.

Com um sorriso bobo em seus lábios, Shinsou deixou um beijo na testa do esverdeado. — Desculpe, meu celular descarregou e como a chuva ficou mais forte, acabei ficando preso no mercado.

— A chuva ainda está forte, como veio então? — Questionou-o, deitando sua cabeça no ombro de seu namorado.

— Encontrei meu pai lá, ele tava de carro e como ia passar por essa rua, me deu uma carona. — Apertou mais o abraço, rindo quando Izuku riu e disse que estava sendo sufocado.

— Hum. Certo! — Animado, levantou sua cabeça do ombro em que estava deitado. Alargando o sorriso, agora foi a vez de Izuku beijá-lo.

Primeiro suas bochechas, depois seu nariz, sua testa e então, um beijo em seus lábios. Era algo especial só e apenas deles. Beijinhos eram sagrados. Como um ritual sempre que se encontravam? Não sabiam, era apenas algo que eles gostavam. Contato físico nunca foi a praia de Hitoshi, mas quando conheceu Izuku, tornou-se necessitado de seus toques, assim como Izuku dos seus. Esse foi seu jeito de demonstrar seu afeto a Izuku no começo, beijando sua face, então tudo isso apenas se tornou um hábito. Um tão lindo e fofo que muitos invejavam - de um modo amigável - o jeito que se tratavam sempre que se encontravam. Beijinhos carinhosos pelo rosto, abraços apertados.

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