~Prólogo~

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ᴺᴼᵂ ᴾᴸᴬᵞᴵᴺᴳ :  Candle Queen

Uma música animada demais para o meu gosto começa a tocar logo cedo. "Eu deveria repensar as músicas que coloco de despertador" penso comigo mesma, logo após desligar o alarme me levanto e abro uma fresta da cortina, indo direto ao banheiro tomar banho e fazer tudo que deve ser feito. Quando eu saio do banheiro com a toalha enrolada ao meu redor, logo me sento na cama tentando evitar molhar ela, com meu cabelo ainda pingando um pouco, e antes de escolher a roupa me deparo com notificações não lidas no meu celular:

— Oii Cas! -era Arthur- Quer uma caronpaoiwqpoiwqo

"Mas o que que aconteceu com o celular dele senhor?!"

Um áudio se destaca após a mensagem:

1:35 ───ㅇ───── 3:47~Transcrissão:
"Oi Cas, aqui quem tá falando é o Joui, é que o Arthur tá dirigindo então eu não acho seguro ele usar o telefone - bem a cara dele mesmo diria- nós queríamos saber se você quer carona e tomar café da manhã com a gente."

Eu me apronto e digito: "Claro, me avisem quando passarem a-" sou interrompida no meio da digitação por um quase grito de Joui.

—César! Como desliga isso?!-A voz muda para uma mais baixa.

— Só soltar o botão Jojo -o áudio termina.

"Nem ferrando KKKK" penso depois de escutar essa quase comédia, enviando a mensagem anterior, agora completa, e adicionando mais uma: "O final do áudio é a melhor parte!".

Eu pego e me levanto da cama criando coragem pra escolher uma roupa no armário. Uniforme normal do ballet, mais uma meia calça, e calça de aquecimento. Na parte de cima, uma camisa de manga longa, outra mais curta e por cima um casaco, e nos sapatos apenas tênis de cano alto, "O resto tá na bolsa"

***

Depois de fazer o coque e z fico esperando os meninos chegarem mexendo no celular na sala, até que escuto o interfone tocando. "Estranho, eles sempre preferem me ligar" me levanto rapidamente daquele sofá branco e continuo dando de cara com um apartamento todo vazio, escuto o interfone tocar mais algumas vezes e por fim atendo:

— Senhorita Romanov?- a voz do porteiro inicia a conversa.

— Sim?

— Alguns móveis chegaram aqui pra senhorita, eu queria saber se você vai subir eles agora ou se posso guardar nos fundos.

— Pode me guardar, eu tenho que ver alguém pra me ajudar a subir. O senhor conhece quem pode fazer isso?

— Alguns moradores sabem de uma empresa que montam eles, acho que também devem fazer esse trabalho.

Eu recebo uma notificação no celular, no qual dizia: "Tamo aqui"

— Obrigado pela dica então moço.

— Nada querida.

Eu desligo. Pego a bolsa rapidamente e antes de fechar a porta olho pra aquele apartamento, me questiono se aquela aparência deveria ser tão confortável vazia assim, cogito se algum dia vou me acostumar com todo o silêncio que é morar nele.

Tranco a porta e pego o elevador, desço até a recepção e vou direto pra direção da porta, assim que saio recebo um vento frio da parte de fora, seguindo em direção ao corsa velhinho que o Arthur ganhou de aniversário do pai dele. Bato a mão na janela impacientemente para que abram, ainda mais com o frio fazendo, e eles abrem.

— Meu Deus hoje eu congelo.

— Você não veio da Rússia? Lá é bem mais frio que aqui.- olho pra frente pra ver que quem disse isso era um menino moreno, de cabelos castanhos e barba cheia, vulgo Arthur.

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⏰ Última atualização: Aug 11, 2023 ⏰

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