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     Gofushi.

Onde Satoru estava tendo problemas para            dormir, entretanto, seu aluno favorito estava ali para ajudar.

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Abrindo os olhos lentamente, com as pálpebras pesadas por conta do sono que dominava seu corpo, Megumi estava pronto para se espreguiçar, porém, sua ação foi descartada por si mesmo ao sentir um hálito quente contra o seu pescoço. 

Confuso, Ignorando o fato de seu coração bater freneticamente e sua respiração falhar por um momento, Fushiguro se inclinou calmamente para cima, estando pronto para juntar suas mãos e chamar seus shikigamis para o combate que poderia acontecer. No entanto, assim que percebeu os braços rodeados em sua cintura, ele vacilou.

             Que porra era aquela?

       Franzindo levemente as sobrancelhas em confusão, Megumi levou sua atenção para o corpo ao seu lado. Foi então que o garoto pode passar a soltar respiração e respirar tranquilamente, ao ver quem o assustou, mas sua confusão permanecia.

        — Gojo-Sensei? — murmurou mais para si mesmo, intrigado.

O quarto estava escuro, contudo, a janela se encontrava entreaberta e os fretes de luz da lua refletia um pouco no comodo. Megumi observou o rosto sereno de Gojo Satoru — uma visão que não via a tempos para ser sincero, nem mesmo a fachada da pessoa feliz que Gojo fingia ser conseguia copiar essa expressão —, os cabelos bagunçados tampando metade do rosto, a boca ligeiramente entreaberta, em que saia uns roncos suaves uma vez ou outra e a faixa que cobria seus olhos, jogada acima.

Megumi realmente queria saber como uma pessoa tão irritante quanto o albino conseguia ser tão fofo dormindo pacificamente.

                     Balançou a cabeça vagarosamente espantando os pensamentos, moveu-se devagar ao pegar seu aparelho de baixo do travesseiro. Agradecendo a si mesmo por sempre deixar o brilho do celular o mais baixo possível, olhou diretamente para as horas; era exatamente às três e quinze da manhã.

                     — Bom trabalho. — sussurrou, levando seus dedos para os fios brancos, tirando-os de seu rosto, Fushiguro se permitiu sorrir. 

                   Gojo estava em uma missão horas antes, a legação havia começado a meia-noite contra uma maldição de grau especial. Se isso envolvia algum dedo de Sukuna, ele só saberia mais tarde. 

                      Bom, aquilo era bom.

                Geralmente, Megumi não se preocupava — não tanto —, mas o moreno notou que o mais velho se encontrava cada dia mais cansado, mesmo que os outros não tivessem percebido, Fushiguro conhecia seu Sensei o suficiente para saber que algo estava errado.

Megumi o confrontou, perguntando o motivo do mais velho estar estranho e então sem relutância, com um suspiro exasperado o mesmo disse que não estava conseguindo dormir fazia um tempo. Megumi julga que isso estava acontecendo meses antes, todavia, Gojo somente transpareceu semanas atrás. Ele não disse o motivo da insônia e o mais novo não iria se forçar a perguntar. Desse modo, o garoto deixou claro que se ele estivesse com algum problema, sempre estaria ali para ajudar — tirando o fato que o maldito tirou sarro da cara dele por demonstrar sua preocupação —, Megumi só não queria que algum acidente acontecesse por conta daquilo. 

          Ele só não esperava que Gojo iria até ele, no meio da noite e se juntar a si na cama. Contudo, aquilo parecia ter funcionado, visto que o outro agora dormia tranquilo.

             Talvez ele só precisava de um calor humano.

             Afastando o rubro em suas bochechas, Megumi soltou uma lufada de ar em irritação — não de fato —, guardou seu aparelho novamente, virando seu corpo para ficar em frente ao mais velho, ele se perguntava o quão forte aqueles braços conseguiam permanecer em sua cintura, parecia que não queria que ele saísse dali. Se ajeitou, em uma distância razoável, puxando o cobertor para encobrir ambos até os ombros — os de Megumi, pois se fosse encobrir os de Gojo, Megumi iria sufocar de baixo da coberta.

Apesar de se encontrar sonolento, os minutos seguintes ele ainda estava acordado. Angustiado, lutou contra a vontade de se levantar para preparar algum chá para tomar, não queria acorda-lo de jeito nenhum.

            O menino olhou de relance para a porta, e revirou os olhos ao ver que se encontrava trancada do mesmo jeito que deixou quando foi dormir — o albino se teletransportou até lá. Gojo realmente não tinha limite de privacidade, de qualquer forma, não seria a primeira vez, então Megumi somente aceitava aquele fato.

Suas orbes pairaram sobre a face de seu sensei; os cílios brancos levemente trêmulos, o nariz arrebitado, a respiração suave enquanto o pomo de adão subia e descia em ritmo lento. 

Ele gostaria de saber com o que ele sonhava, para estar tão calmo e sereno daquela forma.

Ele tentou não pensar muito, quando diminuiu a distância entre os corpos e enterrou seu rosto na clavícula exposta, ignorando mais uma vez, o fato de seu coração maldito palpitar como se estivesse em uma batida de ‘rock’.

E então, o sono finalmente se instalou nele novamente, se deixando adormecer, sentindo o aroma cheiroso de Satoru invadir suas narinas.

  Se foi alguma ilusão da sua cabeça, o garoto nunca saberia, mas se ele viu um vislumbre de um sorriso nos lábios de Gojo rapidamente, ele não questionou sobre.

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Satoru foi acordado com algo cutucando seu nariz. O homem abriu os olhos, juntamente com seu sorriso ao ver o cabelo espetado contra o seu rosto. 

         Megumi estava tão próximo dele, muito mais de que quando adormeceu. Ele podia sentir o calor de seu corpo, o seu cheiro doce, vê-lo de tão perto e até mesmo poder ouvir as batidas suaves de seu coração. Aqueles sentimentos primitivos invadiu seus pensamentos novamente; ternura, cuidado e paixão.

             Gojo amava de tudo naquele garoto, tanto do seu gosto péssimo para comidas quanto seu jeitinho marrento e sério de ser. Não negava que era tão adoravél, cativante demais para o seu gosto. 

           Ele soltou um bocejo baixo, não querendo que seu amado acordasse, olhando de relance para o relógio a sua frente que indicava que passava do horario dele estar dando as aulas. 

              Mas ele não dormia daquela forma fazia um tempo, não se sentia tão bem desse jeito por anos.

Embora soubesse que além de levar bronca de seus superiores por se atrasar - de  Megumi também, o garoto vai ficar irritado pelo atraso -, aquilo não tinha preço. 

Então ele enterrou o seu nariz nos fios negros, sentindo o cheiro delicioso do shampoo de coco, apertou o garoto em seus braços e fingiu não sentir o rubro crescente nas maçãs de seu próprio rosto.

             — Acorde, Megumi-Chan ~

            E se ele notou o biquinho irritado adoravél nos lábios do seu favorito, a coloração rosada de seu rosto e o seu cabelo incrivelmente bagunçado — e fofo —, ele realmente tirou sarro, porquê ele não tinha limites. 






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⏰ Última atualização: Apr 04, 2023 ⏰

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