³ me perdoe

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Assim que Sam e o gato ajustam a escada, a mesma é a primeira a atravessar para o outro lado.

- Hillary você é a próxima - Sam grita do outro lado.

- vai logo - Mindy quase súplica para mim.

- vocês vão antes de mim, você tá com um corte no braço e a Anika com um puta corte na barriga - enquanto eu falava o ghostface empurrava com cada vez mais força.

- você vai e a gente vai logo atrás... - Mindy fala e eu imediatamente nego e tento argumentar mas ela impede. - Hillary vai - grita pra mim e eu atravesso com o coração pesado. Antes que eu pudesse tentar voltar Mindy já tinha atravessado e logo seria a vez de sua namorada.

Eu argumentei rapidamente por que a namorada não foi primeiro, e Mindy disse que Anika se sacrificaria pelo grupo se necessário, o que me deixou levemente culpada.

- Anika vem logo... Vai dar tempo - Sam gritou enquanto a garota subia em cima da escada.

Quando ela já estava no meio Mindy esticou seu braço para pegá-la, mas o assassino foi mais rápido. Ele cravou a faca na parte de madeira da janela e começou a sacudir a escada para fazer a menina se desequilibrar e cair. Eu segurei com toda força a escada fazendo o possível e o impossível para a escada não virar. Quando Mindy ia segura-lá foi tarde demais, a escada havia virado e Anika havia caído.

Mindy gritou como um bebê, é compreensível, era a namorada dela que havia caído. Minhas mãos estavam todas escaralhadas por causa da força que eu usei. No final tudo que eu pude fazer foi confortar minha amiga e ver o puto do ghostface ir embora.

Após sairmos do apartamento somos cercados por jornalistas e dentre eles vejo um rosto muito conhecido...

- você tá bem? Se machucou? Pra onde vocês foram? - perguntei apressada.

- você tá parecendo a Sam desse jeito e não é no bom sentido. -  Tara responde e eu rio. Após isso eu encontro um rosto mais familiar, só que dessa vez mais velha e mais platinada... Kirby?
Corro até ela para olhar mais de perto.

- Jill? - fala baixinho mas eu consigo ouvir. - Hillary?! Faz muito tempo... Como você tá? - pergunta de um jeito bem descontraído, digno da Kirby.

- eu tô bem... - antes que eu terminasse ela pergunta se eu estava presente no acidente, e eu concordo  com a cabeça.

- é inacreditável, ele já matou dois alunos da sua provável faculdade e agora isso - fala com uma cara de desgosto.

- você já superou o que aconteceu naquela noite? - pergunto me referindo a quando Kirby foi esfaqueada pelo quase namorando que na verdade era um psicopata querendo brincar de Billy Loomis.

- isso é uma coisa que não dá pra superar - responde me olhando de cima a baixo. - você está igual a Jill, até na escolha de roupa.

- é uma forma esquisita de não esquecer ela... O tempo lhe fez bem. Virou até policial - falo orgulhosa.

Atrás de mim vejo mais uma figura familiar, Gale tinha voltado para a profissão de repórter e escritora, e é claro que onde tem ghostface tem Gale weathers.

- a quanto tempo - fala sorrindo pra mim.

- 1 ano e 5 meses pra ser mais exata.

Logo Sam e Tara se aproximam de nós.

- eu tenho que mostrar uma coisa pra vocês - Gale diz, e Sam vai falar com o pai da Quinn que não consegue aceitar a perda da filha então se une a nós para acabar com o assassino.

Ao chegar era um prédio, que parecia um cinema "abandonado" nós entramos e demos de cara com um santuário cheio de coisa dos filmes facada só que da vida real. Tinha roupas, fotos, desenhos e as roupas dos assassinos só que estavam sem a mascara.

- que porra é essa? - pergunto olhando diretamente pra faca e arma que a minha tia usou. Talvez eu tenha um leve desvio de caráter, e uns gostos duvidosos.

- isso tudo aqui se chama santuário. Estava no nome do Jason Carvey - Gale explica.

- e pra que ele tinha tudo isso? - Tara pergunta olhando a televisão que havia matado Stu Macher.

- ele era um grande colecionador de merda. Por isso - Mindy fala olhando com Chad as coisas de seu tio
Randy Meeks.

Eu me sinto preenchida de alegria por ver todas aquelas relíquias mas eu sinto pela primeira vez um grande desconforto de ver tudo aquilo, assim eu me retiro e sento atrás do palco que estava ali.

- o que foi? Achei que era o seu maior sonho ver tudo isso - Mindy fala abatida pela perda.

- eu sempre sonhei em ver tudo isso, mas não no meio de mais um massacre onde tão tentando nos matar.

- pensa que você tá sendo uma rainha fodona que tá a dois passos afrente do assassino. - assim que ela fala isso eu tiro um gravador do bolso da minha calça.

- Mindy Meeks, como é está de novo em um ambiente onde qualquer um pode ser o ghostface?

- não tão legal, seria melhor não passar por isso de novo - a menina fala me abraçando. - e pra você como é?

- excitante

- você é uma criatura bem estranha. - ficamos conversando e rindo até Kirby chegar e sentar conosco.

- e pra você Kirby? Como é está de novo com a sensação de que você pode morrer a qualquer momento? - pergunto apoiando minha cabeça em seu ombro.

- um tanto quanto problemático, mas acho que essa será a última vez que vamos ter que passar por isso.

Ficamos lá nós três trocando várias figurinhas de filmes de terror até termos que ir embora.

- tava morrendo de saudade de você Kirby - falo há abraçando.

Eu sempre gostei da Kirby, ela sempre foi uma amiga pra mim, ela sempre entendeu os meus gostos peculiares por filmes de terror. Já ficamos horas vendo vários filmes juntas.

Quando eu soube que o Charle tinha esfaqueado ela eu fiquei com um misto de raiva dele e tristeza por ela. Logo veio a noticia que ela havia morrendo por 4 minuto.

Pânico VIOnde histórias criam vida. Descubra agora